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25.5.09

CRÓNICA DA SEMANA (I)

Fiquei siderado ao conhecer o nome que o PSD escolheu para concorrer em Matosinhos. Guilherme Aguiar. Um nome do futebol cuja proximidade a Pinto da Costa – de quem é um defensor inestimável - e a Valentim Loureiro, o autarca de Gondomar ligado a casos que andam pelos tribunais, não augura nada de bom para a nossa terra. De todas as suas intervenções públicas que tenho coligidas, parecem não ficar dúvidas que ele coloca a defesa dos seus “ídolos” dirigentes futebolistas acima de qualquer outro interesse.

Não se lhe pode querer mal por isso, naturalmente. Sabemos como o futebol é fonte de paixões e, nisto de paixões, um enamorado nunca vê os defeitos da pessoa amada. Guilherme Aguiar é membro do Conselho Superior do Futebol Clube do Porto e defende, naturalmente, a sua dama. Uma pena que a sua dama não seja o Leixões. Se o fosse, se calhar já tínhamos sido campeões nacionais, como foi o Boavista. Agora, o que nos podemos questionar é sobre o que vem fazer alguém de fora cá para o burgo, quando toda a sua paixão não passa para aquém da Circunvalação.

Um outro facto que me causa estranheza, é a sua súbita mudança de opinião, se é que a houve. Com efeito, quando o Professor Freitas do Amaral elaborou um parecer que deixava ficar em muitos maus lençóis o Porto e o Boavista, Guilherme Aguiar indignou-se com isso e afirmou publicamente, e cito: "Não gostaria de ser presidente de nenhum órgão. Quem desempenha essas funções passa a ser um mero coordenador. E esta situação é válida para federações, associações, câmaras ou qualquer outra estrutura”, fim de citação. Como o parecer do Professor fez carreira, será capaz Guilherme Aguiar de se retratar, para justificar agora pretender a Presidência da nossa Câmara?

Por fim, retenho dele uma afirmação que fez, num célebre debate na TV em que se pegou com o Dr. Dias da Cunha, Presidente do Sporting, no qual afirmou que, em matéria de corrupção, ninguém podia atirar pedras, porque todos os Clubes, se têm oportunidade de manipular os jogos de alguma forma, o fazem. Assim justificando a corrupção pela sua generalização.

Com toda a franqueza, se é “isto” que o PSD tem para oferecer a Matosinhos, então estou de acordo com a dirigente concelhia do PSD, Clarisse de Sousa, em que bons candidatos serão ela ou a Dra. Rosário Loio. Julgo entender porque é que foi ele o indigitado pelo PSD (distrital, note-se) para Matosinhos. Mas isso fica para uma outra crónica.

Crónica O CANDIDATO QUE O NÃO É - Magalhães Pinto - MATOSINHOS HOJE - 26/5/2009

1 comentário:

JOSÉ MODESTO disse...

Aquele que está indeciso em começar é lento a agir...

Saudações Marítimas
José Modesto