"CP negoceia entrada no Reino Unido."
Título de PÚBLICO - 30/4/2010
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Está tudo a querer emigrar! Até os que são sustentados pelos nossos impostos!...
. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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30.4.10
PENSAMENTO DO DIA
EFEMÉRIDE DO DIA
Nesta data, em 1945, Hitler e a sua mulher Eva Brown, suicidaram-se no bunker de Berlim, onde passaram os últimos dias da sua vida.
Adolf Hitler cometeu suicídio no seu quartel-general (o Führerbunker), enquanto o exército soviético combatia já as duas tropas que defendiam o Führerbunker (a francesa Charlemagne e a norueguesa Nordland). Segundo testemunhas, Adolf Hitler já teria admitido que havia perdido a guerra desde o dia 22 de abril, e desde já passavam por sua cabeça os pensamentos suicidas.
Adolf Hitler cometeu suicídio no seu quartel-general (o Führerbunker), enquanto o exército soviético combatia já as duas tropas que defendiam o Führerbunker (a francesa Charlemagne e a norueguesa Nordland). Segundo testemunhas, Adolf Hitler já teria admitido que havia perdido a guerra desde o dia 22 de abril, e desde já passavam por sua cabeça os pensamentos suicidas.
29.4.10
CRÓNICA DA SEMANA
O LABIRINTO
Trinta e seis anos são muito tempo. Meia vida, números redondos. Enquanto assistia ao decurso da sessão da Assembleia da República, comemorativa do aniversário da Revolução, esses trinta e seis anos repassaram diante dos olhos do meu espírito, caleidoscópio de emoções há muito perdidas no esquecimento. No leitor de cêdês, a Dalida cantava baixinho um dos seus maiores sucessos, a sublinhar o que ia ouvindo aos diversos oradores. “Parole, Parole, Parole”. “Palavras, Palavras, Palavras”. Já pelo cair da sessão, o sentimento predominante em mim era de que estava perdido num labirinto. Melhor, estávamos todos perdidos num labirinto. No qual entráramos sem termos sido ouvidos e do qual me parece não há ninguém que nos tire. Dificilmente poderia ter à minha frente uma prova tão provada de que ninguém sabe como sair dele. Aliás, o único que pareceu ter uma direcção foi o Senhor Presidente da República. Se ela é certa ou errada, creio que nenhum de nós o pode saber. Mas, pelo menos ele, tinha uma atitude. Em lugar de ficar especado no sítio, sem saber onde estava, de onde vinha e para onde devia ir, ele mostrou-se decidido a caminhar. Coisa que nenhum dos outros pareceu estar disponível para tal.
Este labirinto, no qual andamos todos às apalpadelas, não difere muito da generalidade dos da sua laia. Começou com uma grande avenida. Radiosa de sol. Ia ser canja. A guerra colonial acabava. Os militares regressavam. O milhão que por lá tinha passado fechava aí a contagem. Os cabedais esmigalhados por conta dos nossos impostos iam ficar disponíveis para matar a fome a tantos pobrezinhos. As prisões iam ficar vazias. Íamos poder chamar nomes a quem quiséssemos, sem medo de ir ocupar um lugar numa delas. O mundo inteiro curvar-se-ia de respeito à nossa passagem, por termos deixado para garras mais afiadas o petróleo e os diamantes que jorravam das colónias. Ocuparíamos, de novo, o nosso respeitável lugar na mesa das nações. E, mais que tudo, íamos ter a possibilidade de, volta e meia, irmos depositar um papelzinho numa urna, dizendo da nossa vontade sobre o governo deste, agora sim, jardim à beira-mar plantado. Era assim a modos de como quem está ao cimo da Avenida da Liberdade, em Lisboa, pela manhã de um radioso dia de sol e vê, à sua frente, um suave caminho pavimentado, sem buracos, a descer e, por isso, a demandar esforço nenhum dos caminheiros, para descer até ao fim do dia. O pior foi, que mal tínhamos dado os primeiros passos, desviaram-nos para os becos do Bairro Alto onde, quem entra, sempre precisa de guia para sair. E, aí, foi onde verdadeiramente começou o labirinto. Um labirinto a que chamaram liberdade. Sobretudo, liberdade de falar, porque, se vamos apreciar as demais liberdades, estamos conversados. E essa foi outra coisa que me ocorreu. A liberdade de falar só aproveita a quem, depois de falar, tem instrumentos para agir. Porque a liberdade de agir é que é importante. Não é a liberdade de falar. A liberdade de falar só alivia o spleen, como diria um bom súbdito de Sua Majestade a Eterna, da Velha Albion. Olhem para mim. Todas as semanas falo aqui do que me vai na alma e para que serve tal? Com toda a honestidade, já não sei se faço isto por hábito ou por desfastio. Porque, no que toca a efeitos do falar, vale muito mais um arroto do Engenheiro Sócrates do que os sete mil caracteres que, mais ponto menos vírgula, debito para o Director deste nosso honrado jornal todas as semanas.
Também duvido que as palavras pronunciadas na Assembleia, neste último Domingo festivo, produzam qualquer efeito. Se excluirmos, talvez, algo que foi dito pelo doutor Aguiar Branco, do PSD. Este ainda teve uma virtude. Ao citar Lenine, cuja morte já ocorreu há quase um século, sublinhou que estávamos mais num mortório do que numa festa de anos. Embora não precisasse de ir tão longe. Há mortos muito mais chegados a nós que também disseram “nós, os de cima, já não podemos”. Nos demais, apenas vimos a preocupação com a sardinha, com a sua sardinha. Por isso o atiçar das brasas que lhes ficavam por debaixo. E lá veio mais uma imagem dos tempos heróicos. Os mais velhos recordam-se. O da luta entre a unicidade e a unidade, protagonizada por dois exércitos, comandados respectivamente pelo doutor Álvaro Cunhal e pelo doutor Mário Soares. Naquele areópago do vinte e cinco de Abril último, unidade era coisa que nem sequer era sugerida. E, todavia, a unicidade estava lá bem presente. Não interessa como o país vai, diziam-me eles todos, desde que consigamos continuar por aqui, todos, a dizer estas baboseiras. Subitamente, fazia-se luz no meu espírito. Tal como a guerra colonial era o problema primeiro do antigo regime, mãe de todos os demais problemas – recordemos como foi esse problema que condicionou e matou a tentativa de liberalização levada a cabo por Marcello Caetano – também agora há um problema primeiro, a condicionar a resolução dos demais problemas do país. Aquele era servido por um exército de militares. Este é servido por um exército de políticos. Aquele levou cerca de um milhão de homens, em doze anos, até às colónias. Este levou já bem o triplo disso até aos degraus do poder político. Aquele comia uma fatia importante do Orçamento. Este come o Orçamento inteiro não tarda nada. Aquele corria riscos de vida pagos por míseras pensões de sangue ou de amparo familiar. Este corre riscos de status, pagos por principescas pensões e mais gordos subsídios.
Desculpem-me os Leitores o desabafo da minha fala de hoje. Não faltará quem nele veja um grito contra a liberdade. Nada de mais errado. Pode haver quem ame a liberdade tanto como eu, mas poucos a amarão mais. Aliás, creio que todos nós detestaríamos ter que usar grilhetas outra vez. Mas liberdade é apenas a outra face de uma moeda que no verso tem estampada a efígie da responsabilidade. E aquilo que nós vemos é o país a ser conduzido, desde há largo tempo, por libertários irresponsáveis. É por isso que, neste labirinto que parece conduzir-nos a sítio nenhum, eu guardo ainda uma secreta esperança. A de que surja por aí um deles que, quanto mais não seja, pela serôdia vontade de agradar ao Povo, nos proponha esforçar-se por reduzir à metade o exército de políticos que nos esfarelam o Orçamento. Se esse alguém surgir – esperançosa luz minúscula em vias de apagar-se – pode contar com o meu esforço para duas coisas muito importantes: para o levar a líder e para usar toda a minha inteligência, por diminuta que seja, para ajudar a sairmos do labirinto.
Magalhães Pinto, em VIDA ECONÓMICA, em 19/4/2010
Trinta e seis anos são muito tempo. Meia vida, números redondos. Enquanto assistia ao decurso da sessão da Assembleia da República, comemorativa do aniversário da Revolução, esses trinta e seis anos repassaram diante dos olhos do meu espírito, caleidoscópio de emoções há muito perdidas no esquecimento. No leitor de cêdês, a Dalida cantava baixinho um dos seus maiores sucessos, a sublinhar o que ia ouvindo aos diversos oradores. “Parole, Parole, Parole”. “Palavras, Palavras, Palavras”. Já pelo cair da sessão, o sentimento predominante em mim era de que estava perdido num labirinto. Melhor, estávamos todos perdidos num labirinto. No qual entráramos sem termos sido ouvidos e do qual me parece não há ninguém que nos tire. Dificilmente poderia ter à minha frente uma prova tão provada de que ninguém sabe como sair dele. Aliás, o único que pareceu ter uma direcção foi o Senhor Presidente da República. Se ela é certa ou errada, creio que nenhum de nós o pode saber. Mas, pelo menos ele, tinha uma atitude. Em lugar de ficar especado no sítio, sem saber onde estava, de onde vinha e para onde devia ir, ele mostrou-se decidido a caminhar. Coisa que nenhum dos outros pareceu estar disponível para tal.
Este labirinto, no qual andamos todos às apalpadelas, não difere muito da generalidade dos da sua laia. Começou com uma grande avenida. Radiosa de sol. Ia ser canja. A guerra colonial acabava. Os militares regressavam. O milhão que por lá tinha passado fechava aí a contagem. Os cabedais esmigalhados por conta dos nossos impostos iam ficar disponíveis para matar a fome a tantos pobrezinhos. As prisões iam ficar vazias. Íamos poder chamar nomes a quem quiséssemos, sem medo de ir ocupar um lugar numa delas. O mundo inteiro curvar-se-ia de respeito à nossa passagem, por termos deixado para garras mais afiadas o petróleo e os diamantes que jorravam das colónias. Ocuparíamos, de novo, o nosso respeitável lugar na mesa das nações. E, mais que tudo, íamos ter a possibilidade de, volta e meia, irmos depositar um papelzinho numa urna, dizendo da nossa vontade sobre o governo deste, agora sim, jardim à beira-mar plantado. Era assim a modos de como quem está ao cimo da Avenida da Liberdade, em Lisboa, pela manhã de um radioso dia de sol e vê, à sua frente, um suave caminho pavimentado, sem buracos, a descer e, por isso, a demandar esforço nenhum dos caminheiros, para descer até ao fim do dia. O pior foi, que mal tínhamos dado os primeiros passos, desviaram-nos para os becos do Bairro Alto onde, quem entra, sempre precisa de guia para sair. E, aí, foi onde verdadeiramente começou o labirinto. Um labirinto a que chamaram liberdade. Sobretudo, liberdade de falar, porque, se vamos apreciar as demais liberdades, estamos conversados. E essa foi outra coisa que me ocorreu. A liberdade de falar só aproveita a quem, depois de falar, tem instrumentos para agir. Porque a liberdade de agir é que é importante. Não é a liberdade de falar. A liberdade de falar só alivia o spleen, como diria um bom súbdito de Sua Majestade a Eterna, da Velha Albion. Olhem para mim. Todas as semanas falo aqui do que me vai na alma e para que serve tal? Com toda a honestidade, já não sei se faço isto por hábito ou por desfastio. Porque, no que toca a efeitos do falar, vale muito mais um arroto do Engenheiro Sócrates do que os sete mil caracteres que, mais ponto menos vírgula, debito para o Director deste nosso honrado jornal todas as semanas.
Também duvido que as palavras pronunciadas na Assembleia, neste último Domingo festivo, produzam qualquer efeito. Se excluirmos, talvez, algo que foi dito pelo doutor Aguiar Branco, do PSD. Este ainda teve uma virtude. Ao citar Lenine, cuja morte já ocorreu há quase um século, sublinhou que estávamos mais num mortório do que numa festa de anos. Embora não precisasse de ir tão longe. Há mortos muito mais chegados a nós que também disseram “nós, os de cima, já não podemos”. Nos demais, apenas vimos a preocupação com a sardinha, com a sua sardinha. Por isso o atiçar das brasas que lhes ficavam por debaixo. E lá veio mais uma imagem dos tempos heróicos. Os mais velhos recordam-se. O da luta entre a unicidade e a unidade, protagonizada por dois exércitos, comandados respectivamente pelo doutor Álvaro Cunhal e pelo doutor Mário Soares. Naquele areópago do vinte e cinco de Abril último, unidade era coisa que nem sequer era sugerida. E, todavia, a unicidade estava lá bem presente. Não interessa como o país vai, diziam-me eles todos, desde que consigamos continuar por aqui, todos, a dizer estas baboseiras. Subitamente, fazia-se luz no meu espírito. Tal como a guerra colonial era o problema primeiro do antigo regime, mãe de todos os demais problemas – recordemos como foi esse problema que condicionou e matou a tentativa de liberalização levada a cabo por Marcello Caetano – também agora há um problema primeiro, a condicionar a resolução dos demais problemas do país. Aquele era servido por um exército de militares. Este é servido por um exército de políticos. Aquele levou cerca de um milhão de homens, em doze anos, até às colónias. Este levou já bem o triplo disso até aos degraus do poder político. Aquele comia uma fatia importante do Orçamento. Este come o Orçamento inteiro não tarda nada. Aquele corria riscos de vida pagos por míseras pensões de sangue ou de amparo familiar. Este corre riscos de status, pagos por principescas pensões e mais gordos subsídios.
Desculpem-me os Leitores o desabafo da minha fala de hoje. Não faltará quem nele veja um grito contra a liberdade. Nada de mais errado. Pode haver quem ame a liberdade tanto como eu, mas poucos a amarão mais. Aliás, creio que todos nós detestaríamos ter que usar grilhetas outra vez. Mas liberdade é apenas a outra face de uma moeda que no verso tem estampada a efígie da responsabilidade. E aquilo que nós vemos é o país a ser conduzido, desde há largo tempo, por libertários irresponsáveis. É por isso que, neste labirinto que parece conduzir-nos a sítio nenhum, eu guardo ainda uma secreta esperança. A de que surja por aí um deles que, quanto mais não seja, pela serôdia vontade de agradar ao Povo, nos proponha esforçar-se por reduzir à metade o exército de políticos que nos esfarelam o Orçamento. Se esse alguém surgir – esperançosa luz minúscula em vias de apagar-se – pode contar com o meu esforço para duas coisas muito importantes: para o levar a líder e para usar toda a minha inteligência, por diminuta que seja, para ajudar a sairmos do labirinto.
Magalhães Pinto, em VIDA ECONÓMICA, em 19/4/2010
FRASE DO DIA
PENSAMENTO DO DIA
Quando se fazem pagar as SCUTS, o que está bem se forem todas, e nos alarmam sobre as dificuldades financeiras, que nós sabemos que existem, aqueles que nos governam contratam uma nova auto-estrada por 1.429 milhões de euros à inefanda Mota & Ca. do não menos inefando Jorge Coelho. O que faz ter uma vontade enorme de mandar estes senhores passarem algum tempo com as mãezinhas que os geraram e com os pais, se os encontrarem.
EFEMÉRIDE DO DIA
Neste dia, em 1884, nasceu o escritor e historiador português Jaime Cortesão.
Fundou, com Leonardo Coimbra e outros intelectuais, em 1907 a revista "Nova Silva". Em 1910, com Teixeira de Pascoaes, colaborou na fundação da revista "A Águia", e, em 1912 iniciou "Renascença Portuguesa", que publicava o boletim "A Vida Portuguesa". Em 1919 foi nomeado director da Biblioteca Nacional de Portugal. Em 1921, abandonando a "Renascença Portuguesa", foi um dos fundadores da revista "Seara Nova".
OBRA:
A Morte da Águia (Lisboa, 1910)
A Arte e a Medicina: Antero de Quental e Sousa Martins (Coimbra, 1910)
"O Poeta Teixeira de Pascoaes" in: A Águia, 1ª série, Porto, nº 8, 01/Abr/1911; nº 9, 1/Mai/1911.
"A Renascença Portuguesa e o ensino da História Pátria" in: A Águia, 1ª série, nº 9, Porto, Set. 1912.
"Da 'Renascença Portuguesa' e seus intuitos" in: A Águia, 2ª série, nº 10, Porto, Out. 1912.
"As Universidades Populares", série de artigos in: A Vida Portuguesa, Porto, 1912-1914.
…Daquém e Dalém Morte, contos, (Porto, 1913)
Glória Humilde, poesia, (Porto, 1914)
Cancioneiro Popular. Antologia (Porto, 1914)
Cantigas do Povo para as Escolas (Porto, 1914)
"O parasitismo e o anti-historismo. Carta a António Sérgio" in: A Vida Portuguesa, nº 18, Porto, 2/Out/1914.
"Teatro de Guerra", série de artigos in: O Norte, Porto, 1914.
O Infante de Sagres, drama, (Porto, 1916)
"Cartilha do Povo. 1º Encontro" in: Portugal e a Guerra, Porto, 1916.
"As afirmações da consciência nacional", série de artigos in: Atlântida, Lisboa, 1916.
Egas Moniz, drama, (Porto, 1918)
Memórias da Grande Guerra (1916-1919) (Porto, 1919)
"A Crise Nacional" in: Seara Nova, nº 2, Lisboa, 5/Nov/1921.
Adão e Eva, drama, (Lisboa, 1921)
A Expedição de Pedro Álvares Cabral e o Descobrimento do Brasil (Lisboa, 1922)
Itália Azul (Rio de Janeiro; Porto, 1922)
O Teatro e a Educação Popular (Lisboa, 1922)
Divina Voluptuosidade, poesia, (Lisboa, 1923)
Intuitos da União Cívica, União Cívica. Conferências de Propaganda (Porto, 1923)
"A Reforma da Educação" in: Seara Nova, nº 25, Lisboa, Jul. 1923.
Do sigilo nacional sobre os Descobrimentos (Lisboa, 1924)
A Tomada e Ocupação de Ceuta (Lisboa, 1925)
Le Traité de Tordesillas et la Découvert de L'Amérique (Lisboa, 1926)
A Expansão dos Portugueses na História da Civilização (Lisboa, 1983 (1ª ed., 1930))
Os Factores Democráticos na Formação de Portugal (Lisboa, 1964 (1ª ed., 1930))
História da expansão portuguesa (Lisboa, 1993), colaboração na História de Portugal dirigida por Damião Peres, 1931-1934.
Influência dos Descobrimentos Portugueses na História da Civilização (Lisboa, 1993), colaboração no vol. IV da História de Portugal dirigida por Damião Peres, 1932.
"Cartas à Mocidade" in: Seara Nova, Lisboa, 1940.
Missa da Meia-noite e Outros Poemas, sob o pseudónimo de António Froes (Lisboa, 1940)
13 Cartas do cativeiro e do exílio (1940) (Lisboa, 1987)
"Relações entre a Geografia e a História do Brasil" e "Expansão territorial e povoamento do Brasil" in: História da Expansão Portuguesa no Mundo, dirigida por António Baião, Hernâni Cidade e Manuel Múrias, vol. III, Lisboa, 1940.
O carácter lusitano do descobrimento do Brasil (Lisboa, 1941)
Teoria Geral dos Descobrimentos Portugueses – A Geografia e a Economia da Restauração (Lisboa, 1940)
O que o povo canta em Portugal. Trovas, Romances, Orações e Selecção Musical (Rio de Janeiro, 1942)
Cabral e as Origens do Brasil (Rio de Janeiro, 1944)
Os Descobrimentos pré-colombinos dos Portugueses (Lisboa, 1997 (1ª ed., 1947))
Eça de Queiroz e a Questão Social (Lisboa, 1949)
Os Portugueses no Descobrimento dos Estados Unidos (Lisboa, 1949)
Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid (Lisboa, 1950)
Parábola Franciscana, poesia, (Lisboa, 1953)
O Sentido da Cultura em Portugal no século XIV (Lisboa, 1956)
Raposo Tavares e a Formação Territorial do Brasil (Rio de Janeiro, 1958)
A Política de Sigilo nos Descobrimentos nos Tempos do Infante D. Henrique e de D. João II (Lisboa, 1960)
"Prefácio a modo de memórias" in: O Infante de Sagres, 4ª ed., (Porto, 1960)
Os Descobrimentos Portugueses, 2 vols., (Lisboa, 1960-1962)
Introdução à História das Bandeiras, 2 vols., (Lisboa, 1964)
O Humanismo Universalista dos Portugueses (Lisboa, 1965)
História do Brasil nos Velhos Mapas (Rio de Janeiro, 1965-1971)
Portugal – A Terra e o Homem (Lisboa, 1966)
Fundou, com Leonardo Coimbra e outros intelectuais, em 1907 a revista "Nova Silva". Em 1910, com Teixeira de Pascoaes, colaborou na fundação da revista "A Águia", e, em 1912 iniciou "Renascença Portuguesa", que publicava o boletim "A Vida Portuguesa". Em 1919 foi nomeado director da Biblioteca Nacional de Portugal. Em 1921, abandonando a "Renascença Portuguesa", foi um dos fundadores da revista "Seara Nova".
OBRA:
A Morte da Águia (Lisboa, 1910)
A Arte e a Medicina: Antero de Quental e Sousa Martins (Coimbra, 1910)
"O Poeta Teixeira de Pascoaes" in: A Águia, 1ª série, Porto, nº 8, 01/Abr/1911; nº 9, 1/Mai/1911.
"A Renascença Portuguesa e o ensino da História Pátria" in: A Águia, 1ª série, nº 9, Porto, Set. 1912.
"Da 'Renascença Portuguesa' e seus intuitos" in: A Águia, 2ª série, nº 10, Porto, Out. 1912.
"As Universidades Populares", série de artigos in: A Vida Portuguesa, Porto, 1912-1914.
…Daquém e Dalém Morte, contos, (Porto, 1913)
Glória Humilde, poesia, (Porto, 1914)
Cancioneiro Popular. Antologia (Porto, 1914)
Cantigas do Povo para as Escolas (Porto, 1914)
"O parasitismo e o anti-historismo. Carta a António Sérgio" in: A Vida Portuguesa, nº 18, Porto, 2/Out/1914.
"Teatro de Guerra", série de artigos in: O Norte, Porto, 1914.
O Infante de Sagres, drama, (Porto, 1916)
"Cartilha do Povo. 1º Encontro" in: Portugal e a Guerra, Porto, 1916.
"As afirmações da consciência nacional", série de artigos in: Atlântida, Lisboa, 1916.
Egas Moniz, drama, (Porto, 1918)
Memórias da Grande Guerra (1916-1919) (Porto, 1919)
"A Crise Nacional" in: Seara Nova, nº 2, Lisboa, 5/Nov/1921.
Adão e Eva, drama, (Lisboa, 1921)
A Expedição de Pedro Álvares Cabral e o Descobrimento do Brasil (Lisboa, 1922)
Itália Azul (Rio de Janeiro; Porto, 1922)
O Teatro e a Educação Popular (Lisboa, 1922)
Divina Voluptuosidade, poesia, (Lisboa, 1923)
Intuitos da União Cívica, União Cívica. Conferências de Propaganda (Porto, 1923)
"A Reforma da Educação" in: Seara Nova, nº 25, Lisboa, Jul. 1923.
Do sigilo nacional sobre os Descobrimentos (Lisboa, 1924)
A Tomada e Ocupação de Ceuta (Lisboa, 1925)
Le Traité de Tordesillas et la Découvert de L'Amérique (Lisboa, 1926)
A Expansão dos Portugueses na História da Civilização (Lisboa, 1983 (1ª ed., 1930))
Os Factores Democráticos na Formação de Portugal (Lisboa, 1964 (1ª ed., 1930))
História da expansão portuguesa (Lisboa, 1993), colaboração na História de Portugal dirigida por Damião Peres, 1931-1934.
Influência dos Descobrimentos Portugueses na História da Civilização (Lisboa, 1993), colaboração no vol. IV da História de Portugal dirigida por Damião Peres, 1932.
"Cartas à Mocidade" in: Seara Nova, Lisboa, 1940.
Missa da Meia-noite e Outros Poemas, sob o pseudónimo de António Froes (Lisboa, 1940)
13 Cartas do cativeiro e do exílio (1940) (Lisboa, 1987)
"Relações entre a Geografia e a História do Brasil" e "Expansão territorial e povoamento do Brasil" in: História da Expansão Portuguesa no Mundo, dirigida por António Baião, Hernâni Cidade e Manuel Múrias, vol. III, Lisboa, 1940.
O carácter lusitano do descobrimento do Brasil (Lisboa, 1941)
Teoria Geral dos Descobrimentos Portugueses – A Geografia e a Economia da Restauração (Lisboa, 1940)
O que o povo canta em Portugal. Trovas, Romances, Orações e Selecção Musical (Rio de Janeiro, 1942)
Cabral e as Origens do Brasil (Rio de Janeiro, 1944)
Os Descobrimentos pré-colombinos dos Portugueses (Lisboa, 1997 (1ª ed., 1947))
Eça de Queiroz e a Questão Social (Lisboa, 1949)
Os Portugueses no Descobrimento dos Estados Unidos (Lisboa, 1949)
Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid (Lisboa, 1950)
Parábola Franciscana, poesia, (Lisboa, 1953)
O Sentido da Cultura em Portugal no século XIV (Lisboa, 1956)
Raposo Tavares e a Formação Territorial do Brasil (Rio de Janeiro, 1958)
A Política de Sigilo nos Descobrimentos nos Tempos do Infante D. Henrique e de D. João II (Lisboa, 1960)
"Prefácio a modo de memórias" in: O Infante de Sagres, 4ª ed., (Porto, 1960)
Os Descobrimentos Portugueses, 2 vols., (Lisboa, 1960-1962)
Introdução à História das Bandeiras, 2 vols., (Lisboa, 1964)
O Humanismo Universalista dos Portugueses (Lisboa, 1965)
História do Brasil nos Velhos Mapas (Rio de Janeiro, 1965-1971)
Portugal – A Terra e o Homem (Lisboa, 1966)
28.4.10
GREVE NA AR
FRASE DO DIA
"Nada se passa na PT sem beneplácito do Estado e dos BES (Banco Espírito Santo)."
Carlos Barbosa, perante a Comissão de Inquérito Parlamentar - PÚBLICO - 28/4/2010
***
... E tudo à revelia do Primeiro-Ministro! Nunca vi Governo tão indisciplinado como este! Nem Pri,meiro-Ministro mais "banana", que aguenta estes desmandos todos!...
Carlos Barbosa, perante a Comissão de Inquérito Parlamentar - PÚBLICO - 28/4/2010
***
... E tudo à revelia do Primeiro-Ministro! Nunca vi Governo tão indisciplinado como este! Nem Pri,meiro-Ministro mais "banana", que aguenta estes desmandos todos!...
PENSAMENTO DO DIA
EFEMÉRIDE DO DIA
Neste dia, em 1889, nasceu António de Oliveira Salazar, que foi Primeiro-Ministro de Portugal durante praticamente todo o período do regime "Estado Novo".
Acontecimentos marcantes da sua vida:
1889: Nasce em Vimieiro, Santa Comba Dão.
1914: Em Coimbra, conclui o curso de Direito.
1918: Professor de Ciência Económica.
1926: Após o golpe de 28 de Maio é convidado para Ministro das Finanças; ao fim de 13 dias renuncia ao cargo.
1928: É novamente convidado para Ministro das Finanças; nunca mais abandonará o poder.
1930: Nasce a União Nacional.
1932: Presidente do Conselho de Ministros.
1933: É plebiscitada uma nova constituição que dá início ao Estado Novo. Fim da ditadura militar.
1936: Na Guerra Civil de Espanha apoia Franco; cria a Legião Portuguesa e a Mocidade Portuguesa; abre as colónias penais do Tarrafal e de Peniche
1937: Escapa a um atentado dos comunistas.
1939: Iniciada a Segunda Guerra Mundial, Salazar conseguirá manter a neutralidade do país.
1940: Exposição do Mundo Português.
1943: Cede aos Aliados uma base militar nos Açores.
1945: A PIDE substitui a PVDE.
1949: Contra Norton de Matos, Carmona é reeleito Presidente da República; Portugal é admitido como membro da NATO.
1951: Contra Quintão Meireles, Craveiro Lopes é eleito Presidente da República.
1958: Contra Humberto Delgado, Américo Tomás é eleito Presidente da República; o Bispo do Porto, António Ferreira Gomes critica a política salazarista
1961: 22/01, ataque ao navio Santa Maria por anti-salazaristas, que se asilam no Brasil logo após a posse de Janio Quadros; 04/02, assalto às prisões de Luanda; 11/03, tentativa de golpe de Botelho Moniz; 21/04, resolução da ONU condenando a política africana de Portugal; 19/12, a União Indiana invade Goa, Damão e Diu; 31 de dezembro de 1961 para 1 de janeiro de 1962, revolta de Beja.
1963: O PAIGC abre nova frente de batalha na Guiné.
1964: A FRELIMO inicia a luta pela independência, em Moçambique.
1965: Crise académica; a PIDE assassina Humberto Delgado.
1966: Salazar inaugura a ponte sobre o Tejo.
1968: Na sequência de um acidente (queda de uma cadeira), Salazar fica fisicamente incapacitado para governar.
1970: Morte de Salazar.
2007: Foi eleito o maior Português de todos os tempos, através de um concurso realizado na R.T.P. (Rádio e Televisão de Portugal)
Acontecimentos marcantes da sua vida:
1889: Nasce em Vimieiro, Santa Comba Dão.
1914: Em Coimbra, conclui o curso de Direito.
1918: Professor de Ciência Económica.
1926: Após o golpe de 28 de Maio é convidado para Ministro das Finanças; ao fim de 13 dias renuncia ao cargo.
1928: É novamente convidado para Ministro das Finanças; nunca mais abandonará o poder.
1930: Nasce a União Nacional.
1932: Presidente do Conselho de Ministros.
1933: É plebiscitada uma nova constituição que dá início ao Estado Novo. Fim da ditadura militar.
1936: Na Guerra Civil de Espanha apoia Franco; cria a Legião Portuguesa e a Mocidade Portuguesa; abre as colónias penais do Tarrafal e de Peniche
1937: Escapa a um atentado dos comunistas.
1939: Iniciada a Segunda Guerra Mundial, Salazar conseguirá manter a neutralidade do país.
1940: Exposição do Mundo Português.
1943: Cede aos Aliados uma base militar nos Açores.
1945: A PIDE substitui a PVDE.
1949: Contra Norton de Matos, Carmona é reeleito Presidente da República; Portugal é admitido como membro da NATO.
1951: Contra Quintão Meireles, Craveiro Lopes é eleito Presidente da República.
1958: Contra Humberto Delgado, Américo Tomás é eleito Presidente da República; o Bispo do Porto, António Ferreira Gomes critica a política salazarista
1961: 22/01, ataque ao navio Santa Maria por anti-salazaristas, que se asilam no Brasil logo após a posse de Janio Quadros; 04/02, assalto às prisões de Luanda; 11/03, tentativa de golpe de Botelho Moniz; 21/04, resolução da ONU condenando a política africana de Portugal; 19/12, a União Indiana invade Goa, Damão e Diu; 31 de dezembro de 1961 para 1 de janeiro de 1962, revolta de Beja.
1963: O PAIGC abre nova frente de batalha na Guiné.
1964: A FRELIMO inicia a luta pela independência, em Moçambique.
1965: Crise académica; a PIDE assassina Humberto Delgado.
1966: Salazar inaugura a ponte sobre o Tejo.
1968: Na sequência de um acidente (queda de uma cadeira), Salazar fica fisicamente incapacitado para governar.
1970: Morte de Salazar.
2007: Foi eleito o maior Português de todos os tempos, através de um concurso realizado na R.T.P. (Rádio e Televisão de Portugal)
27.4.10
FRASE DO DIA
PENSAMENTO DO DIA
Pouco a pouco , os erros de Maria de Lurdes Rodrigues na Educação vêm ao de cima. Foi agora a vez de se concluir que as "provas de recuperação" incentivaram os alunos a faltarem ainda mais às aulas. A autora, pedante, autoritária, arrogante mesmo, está ausente para parte incerta. Alvíssaras a quem a encontrar. Temos contas a ajustar.
EFEMÉRIDE DO DIA
Neste dia, em 1521, faleceu o navegador português Fernão de Magalhães.
Em 1517 foi a Sevilha com Rui Faleiro, tendo encontrado no feitor da "Casa de la Contratación" da cidade um adepto do projecto que entretanto concebera: dar a Espanha a possibilidade de atingir as Molucas pelo Ocidente, por mares não reservados aos portugueses no Tratado de Tordesilhas e, além disso, segundo Faleiro, provar que as ilhas das especiarias se situavam no hemisfério castelhano. Em março de 1521, alcançaram a ilha de Ladrões no actual arquipélago de Guam, chegando à ilha de Cebu nas atuais ilhas Filipinas em 7 de abril. Imediatamente começaram com os nativos as trocas comerciais; boa parte das grandes dificuldades da viagem tinham sido vencidas. Dias depois, porém, Fernão de Magalhães morreu em combate com os nativos na Ilha de Mactan, atraído a uma emboscada.
A expedição prosseguiu sob o comando de João Lopes Carvalho, deixando Cebu no início de março de 1522. Dois meses depois, seria comandada por Juan Sebastián Elcano. Uma única nau tinha completado a circunavegação do globo ao alcançar Sevilha em 6 de setembro de 1522. Juan Sebastián Elcano, a restante tripulação da expedição de Magalhães e o último navio da frota regressaram decorridos três anos após a partida.
Em 1517 foi a Sevilha com Rui Faleiro, tendo encontrado no feitor da "Casa de la Contratación" da cidade um adepto do projecto que entretanto concebera: dar a Espanha a possibilidade de atingir as Molucas pelo Ocidente, por mares não reservados aos portugueses no Tratado de Tordesilhas e, além disso, segundo Faleiro, provar que as ilhas das especiarias se situavam no hemisfério castelhano. Em março de 1521, alcançaram a ilha de Ladrões no actual arquipélago de Guam, chegando à ilha de Cebu nas atuais ilhas Filipinas em 7 de abril. Imediatamente começaram com os nativos as trocas comerciais; boa parte das grandes dificuldades da viagem tinham sido vencidas. Dias depois, porém, Fernão de Magalhães morreu em combate com os nativos na Ilha de Mactan, atraído a uma emboscada.
A expedição prosseguiu sob o comando de João Lopes Carvalho, deixando Cebu no início de março de 1522. Dois meses depois, seria comandada por Juan Sebastián Elcano. Uma única nau tinha completado a circunavegação do globo ao alcançar Sevilha em 6 de setembro de 1522. Juan Sebastián Elcano, a restante tripulação da expedição de Magalhães e o último navio da frota regressaram decorridos três anos após a partida.
SORRISO DO DIA
26.4.10
FRASE DO DIA
MEMÓRIA
A MORTE DE UM SÍMBOLO
Li, com tristeza, num jornal do fim de semana, que estão prestes a cair no desemprego cento e noventa trabalhadores da empresa têxtil Sampaio & Ferreira, de Riba de Ave. São os últimos das largas centenas que, durante décadas, encontraram ali o seu trabalho. Mais do que a falência de qualquer outra empresa têxtil, a desta deixa-me a certeza de que o sector está acabado em Portugal.
Creio que, mais do que em qualquer outra situação do género, este é o símbolo de uma era de Portugal que morre. A era do têxtil. A que poderíamos associar, sem exagero, a era do calçado. De sector mais empregador ainda não há trinta anos atrás, dando que fazer a mais de meio milhão de pessoas, o sector têxtil está moribundo, sendo o principal responsável para as altas taxas de desemprego que se verificam no nosso país. Era esperável que assim fosse. O sector têxtil, é um sector trabalho intensivo e, num tempo em que a economia viu desaparecer todas as fronteiras, não é competitivo a não ser com salários muito baixos. Daí que, tendo conhecido o seu desenvolvimento em finais do século XIX, na Inglaterra, tem vindo a deslocar-se daí para eocnomias de mais baixos salários, primeiro para Portugal e Espanha, para citar dois apenas, e, agora, para África e para a Ásia. Como é que podemos competir, por maior que seja a nossa produtividade do trabalho, com economias onde o salário mínimo ronda os vinte euros por mês ou ainda menos?
Estamos, assim, num profundo processo de mudança. De economia de subdesenvolvimento para economia desenvolvida. Uma mudança que provocará dores sociais terríveis, aqui, como já provocou, noutros tempos, noutros países. Não é fácil adaptar centenas de milhar de trabalhadores a outras indústrias ou serviços. É algo que leva anos. Tantos menos quanto aconteçam duas coisas. Por um lado, um serviço de educação eficiente, capaz de preparar as novas gerações para um país substancialmente diferente. Por outro lado, uma vontade eficaz dos mais velhos, que vão ficando sem o seu trabalho tradicional, de se ajustarem às novas exigências. Sem essas duas condições, as dores da mudança serão muito mais dolorosas. E, sinceramente, não vejo nem uma nem outra com nitidez.
Fique uma palavra final para o dono da Sampaio Ferreira, empresa têxtil que vai fechar. Hoje já desaparecido.. Era ele Raul Ferreira, o conde de Riba d'Ave. Um grande senhor. De quem fui amigo até à sua morte. E cujas preocupações sociais fizeram dele um homem a merecer a minha admiração. E a de muitos mais. Que não foram para o desemprego mais cedo graças ao seu espírito de luta.
Magalhães Pinto, em MATOSINHOS HOJE, em 29/3/2005
Li, com tristeza, num jornal do fim de semana, que estão prestes a cair no desemprego cento e noventa trabalhadores da empresa têxtil Sampaio & Ferreira, de Riba de Ave. São os últimos das largas centenas que, durante décadas, encontraram ali o seu trabalho. Mais do que a falência de qualquer outra empresa têxtil, a desta deixa-me a certeza de que o sector está acabado em Portugal.
Creio que, mais do que em qualquer outra situação do género, este é o símbolo de uma era de Portugal que morre. A era do têxtil. A que poderíamos associar, sem exagero, a era do calçado. De sector mais empregador ainda não há trinta anos atrás, dando que fazer a mais de meio milhão de pessoas, o sector têxtil está moribundo, sendo o principal responsável para as altas taxas de desemprego que se verificam no nosso país. Era esperável que assim fosse. O sector têxtil, é um sector trabalho intensivo e, num tempo em que a economia viu desaparecer todas as fronteiras, não é competitivo a não ser com salários muito baixos. Daí que, tendo conhecido o seu desenvolvimento em finais do século XIX, na Inglaterra, tem vindo a deslocar-se daí para eocnomias de mais baixos salários, primeiro para Portugal e Espanha, para citar dois apenas, e, agora, para África e para a Ásia. Como é que podemos competir, por maior que seja a nossa produtividade do trabalho, com economias onde o salário mínimo ronda os vinte euros por mês ou ainda menos?
Estamos, assim, num profundo processo de mudança. De economia de subdesenvolvimento para economia desenvolvida. Uma mudança que provocará dores sociais terríveis, aqui, como já provocou, noutros tempos, noutros países. Não é fácil adaptar centenas de milhar de trabalhadores a outras indústrias ou serviços. É algo que leva anos. Tantos menos quanto aconteçam duas coisas. Por um lado, um serviço de educação eficiente, capaz de preparar as novas gerações para um país substancialmente diferente. Por outro lado, uma vontade eficaz dos mais velhos, que vão ficando sem o seu trabalho tradicional, de se ajustarem às novas exigências. Sem essas duas condições, as dores da mudança serão muito mais dolorosas. E, sinceramente, não vejo nem uma nem outra com nitidez.
Fique uma palavra final para o dono da Sampaio Ferreira, empresa têxtil que vai fechar. Hoje já desaparecido.. Era ele Raul Ferreira, o conde de Riba d'Ave. Um grande senhor. De quem fui amigo até à sua morte. E cujas preocupações sociais fizeram dele um homem a merecer a minha admiração. E a de muitos mais. Que não foram para o desemprego mais cedo graças ao seu espírito de luta.
Magalhães Pinto, em MATOSINHOS HOJE, em 29/3/2005
EFEMÉRIDE DO DIA
25.4.10
UMA IDEIA SUBLIME
O juiz espanhol Baltazar Garzon, muito próximo do PSOE, quer ajustar contas com o franquismo, pelas alegadas mortes dele resultantes, acontecidas há quase cem anos, na Guerra Civil.
Julgo uma oportunidade sublime esta, para nós Portugueses. Vamos meter uma "cunha" ao homem, a ver se ele abre também um processo aos Reis Filipes de Espanha, pelas mortes causadas aos Portugueses desde 1580 a 1640!...
25 DE ABRIL
FRASE DO DIA
PENSAMENTO DO DIA
No final da sessão da Assembleia da República dedicada ao "25 de Abril", o Primeiro-Ministro afirmou, como habitualmente, existir uma grande concordância entre o seu pensamento e o do Senhor Presidente da República. Justificando a adaptação de um velho aforismo popular: "o pior surdo é o que não quer ouvir".
FOTO DO DIA
SORRISO DO DIA (amarelo)
SONETO
(Em memória de Aurélio Cunha Bengala )
Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
JOSÉ RÉGIO - Soneto (quase inédito), escrito em 1969 no dia de uma reunião de antigos alunos
***
A data deste soneto é mesmo 1969. Não vá alguém pensar que foi escrito hoje!...
(Gentileza de F.Santos)
24.4.10
FRASE DO DIA
PENSAMENTO DO DIA
EFEMÉRIDE DO DIA
Neste dia, em 1942, nasceu Barbra Streisand, que viria a ser uma das mais apreciadas cançonetistas e actrizes americanas.
Barbra possui uma voz poderosa e imprime uma interpretação dramática às músicas que grava, especialmente nas baladas românticas. Já fez duetos com artistas como Neil Diamond ,Donna Summer, Frank Sinatra, Celine Dion, Bryan Adams e Barry Gibb. A estréia no cinema foi em 1968, com o musical "Funny Girl", e sua atuação no mesmo lhe rendeu o Oscar de melhor atriz. Foi indicada também pelo filme "Nosso Amor de Ontem", em 1973. Ela também ganhou o Oscar de melhor canção original pelo filme "Nasce uma Estrela" em 1976.
Streisand é uma das poucas estrelas do show business a conquistar prêmios em diversas áreas da arte - Oscar (cinema), Grammy (música), Tony (teatro) e Emmy (televisão). Ela foi também a primeira mulher a simultaneamente produzir, dirigir, escrever e atuar em um filme ("Yentl", de 1983).
Ela já vendeu 71 milhões de álbuns, tornando-se a cantora que mais vendeu discos e cds nos EUA.
Barbra possui uma voz poderosa e imprime uma interpretação dramática às músicas que grava, especialmente nas baladas românticas. Já fez duetos com artistas como Neil Diamond ,Donna Summer, Frank Sinatra, Celine Dion, Bryan Adams e Barry Gibb. A estréia no cinema foi em 1968, com o musical "Funny Girl", e sua atuação no mesmo lhe rendeu o Oscar de melhor atriz. Foi indicada também pelo filme "Nosso Amor de Ontem", em 1973. Ela também ganhou o Oscar de melhor canção original pelo filme "Nasce uma Estrela" em 1976.
Streisand é uma das poucas estrelas do show business a conquistar prêmios em diversas áreas da arte - Oscar (cinema), Grammy (música), Tony (teatro) e Emmy (televisão). Ela foi também a primeira mulher a simultaneamente produzir, dirigir, escrever e atuar em um filme ("Yentl", de 1983).
Ela já vendeu 71 milhões de álbuns, tornando-se a cantora que mais vendeu discos e cds nos EUA.
BARBRA STREISAND
No dia do seu aniversário, recordemos uma das mais preciosas vozes americanas. Barbra Streisand. Woman In Love.
23.4.10
FRASE DO DIA
"Contrapartida pela compra dos submarinos foi avaliada em 210 milhões de euros a mais."
Título de PÚBLICO - 23/4/2010
***
Eram tempos de grande inflação meus amigos!... Tudo quanto este honesto país, que é o nosso fez, foi avaliar as contrapartidas ao preço a que estrão quanto todas as contrapartidas tiverem ingressado no nosso bolso...
Título de PÚBLICO - 23/4/2010
***
Eram tempos de grande inflação meus amigos!... Tudo quanto este honesto país, que é o nosso fez, foi avaliar as contrapartidas ao preço a que estrão quanto todas as contrapartidas tiverem ingressado no nosso bolso...
PENSAMENTO DO DIA
EFEMÉRIDE DO DIA
Neste dia, em 1616, faleceu o escritor espanhol Miguel de Cervantes, autor da imortal obra-prima da Literatura mundial Dom Quixote de La Mancha.
Acontecimentos especiais da sua vida:
1547 - Nasce Miguel de Cervantes Saavedra.
1551 - O pai, Rodrigo, é preso por causa de dívidas de jogo.
1566 - A família instala-se em Madrid.
1569 - Após incidente no qual teria ferido um homem, deixa Madri e vai morar em Roma.
1571 - Participa da batalha de Lepanto, contra os turcos. Ferido em combate, tem a mão esquerda inutilizada.
1575 - Capturado por corsários, é levado para Argel, com seu irmão Rodrigo, onde fica cinco anos em cativeiro.
1581 - Vai para Lisboa, onde escreve peças de teatro.
1584 - De um romance com Ana Franca, nasce Isabel de Saavedra. Casa-se com Catalina de Palacios Salazar.
1585 - Publica La galatea. Morte do pai.
1587 - É nomeado comissário real encarregado de recolher azeite e trigo para a Armada Invencível.
1593 - Morte da mãe. Publicação do romance La casa de los celos.
1597 - É preso em Sevilha, após ser condenado a pagar dívida exorbitante.
1598 - Deixa a prisão. Morte de Ana Franca.
1605 - É publicada a primeira parte de Dom Quixote.
1613 - Ingressa na Ordem Terceira de São Francisco. Publicação de Novelas exemplares.
1614 - Surge uma continuação de Dom Quixote, escrita por Avellaneda.
1615 - Cervantes publica a segunda parte de Dom Quixote.
1616 - Morre em Madrid, no dia 23 de abril.
Acontecimentos especiais da sua vida:
1547 - Nasce Miguel de Cervantes Saavedra.
1551 - O pai, Rodrigo, é preso por causa de dívidas de jogo.
1566 - A família instala-se em Madrid.
1569 - Após incidente no qual teria ferido um homem, deixa Madri e vai morar em Roma.
1571 - Participa da batalha de Lepanto, contra os turcos. Ferido em combate, tem a mão esquerda inutilizada.
1575 - Capturado por corsários, é levado para Argel, com seu irmão Rodrigo, onde fica cinco anos em cativeiro.
1581 - Vai para Lisboa, onde escreve peças de teatro.
1584 - De um romance com Ana Franca, nasce Isabel de Saavedra. Casa-se com Catalina de Palacios Salazar.
1585 - Publica La galatea. Morte do pai.
1587 - É nomeado comissário real encarregado de recolher azeite e trigo para a Armada Invencível.
1593 - Morte da mãe. Publicação do romance La casa de los celos.
1597 - É preso em Sevilha, após ser condenado a pagar dívida exorbitante.
1598 - Deixa a prisão. Morte de Ana Franca.
1605 - É publicada a primeira parte de Dom Quixote.
1613 - Ingressa na Ordem Terceira de São Francisco. Publicação de Novelas exemplares.
1614 - Surge uma continuação de Dom Quixote, escrita por Avellaneda.
1615 - Cervantes publica a segunda parte de Dom Quixote.
1616 - Morre em Madrid, no dia 23 de abril.
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