Pesquisar neste blogue

31.8.11

FRASE DO DIA



"Partido Socialista quer cobrar mais 200 milhões de euros em impostos às grandes empresas."

Título de PÚBLICO - 31/8/2011

***

Até acho pouco. Não dá para a cova de um dente. E José Sócrates deixou-nos os dentes todos furados!...

PENSAMENTO DO DIA



Demos passos maiores do que as pernas que tínhamos. O fenómeno a que estamos a assistir é os pés a andarem para trás a ver se encontram de novo as pernas. Se não conseguirmos que encontrem, restar-nos-á a cadeira de rodas.

MEMÓRIA



INTERVALO (I)

Portugal está perigoso. Não fujo à sensação de estarmos no meio da ponte. E nem sequer tenho a certeza de que sabemos para onde ir. Se para a direita. Se para a esquerda. Se para baixo. E, confesso, custa-me estar a fazer de mago, tentando adivinhar. Até porque, dependendo de mim também, não depende só de mim. Foi por isso que decidi fazer um intervalo. Durante duas semanas, às malvas a situação económica do país. Às malvas o absurdo de estarmos a discutir se pagamos ou não ao Director Geral dos Impostos o que ele iniludivelmente merece, enquanto pagamos tranquilamente, durante cinco anos, um ordenado assim mesmo chorudo a alguém que publicamente confessa não ter feito rigorosamente nada durante esse tempo. Isso, o homem da CP. Às malvas tudo o quanto possa preocupar ou alegrar. Limbo com o pensamento crítico. E viagem pela especulação intelectual. O problema é que, chegado aqui, eu tinha que decidir sobre que falar. E defrontei-me com a dificuldade da decisão. É mesmo difícil decidir. É um processo complicado. Por isso é que o Engenheiro Sócrates está com o topo mais branco que a Serra da Estrela antes do aquecimento global. E foi isso que me decidiu. A minha tarefa, durante o intervalo seria analisar o processo de decisão.

Uma primeira dificuldade. Não queria falar em termos técnicos, A técnica, seja no que for, só serve para destruir a emoção do imprevisto, para transformar cada um de nós, e eventualmente, num cidadão bem comportado dum qualquer admirável mundo novo, para estereotipar o gesto, para igualizar o ser, para destruir a criatividade. A técnica é a norma ao serviço da produtividade, nunca da criatividade. Um pintor técnicamente apetrechado, pode colocar numa tela uma pintura formalmente perfeita e, todavia, não ter feito arte. É isso. A técnica nunca será arte. Embora a arte possa requerer técnica. Quero eu com isto dizer que devem desconfiar de quem seja um fanático da técnica. Felizmente, o ser humano é muito mais valioso e versátil do que a peça dum qualquer maquinismo. É sempre capaz, ele, ser humano, dum toque de génio, duma pincelada nova, duma nota nova na escala da Vida. É sempre capaz de ir para além daquilo que já foi inventado antes dele. E não pensem que isto não tem que ver com o tema. Porventura, será até a única coisa, relacionada com o tema, que lerão. Afinal, o processo de decisão é, ainda ele, um processo de fabricação da qual algum produto há-de resultar.

A segunda dificuldade se prantava. E está relacionada com a primeira. Havendo que fugir à estopada duma enfadonha charla de xxx e yyy, cumpria encontrar uma aproximação que fosse agradável. Viradas e reviradas as alternativas, acabei por me centrar numa. Um tema apropriado, tanto por ser agradável, como por ser polémico, era o casamento. Diria mesmo, por ser agradavelmente polémico. Ou polémicamente agradável. Às vezes, agradável primeiro e polémico depois. Ponderados os prós e os contras, decidi-me.

É curioso como, se eu quisesse falar do processo de decisão, tinha já todos os ingredientes necessários. Um fim a conseguir, vários modos alternativos para o atingir, ponderação das vantagens relativas de cada um desses modos, produção da decisão e implementação da decisão. Só faltaria, neste ponto, o controlo da execução e a verificação do grau com que o fim fora atingido. Mas isso só poderia ser feito daqui a pouco. Mas eu não quero enveredar por esse caminho. Eu queria, quero falar de algo menos estéril. Quase sempre. O casamento. E é disso que vou falar-lhes.

Casar é uma decisão difícil. Porventura das mais difíceis que temos de produzir durante a nossa vida. Um parêntesis aqui. Para dizer que a vida duma pessoa não é senão um encadeado permanente de decisões consecutivas. Um bébé recém-nascido, quando procura o biberão, está a produzir uma decisão. Entre a alternativa de chuchar secamente no dedo, geralmente o polegar, ou alimentar-se na protuberância de borracha. Como em qualquer outra decisão, ele tem um fim em vista - alimentar-se - e escolhe entre alternativas à sua disposição. Acontece que ele não sabe que uma das alternativas não conduz ao fim desejado. E não sabe porque a informação que utiliza, inconscientemente, trazida dos alvores da humanidade, embora perfeita, não pode contar com a interpretação esclarecida da sua inteligência. Por isso erra, por vezes, escolhendo o dedo como se de biberão se tratasse.

Terão notado a existência, neste exemplo simples, de duas ou três notas de extraordinária utilidade para todas as demais decisões que havemos de produzir na nossa vida. Em primeiro lugar, temos que ter uma definição escorreita do fim que pretendemos atingir com a decisão a tomar. As decisões não têm outro objectivo senão fazerem com que aconteça aquilo que se quer. As decisões são a enxada com que se lavra o terreno da nossa vida, para que nele não nasçam só plantas do acaso. Por isso, é importante saber-se bem o pretendido.

Depois, é necessária a inventariação de todos os caminhos que nos podem conduzir ao fim pretendido. Tendo em conta aquilo que é importante para o decisor. Imaginem que cada decisão é como ir ao Algarve em tempo de férias. Com vários meios e trajectos alternativos para o conseguir. Se o importante é o tempo da viagem, então vou de avião. Mas se o dinheiro disponível é uma condicionante, então vou de automóvel e pelo itinerário amarelo. Se a segurança é imprescindível, vou de comboio. Mas se, tendo que viajar de automóvel, a comodidade é factor imperioso, vou pelo itinerário principal ou pela auto-estrada, se a houver. Podendo ainda, se o que procuro é chegar ao Algarve com o máximo de aventura, escolher a ida à boleia. E ainda, se for um fanático da forma física, até posso ir a pé.

As alternativas são já tantas, que o melhor é começar a escrever, para não me perder no labirinto mental da análise. Numa folha A4, traço uns riscos verticais e outros horizontais. Encimo o quadro com o título "Ida para o Algarve". Nas linhas, à esquerda, descrevo as diferentes alternativas que tenho - avião, combóio, automóvel nos diferentes itinerários, à boleia, a pé. Nas colunas, em cima, os factores de apreciação - rapidez, segurança, aventura, forma física, distracção, custo, etc.. E no cruzamento de cada linha com cada coluna, assinalo de modo codificado - por exemplo 1 para vantagem e 0 para desvantagem. No fim, o quadro é bem capaz de ser uma ajuda preciosa para que eu produza a minha decisão final.

Apesar desta preparação toda, as surpresas são, porém, bem possíveis. Um acidente na estrada. O atraso dos aviões ou dos comboios. Algum atrevido ou atrevida a dar-nos boleia. Até um aborrecido entorse num buraco do caminho. Nunca se poderão evitar, em qualquer processo de decisão, os imponderáveis, os imprevistos. Felizmente, a vida não é traçada a régua e compasso. Mas esses imponderáveis serão reduzidos ao mínimo quanto maior conhecimento tivermos das alternativas disponíveis para atingir um fim. Em superfície - que alternativas? - e em profundidade - vantagens e inconvenientes, estruturais e conjunturais, de cada uma delas? Isto é, depois de definido o fim a atingir, o passo seguinte é obter toda a informação disponível sobre os modos de o atingir. Sistematizar essa informação. E aplicar à análise dessa informação o esclarecimento da inteligência, não vá escolhermos ficar a chuchar no dedo, como o bébé da fábula.

Chegado a este ponto, tudo quanto eu posso concluir é que sou verdadeiramente caótico, quando me ponho a falar. Propuz-me falar do casamento e tenho passado o tempo a falar já do bébé. Não é costume ser assim. Ou melhor. Não era costume ser assim. Agora parece que já é mais comum que assim seja. Os tempos mudaram. O que não é de admirar. A Vida, o tal encadeado de decisões de que já falei, é uma realidade mutável a cada instante. Costumo mesmo dizer que não há presente. Só há passado e futuro. O presente é uma fronteira imaginária, perenemente móvel. A informação que temos é toda ela do passado. E a decisão destina-se a produzir efeitos no futuro. Num futuro do qual apenas sabemos que não vai ser rigorosamente igual ao passado. Donde, a necessidade de produzir decisões com o máximo de flexibilidade possível. Com a possibilidade de inflectir caminhos na sua implementação. Se possível, com a possibilidade de voltar atrás com o mínimo de estragos e tomar outro caminho. Nunca devemos produzir uma decisão sem deixar de contemplar alternativas para atingir o fim desejado. Imaginem só o que seria decidir comer castanhas sem contemplar a possibilidade de deitar uma fora. Ia ser bonito logo que encontrássemos uma com bicho!

Magalhães Pinto, em VIDA ECONÓMICA, em 11/1/2007

RECORDAR É VIVER

Aretha Franklin. I Say a Little Prayer.



O MAR - BELO E INDOMÁVEL - IV


(vide I)

EFEMÉRIDE DO DIA

Neste dia, em 1936, nasceu o militar revolucionário português Otelo Saraiva de Carvalho.

É moçambicano por nascimento. Foi um dos principais dinamizadores do movimento de contestação ao Decreto Lei nº 353/73, que deu origem ao Movimento dos Capitães e ao MFA.


Era o responsável pelo sector operacional da Comissão Coordenadora do MFA e foi ele quem dirigiu as operações do 25 de Abril, a partir do posto de comando clandestino instalado no Quartel da Pontinha.
Graduado em brigadeiro, foi nomeado Comandante-adjunto do COPCON e Comandante da região militar de Lisboa a 13 de Julho de 1974, tendo passado a ser Comandante do COPCON a 23 de Junho de 1975 (cargo que na prática já exercia desde Setembro de 1974). Foi afastado destes cargos após os acontecimentos de 25 de Novembro de 1975, por realizar de ânimo leve uma série de ordens de prisão e de maus tratos de elementos moderados. Fez parte do Conselho da Revolução desde que este foi criado, a 14 de Março de 1975, até Dezembro de 1975. A partir de 30 de Julho do mesmo ano integra, com Costa Gomes e Vasco Gonçalves, o Directório, estrutura política de cúpula durante o V Governos Provisório na qual os restantes membros do Conselho da Revolução delegaram temporariamente os seus poderes (mas sem abandonarem o exercício das suas funções).

Conotado com a ala mais radical do MFA, viria a ser preso em consequência dos acontecimentos do 25 de Novembro. Solto três meses mais tarde, foi candidato às eleições presidenciais de 1976.

Na década de 1980 passou a liderar a organização terrorista FP-25 DE ABRIL. Foi detido em 1984. Mais tarde acusou o PCP de ter estado por trás da sua detenção e de ter feito com que ficasse em prisão preventiva cinco anos no âmbito do caso FP 25. Acusou ainda alguns nomes então na Polícia Judiciária, como a actual directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, Cândida Almeida , então na PJ, de, devido à militância no PCP, ter estado por trás da sua detenção.

FOTO DO DIA


SORRISO DO DIA

Segurança no trabalho baseada na confiança conjugal...

30.8.11

FRASE DO DIA



"É uma violação gravíssima da Constituição pretender cruzar os dados entre o Serviço Nacional de Saúde e as Finanças."

Bloco de Esquerda - PÚBLICO - 30/8/2011

***


Mais um sigilo!...

PENSAMENTO DO DIA



Somos um país de sigilos. Dos médicos, Dos juízes. Dos polícias. Dos governantes. Dos homens. Das mulheres. dos amantes. Não admira que, com tanto sigilo, não saibamos a quantas andamos...

RECORDAR É VIVER

Adriano Celentano. Il Tempo Se Ne Va.

O MAR - BELO E INDOMÁVEL - III



(vide I)

EFEMÉRIDE DO DIA

Neste dia, no ano 1773, faleceu o arquitecto italiano Nicolau Nasoni, autor do projecto da Igre4ja dos Cérigos, no Porto, a qual integra o ex-libris da cidade, a Torre dos Clérigos.

Não é conhecida a data exacta em que Nicolau Nasoni chegou à cidade do Porto. Sabe-se apenas que em Novembro de 1725 iniciou um trabalho de pinturas na Sé do Porto. Na época, a Sé — um edifício de matriz românica — encontrava-se em profundas remodelações e foi um dos primeiros edifícios da cidade a sofrer diversas adaptações do estilo barroco. Segundo um documento redigido entre 1717 e 1741 do Cabido da Sé, em que alude às grandes obras que mandou executar, encontra-se a seguinte nota:
«Para se fazerem logo com perfeição e acerto todas as obras, e se evitar o perigo de se desmancharem e fazerem 2ª vez por falta de preverem os erros, vieram não só de Lisboa, mas de outros reynos, arquitectos e mestres peritos nas artes a que erão respectivas as obras. Veyo Niculau Nazoni arquitecto, e pintor florentino exercitado em Roma, donde foi chamado a Malta para pintar o pallacio do Grão M(estre)…»
Os seus trabalhos na Sé duraram vários anos e não sendo o único artista contratado para as obras de remodelação, tem o privilégio de trabalhar com artistas portugueses famosos na época, entre os quais se encontram os arquitectos António Pereira e Miguel Francisco da Silva. Além dos trabalhos decorativos, Nasoni terá ficado encarregue de projectar uma nova fachada norte para a Sé, a galilé, em estilo barroco no ano de 1736 — a primeira obra de arquitectura conhecida do artista — e uma pequena fonte adoçada à Casa do Despacho da Sé, o Chafariz de São Miguel.

A 31 de Julho de 1729 casou-se nesta cidade com uma fidalga napolitana, D. Isabel Castriotto Rixaral, que viria a falecer um ano mais tarde (1730), muito provavelmente na sequência de complicações no parto do seu único filho, de nome José, nascido alguns dias antes, a 8 de Junho. O padrinho de José, um fidalgo portuense, empregou Nasoni na obra da casa e jardim da Quinta da Prelada. Sob influência deste mesmo fidalgo, em 1731 foi-lhe pedido um projecto para a Igreja dos Clérigos, que o ocupou durante mais de 30 anos, embora o tenha feito gratuitamente, e o imortalizou.

Também em 1731 Nicolau Nasoni voltou a casar-se, desta vez com uma portuguesa, Antónia Mascaranhas Malafaia, da qual teve cinco filhos.

FOTO DO DIA


SORRISO DO DIA

Há qualquer coisa de esquisito nesta foto e eu não sei o que é....


29.8.11

FRASE DO DIA



"Regresso a um passado não muito distante."

Título de PÚBLICO - 29/8/2011

***

Estara o PÚBLICO a falar do Sporting mesmo?.... Por este andar, este será um título premonitório universal!...

PENSAMENTO DO DIA

Sinto muito pensar assim. Mas aqueles que querem o confisco de uma parte da riqueza de quem enriqueceu está apenas a sonhar com outro PREC...

RECORDAR É VIVER

Barbra Streisand. The Way We Were.

O MAR - BELO E INDOMÁVEL - II


(ver I)

EFEMÉRIDE DO DIA

Neste dia, em 1825, Portugal reconheceu a independência do Brasil.

O governo português tentou transformar o Brasil em uma colónia, uma vez mais, privando-a dos seus resultados desde 1808. Os brasileiros se recusaram a ceder e D. Pedro ficou com eles, declarando a independência do país de Portugal, em 7 de setembro de 1822. Em 12 de outubro de 1822, Pedro foi declarado o primeiro imperador do Brasil e coroado D. Pedro I em 1 de dezembro do mesmo ano. Naquele tempo quase todos os brasileiros eram a favor de uma monarquia e o republicanismo teve pouco apoio. A subsequente guerra da independência do Brasil propagou-se por quase todo o território, com batalhas nas regiões norte, nordeste e sul. Os últimos soldados portugueses renderam-se em 8 de março de 1824 e a independência foi reconhecida por Portugal em 29 de agosto de 1825, no tratado de Rio de Janeiro.

FOTO DO DIA


SORRISO DO DIA

Wishful thinking...


28.8.11

FRASE DO DIA



"Mesmo confiscando à bolchevique o dinheiro de toda esta pobre gente (os ricos) , o resultado não dava para tapar um único buraco das centenas que Sócrates por aí deixou."

Vasco Pulido Valente - PÚBLICO - 28/8/2011

***

Um bom discípulo de Keynes, esse tal Sócrates. Aquele, ministro inglês, dizia que para combater o desemprego e a crise havia que abrir buracos nem que fosse para os mandar tapar logo de seguida. O tal Sócrates abriu os buracos. E se não os tapou foi porque não lhe deram tempo! Aliás, ele conseguiu tapar todos os buracos pessoais que tinha aberto.

PENSAMENTO DO DIA



Foi necessária a clarividência do Presidente da República para dizer onde se situa a legitimidade para tributar as grandes fortunas. Nas heranças e nas doações. Francamente, eu preferia Cavaco Silva a Primeiro-Ministro do que a Presidente.

RECORDAR É VIVER

Gipsy Kings. Un Amor.

O MAR - BELO E INDOMÁVEL - I

Inicio hoje uma nova série temática, dedicada ao Mar. Que sempre exerceu sobre mim um fascínio único. Ora sereno como um bébé dormindo, ora agigantando-se até tomar formas de Adamastor, o Mar, condição primordial para a Vida, é uma das mais belas componentes deste Mundo que habitamos. Quase se diria que tal Beleza é irrepetível e que, por isso, nós estamos mesmo sós no Universo.

Durante alguns dias vamos apreciar um pouco dessa Beleza.

***


EFEMÉRIDE DO DIA

Neste dia, em 1481, faleceu o rei Português D. Afonso V.


foi o décimo-segundo Rei de Portugal, cognominado o Africano pelas conquistas no Norte de África. Filho do rei D. Duarte, sucedeu-o em 1438 com apenas seis anos. Por ordem paterna a regência foi atribuída a sua mãe, D. Leonor de Aragão mas passaria para o seu tio D. Pedro, Duque de Coimbra, que procurou concentrar o poder no rei em detrimento da aristocracia e concluiu uma revisão na legislação conhecida como Ordenações Afonsinas. Em 1448 D. Afonso V assumiu o governo, anulando os editais aprovados durante a regência. Com o apoio do tio homónimo D. Afonso I, Duque de Bragança declarou D. Pedro inimigo do reino, derrotando-o na batalha de Alfarrobeira. Concentrou-se então na expansão no norte de África, onde conquistou Alcácer Ceguer, Anafé, Arzila, Tânger e Larache. Concedeu o monopólio do comércio na Guiné a Fernão Gomes, com a condição de este explorar a costa, o que o levaria em 1471 à Mina, onde descobriu um florescente comércio de ouro cujos lucros auxiliaram o rei na conquista. Em 1475, na sequência de uma crise dinástica, D. Afonso V casou com a sobrinha D. Joana de Trastâmara assumindo pretensões ao trono de Castela, que invadiu. Após fracassar na batalha de Toro, com sintomas de depressão, D. Afonso abdicou para o filho, D. João II de Portugal,



FOTO DO DIA


SORRISO DO DIA

Não é o que estão a pensar... A noiva está a falar com amigas que também são pescadoras...


27.8.11

MOMENTO DE BELEZA

A evolução da dança no cinema, através de cem películas.

VISITANTES DO BLOG

Até onde chegou. Esta semana. No Mundo.


FRASE DO DIA



“Estou um pouco distante, mas espero que vejam os lances e que, se houve algum erro, que não se repita.”

Helton, guardião do F.C.P., sobre penalty não assinalado - O JOGO - 27/8/2011


***


Bizarra afirmação depois de duas vitórias na Liga com penalties pelo menos duvidosos...

PENSAMENTO DO DIA



Empenhados pelas SCUTS, eis como estamos. Por vontade própria. Porque fomos nós que elegemos os mágicos que as inventaram.

RECORDAR É VIVER

Roberto Carlos. Amigo.

EDUARDO GAGEIRO - XXVII


(vide I)

F I M

EFEMÉRIDE DO DIA

Neste dia, em 1859, é efectuada a perfuração do primeiro poço de petróleo nos Estados Unidos. Não há notícia que a Líbia, o Iraque ou o Irão tenham então planeado invadir aquele país.


FOTO DO DIA


SORRISO DO DIA

Blind date...


26.8.11

PENSAMENTO DO DIA



"Morrem duas vezes mais homens do que mulheres em idade activa na Europa."

TÍtulo de PÚBLICO - 26/8/2011

***

Os erros estatísticos! A variável estatística é a IDADE ACTIVA. Eles ficam ACTIVOS até muito mais tarde. Por isso é natural que morram mais!

PENSAMENTO DO DIA



A Líbia está transformada num matadouro. Cujo encerramento não está previsto para breve.

RECORDAR É VIVER

Lilian de Celis. Amor de Muñecos.

EDUARDO GAGEIRO - XXVI


(vide I)

EFEMÉRIDE DO DIA

Neste dia, em 1910, nasceu a missionária mundialmente conhecida Madre Teresa de Calcutá.


Missionária católica albanesa, nascida na República da Macedônia e naturalizada indiana, beatificada pela Igreja Católica em 2003. Considerada, por alguns, a missionária do século XX, fundou a congregação "Missionárias da Caridade", tornando-se conhecida ainda em vida pelo cognome de "Santa das sarjetas".

Ao primeiro lar infantil ou "Sishi Bavan" (Casa da Esperança), fundada em 1952, juntou-se ao "Lar dos Moribundos", em Kalighat.Uma coisa que ajudou muito,e é por aí que começa a se surpreender servindo ao mundo inteiro.Pois,havia orgulho de todos por aí.
Mais de uma década depois, em 1965, a Santa Sé aprovou a Congregação Missionárias da Caridade e, entre 1968 e 1989, estabeleceu a sua presença missionária em países como Albânia, Rússia, Cuba, Canadá, Palestina, Bangladesh, Austrália, Estados Unidos da América, Sri Lanka|Ceilão, Itália, antiga União Soviética, China, etc..

O reconhecimento do mundo pelo seu trabalho concretizou-se com o Prêmio Templeton, em 1973, e com o Nobel da Paz, no dia 17 de outubro de 1979.

Morreu em 1997 aos 87 anos, de ataque cardíaco, quando preparava um serviço religioso em memória da Princesa Diana de Gales, sua grande amiga e falecida ela própria 6 dias antes, num acidente de automóvel em Paris. Tratado como um funeral de Estado, vários foram os representantes do mundo que quiseram estar presentes para prestar a sua homenagem. As televisões do mundo inteiro transmitiram ao vivo durante uma semana, os milhões que queriam vê-la no estádio Netaji. No dia 19 de outubro de 2003, o Papa João Paulo II beatificou Madre Teresa.


FOTO DO DIA


SORRISO DO DIA

Vê-se à légua que descendemos do macaco...


25.8.11

FRASE DO DIA



"Este Benfica vale milhões."

Título de A BOLA - 25/8/2011

***

Eu não disse ontem que só haveria crise em Portugal se o Benfica não ganhasse? Pois aí têm. Vão ver o nosso rating a subir em flecha!...

PENSAMENTO DO DIA



Que se lixe o Orçamento. Mesmo que precisemos só de um supositório, temos de comprar a caixa de seis, porque os médicos não querem receitar nem as farmácias querem vender vender unidoses. Imaginem se os padeiros seguem o exemplo e temos de comprar papos-secos às dúzias! Vamos passar a comer açorda todos os dias. Embora eu desconfie que já somos uns papa-açordas...

CRÓNICA DA SEMANA - II




O PECADO PROIBIDO

O Bloco de Esquerda tomou conhecimento, através da comunicação social, da possível existência de um crédito concedido pelo BPN à Amorim Energia para a compra de uma participação na Galp.
Segundo a notícia, o crédito, da ordem dos 1600 milhões de euros, teria sido concedido pelo BPN à Amorim Energia em 2006, antes do processo de nacionalização. A mesma fonte avança que o empréstimo não chegou a ser pago pela holding ao BPN, mantendo-se assim a divida de 1600 milhões de euros durante todo o período em que o Banco esteve na posse do Estado.

A transcrição acima é feita de um requerimento apresentado pelo Bloco de Esquerda na Assembleia da República e ilustra bem o cuidado que o Governo tem de ter, relativamente à informação pública que dá dos seus actos. É algo que requer do Governo uma actuação de verdadeiro equilibrista a fazer malabarismos em cima do gume da navalha. Com a agravante de que, por debaixo do equipamento de equilíbrio, está a oposição a tentar fazer com que o Governo se desequilibre. Como este caso do BPN bem ilustra. Mas não há outra solução. Foram já pedidos sacrifícios bem graves aos cidadãos. Muitos e mais graves sacrifícios vão ter de ser pedidos. E os portugueses já mostraram qual vai ser a sua atitude. Cooperante com os governantes se entenderem bem para que são feitos tais sacrifícios e, mais do que isso, se estiverem convencidos de que, nas suas costas e pelas alturas, não estão a ser feitas negociatas. E haverá o Governo de ter presente que “fazer negociatas” não quer dizer apenas “fazê-las mesmo”; terá também de nunca parecer que as estão a fazer. É um pecado proibido ao Governo: manter no silêncio dos gabinetes algo que, porventura, até devia lá ficar, mas que face ao esforço pedido a toda a nação, não pode ficar. Tudo tem de ser muito bem explicado.

Lemos o documento apresentado pelo Bloco de Esquerda e, em suma, ele não diz nada, Tudo é apresentado em termos de eventualidade, não de acontecimento real. Mas é suficiente para fazer nascer a dúvida. Até ao momento em que escrevo esta crónica, o Governo ainda não disse nada. Oxalá o faça rapidamente. Aliás, a situação é de molde a deixar sementes de malícia depois muito dificilmente erradicadas. Vejamos em pormenor.

1.       Não há a certeza de que o financiamento tenha sido feito; embora tudo leve a crer que sim; desde que as privatizações foram iniciadas, muitas compras foram realizadas desse modo; os bancos emprestaram dinheiro aos clientes que acorreram às privatizações;

2.       Se ampliarmos o ângulo de visão, muitos bancos, nos seus aumentos de capital usaram do mesmo instrumento, financiando os seus clientes com empréstimos que eles aplicaram nos aumentos de capital; o caso mais conhecido é o do BCP com os seus pequenos subscritores;

3.       É natural que um crédito de tão elevado montante não esteja ainda pago; nem daí vem mal ao mundo, uma vez que está seguramente garantido, pelo menos pelas próprias acções adquiridas com o crédito concedido; e não se pode dizer que acções da GALP sejam uma má garantia.

Até aqui, tudo bem. Não há nenhuma irregularidade. Mas o BPN, depois de todas as vicissitudes atravessadas, foi vendido ao BIC, um banco de capitais angolanos, de que o maior accionista maioritário é sócio do beneficiário do crédito em questão, a empresa Amorim Energia. Basta o novelo de participações referidas – BPN vendido a uma empresa é accionista de uma accionista do beneficiário de crédito avultado concedido pelo mesmo BPN – para deixar no ar uma poeira, porventura mais virtual do que real, mas que é necessário sacudir.

Vislumbramos algumas alternativas sobre o que se terá passado. Vamos a elas.

1.       O BPN foi vendido levando como activo o dito crédito de 1,6 milhões de euros; seguramente, o preço de venda foi calculado tomando em conta esse activo;

2.       A CGD tomou para si esse activo e o BPN foi vendido sem o levar consigo; de igual modo, o preço de venda seria agora inferior pelo valor desse activo; ficando a CGD de receber, segundo o calendário acordado, o respectivo montante;

3.       O preço de venda do BPN anunciado incluiria o pagamento do crédito em questão.

A primeira alternativa foi provavelmente o que aconteceu. E isto porque não faria qualquer sentido que o comprador do BPN não considerasse “bom” um activo representando um crédito sobre uma outra empresa de que, indirectamente, era tal comprador accionista. Mas, sendo o provável, é necessário que o Governo o diga claramente. Foi assim que sucedeu. Sei que nem o Estado nem as instituições de crédito devem andar na praça pública, como arautos da transparência, a pôr a nu as operações que fazem com os seus clientes. É um direito que quer eu, quer o meu Leitor, quer todos os clientes de um banco, têm e podem exigir ver respeitado. Mas a particular situação do país exige comportamentos que, normalmente, não seriam admissíveis. Acontecendo mesmo, neste caso, que se for anunciado que foi isto que aconteceu, todos ficarão bem na fotografia: quem beneficiou do crédito, quem comprou o BPN e o Governo que o vendeu (através da CGD.).

Mas, se não foi isso que sucedeu, então não se entenderá muito bem. E, por isso, se tornará ainda mais premente a explicação. Para que tal acontecesse, tinha de haver uma razão muito ponderosa. Mas que eu não consigo vislumbrar, seguramente tal como os meus Leitores. Por isso, a explicação tem de vir clara, cabal, sem subterfúgios, se estivermos diante de qualquer uma das alternativas referidas.

Não se diga que estamos a falar de feijões. Ninguém admitirá que, no caso do BPN – uma empresa dificílima de privatizar mas relativamente à qual estávamos obrigados a fazê-lo, por imperativo da “troika” e, ainda por cima, com prazo extremamente curto para o fazer – posso haver qualquer negociata. É um caso que não dava para isso. Mas não é o negócio que está em causa. O que está em causa é a confiança dos portugueses no seu Governo. De modo a que possam aceitar os sacrifícios que este lhes está a pedir, lhes vai pedir.

É diabólico para um Governo, normalmente obrigado a calar muitos pormenores da sua governação por conveniência pública, não poder calar nada relativamente a tudo que possa parecer dúbio. Mas esse é talvez o único legado que José Sócrates nos deixou no meio da desgraça toda: o de não admitirmos que o Estado faça coisas nas nossas costas. Só por isso, quase merece perdão o ex-governante.

 Magalhães Pinto, em VIDA ECONÓMICA, em 25/8/2011

RECORDAR É VIVER

Tony de Matos. Só Nós Dois.

EDUARDO GAGEIRO - XXV



(vide I)

EFEMÉRIDE DO DIA

 Neste dia, em 2007, faleceu o professor e escritor português Eduardo Prado Coelho.

Foi assistente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, entre 1970 e 1983. Em 1984 tornou-se professor associado da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Como professor convidado, leccionou ainda no Curso de Comunicação Social e Cultural da Universidade Lusófona, bem como no Departamento de Estudos Ibéricos da Universidade de Paris III.


Prado Coelho ocupou vários cargos públicos, tendo sido director-geral de Acção Cultural, organismo criado com a Revolução de Abril, entre 1975 e 1986, conselheiro cultural na Embaixada de Portugal em Paris, entre 1989 e 1999, comissário de Literatura e Teatro na Europália Portuguesa, em 1990, director da Delegação de Paris do Instituto Camões, entre 1997 e 1998, e representante de Portugal no Salon du Livre, em 2000. Além disso integrou o Conselho Directivo do Centro Cultural de Belém, o Conselho Superior do Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia e o Conselho de Opinião da RDP e da RTP.

Teve ampla colaboração em jornais e revistas e publicou uma crónica semanal no jornal Público até à data da sua morte. Da sua bibliografia ensaística, destacam-se Os Universos da Crítica, O Reino Flutuante, A palavra sobre a palavra, A letra litoral, A mecânica dos fluidos, A noite do mundo, além de um diário, intitulado Tudo o que não escrevi. Publicou nos seus últimos anos de vida Diálogos sobre a fé, com D. José Policarpo, e Dia Por Ama, com Ana Calhau. Em 1996 recebeu o Grande Prémio de Literatura Autobiográfica da Associação Portuguesa de Escritores, em 2004, o Grande Prémio de Crónica João Carreira Bom, e em 2006, o Prémio Arco-Iris, da Associação ILGA Portugal, pelo seu contributo para a igualdade baseada na orientação sexual.