A eleição de Barack Obama, do Partido Democrático – os socialistas americanos – para Presidente dos Estados Unidos criou uma onda de euforia na Esquerda de todo o mundo. Admitir-se-ia que tal fosse devido ao afastamento desse caso lamentável de Presidência que foi Georges Bush. Mas, se fosse apenas isso, estaríamos perante uma euforia “anti-Bush” e não diante de uma euforia “pró-Obama”. Isto é, não seria tão importante a personalidade de Obama, mas sim qualquer um, fosse de que partido fosse, que eliminasse ou, pelo menos, corrigisse os desmandos que o anterior Presidente foi espalhando pelo Mundo. Acontece que não foi, não é, assim. A Esquerda tem gasto o seu tempo a espalhar aos quatro mundos as promessas e os juízos de Barack Obama, como se daí se pudesse concluir por uma superioridade moral da Esquerda, tão bem representada naquele que é, seguramente, o homem mais poderoso do Mundo. Em Portugal, alguns bons pensadores se têm ocupado e empenhado nesse objectivo. Ora, acontece que as coisas não são bem assim. Tenho particular conhecimento do que se está a passar nos Estados Unidos, designadamente na área fiscal. E, antes de difundir o meu pensamento, entendo melhor dar a conhecer algo (parte) do que sei, para que os meus Leitores posteriormente o entendam.
*
No seu discurso inaugural, Barack Obama disse:
“E aqueles que gerem o dinheiro público serão escolhidos para contar, para gastar sabiamente, para reformar os maus hábitos e cumprirem a sua missão à luz do dia, porque só assim poderemos restaurar a vital confiança entre o Povo e o seu Governo.”
Apesar disso, no sétimo dia do seu governo, Obama dava posse, como Secretário de Estado do Tesouro (precisamente do Tesouro) a Tim Geithner, apesar de ele ser devedor relapso ao Fisco de mais de 40.000 dólares. E ao décimo dia de Governo, um outro nomeado de Obama, para o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, Tom Daschle, confessou ter pago então mais de 100.000 dólares de impostos em dívida. Este último viria a não aceitar o cargo devido ao escândalo.
...
Excerto da crónica OBAMANIA - Magalhães Pinto - VIDA ECONÓMICA - 29/4/2009
2 comentários:
Como não entendo muito de política, eu encarei que a preferência pelo Obama se deu pela lavagem cerebral semelhante a do Lula.
Na época todos falavam que tudo era uma merda e que merda por merda quem sabe, se apostassem em algo totalmente diferente as coisas melhorariam. O
vc que entende melhor. Foi mais ou menos isso?
Sei lá, essas coisas até desanimam, porque eu não acredito que Mckein seja algo de melhor tb. E pra te falar a verdade já to ficando desanimada que ano que vem tem eleição. Por quem vc tem preferência aqui no Brasil?
Obrigado pela visita e comentário, Juliana.
Estou mandando para seu mail minha crónica completa. A qual só teve por objectivo - não pequeno, aliás - contrariar este endeusamento que se faz de um político - OBAMA - que, no fundo, não é muito diferente dos demais políticos. Promete muito para conseguir o poder e, depois de instalado, renega o que prometeu.
Em seu presidente Lula, vou registando apenas uma coisa: é que tem tido algum bom senso. Muito longe, portanto, de Chavez ou Morales. No resto, Lula é mais um político.
Não sou um homem de esquerda e, portanto, acredito sempre que a direita pode fazer melhor. Mas Deus nos livre de homens da direita como Bush.
Minha luta vai mais no sentido de fazer com que as pessoas comuns saibam "ler" o que os políticos dizem, sobretudo em camapnha eleitoral, para que possam fazer a melhor escolha possível. Ainda que a melhor escolha possível, presentemente e em todo o undo, seja a medicridade. O Mundo está carente de grandes líderes.
Beijinho e volte sempre
MP
Enviar um comentário