(continuação)
Face à contestação generalizada, El-Rei sentiu a necessidade de lançar uma campanha publicitária destinada a recompor a sua imagem na área sensível da Educação. Já que os mestres de artes e ofícios estavam todos contra ele, iam ver o que era despertar a simpatia dos instruendos e dos seus pais. E decidiu anunciar, que era algo que ele costumava fazer com frequência. E anunciou que ia fornecer um ábaco de segunda geração a cada aluno. Em homenagem ao Grande Navegador Português da Circum-navegação Fernão de Magalhães, deu-lhe o seu nome. Desprezou mesmo que o dito Navegador era português, sim, mas era uma espécie de Cristiano Ronaldo da Idade Média em Portugal. Fez a dita viagem em nome do Real Madrid. E se bem o anunciou, El-Rei logo o fez. Convocou todos os arautos e contratou uns miúdos enfézaditos com ar de bons alunos. E correu o país a entregar ábacos. As más línguas do Reino ainda disseram que só havia três ábacos para entregar. E que, enquanto o segundo era entregue, o que primeiro tinha recebido ia a correr, por detrás dos arautos, entregar o ábaco ao pagem de El-Rei, para ser entregue ao quarto. E assim sucessivamente.
(continua)
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