. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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16.2.11
OS PORTUGUESES - XI
"A vinda a Lisboa de D. Leonor Teles, sobrinha do Conde Velho, mulher casada e com um filho, mas louçã, bem manceba, de formosas feições e graça, bom corpo e dulcidão de fala, desperta no rei uma fogosa paixão, aproveitada pela poderosa família do Conde de Ourém ou Conde Velho, a dos Teles de Meneses.
O fumo e o fogo desta paixão depressa alvoroçaram a voz pública. Os povos do reino juntaram-se nos seus lugares, 'em magotes como é de usança', culpando os privados do rei e os grandes que consentiam aqueles amores ilícitos.
Em Lisboa, juntaram-se nos paços onde o rei pousava 'bem três mil entre mesteirais de todos os misteres e besteiros e homens a pé, e todos com armas' e grande arruído. Escolheram para seu capitão o alfaiate Fernão Vasques. Que não tomasse mulher alheia, que era cousa que não havia de consentir. O rei mandou responder que lhes agradecia a sua vinda e que fossem todos ao outro dia ao Mosteiro de São Domingos.
Ao outro dia juntaram-se as gentes no alpendre do mosteiro, ao Rossio, e como eles os oficiais de Desembargo Régio. D. Fernando, infromado do alvoroço, partiu secretamente com D. Leonor... E Entre Douro e Minho, no mosteiro de Leça do Balio, receneu Leonor Teles de praça e como legítima mulher."
(Fonte: História de Portugal, dirigida por João Medina)
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