"Irois do mar
Nove povo na são valente
e e e mortal levantai
hoje, de novo o explendor
de Portugal entre, as
brumas da memoria
o patria centeavós
dos teus igrejos avós
que te vao guiar a vitória!!
As armas! As armas
Sob a terra e sobre o mar
As Armas! As armas
Pela patrialotar
Contra os canhois
Marxar marxar!"
(sic)
Ao ler este trabalho, de um miúdo já com aquilo que se chamava "a primária" feito, não sei se deva rir, se chorar. Por um lado, não restam dúvidas de que, pelo menos este miúdo, sabe cantar o hino nacional, num tempo em que as estatísticas dizem que só uma minoria dos nossos jovens o conhecem. Mas, por outro lado, que é isto? Que estamos a fazer? Como é que pode ser culto, como é que poderá defender-se na vida, como é que há-de entender-se com os outros, entender os outros, perceber o que ouve e lê, como é que conseguirá contribuir, um dia, para o desenvolvimento, já não digo da nossa Pátria, do nosso país, alguém que, quando devia (pelo menos!) saber ler, escrever e contar, escreve assim? E, o que é pior, este miúdo já está no ensino secundário e, com alguma probabilidade, vai chegar ao ensino superior. Pode até vir a licenciar-se!
...
Excerto da crónica CICLO INFERNAL - Magalhães Pinto - VIDA ECONÓMICA - 22/6/2003
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