Pesquisar neste blogue

4.6.10

POEMA DO MÊS



NÃO SEJAS ASSIM!....

Não sejas assim!...
Não me faças negaças!...
Nao deixes em mim
o sabor de pirraças!...
Não franzas os olhos
nem faças beicinho!...
Nem cenas aos molhos!..
Ri um pedacinho!...
Põe nesse teu rosto,
às vezes zangado,
um luar de Agosto...
um luar prateado!...


Não sejas assim!...
Não me faças meiguices!...
Não me faças, no fim,
Acabar em tolices!...
Não me dês tantos beijos,
com essa ternura!...
Não despertes desejos
à tua procura!...
Vê se és indiferente!...
Intenta ser calma!...
Do modo que és gente,
derretes-me a alma!...

Meu amor, sê assim!...
Nunca igual, minha querida!..
Sempre num frenesim,
à pesquisa da Vida!...
Serena ou nervosa,
sorrindo ou chorando,
mas sempre formosa,
batendo ou beijando!...
Se fores sempre assim,
como quem quer viver,
asseguro por mim:
não te vou esquecer!...

Magalhães Pinto

2 comentários:

JOSÉ MODESTO disse...

Parabéns.
bonito.

Saudações Marítimas
José Modesto

cidissima disse...

As dores atuais não são de morte, mas sim de nascimento! Depois da meia-noite, só pode clarear!
O que parece impossível, a qualquer momento pode tornar-se real.
Mesmo com a mão aberta, o indicador pode ficar perdido!
E é justamente nele que um pássaro pode pousar.
Assim é um poeta: catequiza suas palavras, dá-las ânimo, humaniza seus ímpetos!
Assim é um poeta: do esboço à obra final caminha, sonha e aterrissa sem acordar!!!

Aparecida