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18.8.10

EFEMÉRIDE DO DIA

Neste dia, em 1850, faleceu o escritor francês Honoré de Balzac.

A prosa realista de Balzac e seu fôlego como um retratista quase enciclopédico de sua época sobrepujam eventuais características menos invejáveis de seu estilo e fazem dele um bastião da literatura francesa.

A sua obra:

Ficção

A Comédia Humana (1829-1848) - contos, novelas e romances
Contes Drolatiques (1832) - contos
O Amor Mascarado (L'Amour Masque ou Imprudence et Bonheur - 1911) - romance
Tratado dos Excitantes Modernos (Traité des excitants modernes - 1839) - ensaio
Pathologie de la Vie Sociale (Traité de la Vie Élégante et Traité de la Démarche - 1839) - ensaios
Os Jornalistas (Les Journalistes - 1843) - panfleto

Poesia

Cromwell (1819) - tragédia em versos
A Mulher de Trinta Anos

Teatro

L'École des Ménages (1839) - rejeitada pela crítica
Vautrin (1839) - proibida na estréia
Les Ressources de Quinola (1842)
Paméla Figaud (1842)
La Marâtre (1848)
Mercadet ou le Faiseur (1848)


1 comentário:

cidissima disse...

Resumo de uma obra de Honoré:

O conto comovente de uma menina cuja vida é marcada pela ganância infinita de seu pai.

Na obra Eugénia Grandet, Honoré de Balzac pinta um retrato eloquente da sociedade francesa do século XIX, bem como do materialismo reinante da época.
A história centra-se na vida da família Grandet, circunscrita à avareza desmesurada do seu progenitor, que é caracterizado como sendo um homem sem escrúpulos e que valoriza até à exaustão o brilho e o tilintar do dinheiro, símbolo da sua ascensão social e financeira. A sovinice do pai de Eugénia é de tal ordem que este raciona todas as despesas da casa, fazendo a família passar por necessidades.
Entretanto, um dia, chega de Paris um primo de Eugénia, que pensa em agradar a prima, já que uma relação entre os dois permitiria que este vivesse de forma desafogada.
A chegada de Carlos ao seio desta família provoca em Eugénia um sentimento que, até então, não conhecia, motivado, particularmente, pelo seu requinte e bom gosto. Eugénia sente, assim, o desejo de agradar a Carlos, o que não agrada ao seu pai.
Entretanto, o senhor Grandet recebe uma carta de suicídio do irmão, que estava na falência, onde este pede ao irmão que cuide do sobrinho, que desconhece o verdadeiro motivo da sua presença em casa do tio.
No entanto, o pai de Eugénia não se encontra disposto a suportar o encargo do sobrinho, pelo que se torna responsável pela sua ida para as Índias.
Após uma ausência de oito anos, Carlos regressa, mas transforma-se num homem avarento, igual ao tio, a quem apenas interessa agradar e ser aceite na sociedade. Por esse motivo, acaba por esquecer as juras de amor eterno que um dia fez a Eugénia, acabando por contrair matrimónio com a filha de uma nobre família, apenas para receber um título e ser reconhecido na sociedade.
Ao tomar conhecimento do casamento do primo, Eugénia casa-se com um amigo do pai. Contudo, fica viúva pouco tempo depois e descobre que o marido não era a pessoa tão nobre e honesta que pensava.
Em traços gerais, o romance é um quadro audacioso de uma sociedade materialista, que encerra o homem numa teia de enganos, obsessão pelo dinheiro e falta de ética. No entanto, como se pode observar pela leitura desta obra, o dinheiro não pode comprar tudo nem traz a verdadeira felicidade.

Cida