Neste dia, em 1818, nasceu o filósofo revolucionário alemão Karl Marx.
A teoria marxista é, substancialmente, uma crítica radical das sociedades capitalistas. Mas é uma crítica que não se limita à teoria em si. Marx, aliás, posiciona-se contra qualquer separação drástica entre teoria e prática, entre pensamento e realidade, porque essas dimensões são abstracções mentais (categorias analíticas) que, no plano concreto, real, integram uma mesma totalidade complexa.
O marxismo constitui-se como a concepção materialista da História, longe de qualquer tipo de determinismo, mas compreendendo a predominância da materialidade sobre a ideia, sendo esta possível somente com o desenvolvimento daquela, e a compreensão das coisas em seu movimento, em sua inter-determinação, que é a dialética. Portanto, não é possível entender os conceitos marxistas como forças produtivas, capital, entre outros, sem levar em conta o processo histórico, pois não são conceitos abstractos e sim uma abstracção do real, tendo como pressuposto que o real é movimento.
Karl Marx compreende o trabalho como actividade fundamental da humanidade. E o trabalho, sendo a centralidade da actividade humana, desenvolve-se socialmente, sendo o homem um ser social. Sendo os homens seres sociais, a História, isto é, suas relações de produção e suas relações sociais fundam todo processo de formação da humanidade. Esta compreensão e concepção do homem é radicalmente revolucionária em todos os sentidos, pois é a partir dela que Marx irá identificar a alienação do trabalho como a alienação fundadora das demais. E com esta base filosófica é que Marx compreende todas as demais ciências, tendo sua compreensão do real influenciado cada dia mais a ciência por sua consistência.
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