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28.2.09

SORRISO DO DIA (II)

O pequeno avião, a oito mil metros de altitude, sofreu uma avaria irreparável. Vai despenhar-se. Dentro, cinco pessoas. Cavaco Silva, Freitas do Amaral, José Sócrates, o cardeal patriarca de Lisboa e um escuteiro. Além do piloto claro. Mas só há quatro para-quedas. Apressadamente, discute-se quem os utilizará. Todos de acordo em que o primeiro para-quedas será para Cavaco Silva. Aliás, ele dissera, enfaticamente:

- Eu sou o Presidente...

E ele salta. Freitas do Amaral fala em voz fina:

- O país não sobrevive sem os meus pareceres...

Os outros estão de acordo. E ele usa o segundo para-quedas. Nessa altura, José Sócrates puxa dos galões e diz:

- Só eu, pela minha formação e inteligência, posso salvar o país da rise em que vivemos...

O cardeal e o escuteiro estão de acordo. Ele pega no terceiro para-quedas e salta. É então que o cardeal patriarca usa da palavra, dizendo para o escuteiro:

- Tu és um jovem, com toda a vida à tua frente, enquanto eu estou a terminar os meus dias. Podes saltar tu com o último para-quedas, rapaz. E que Deus te acompanhe...

O escuteiro sorri e responde ao cardeal:

- Não é preciso!... Temos aqui dois para-quedas... O primeiro-ministro saltou com a minha mochila...

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