(continuação)El-Rei não andava nada satisfeito com o ruído ensurdecedor que grassava no Reino. A propósito de tudo ou de nada, toda a gente começava numa grande gritaria. Chamou o seu Meirinho-Mor, Augusto do Silvado, e encomendou-lhe uma campanha que impusesse o respeito devido à sua real realeza. Vai daí, o Meirinho veio para a praça pública e anunciou:
- Sabemos muito bem donde vem esta griutaria toda. É oriunda desses gajos, perdão, tipos, perdão senhores, que estão à direita do diabo todo poderoso. De maneira que, daqui para a frente, já sabem, vou começar a malhar a torto e a direito. E eu adoro malhar.
Ainda houve quem o prevenisse que se malhasse demasiado, corria o risco dos malhados ficarem malhadiços e não se importarem com a pancada, mas ele não se importou com isso. O que era preciso era agradar a El-Rei. Aliás, este não se esqueceria do serviço prestado e, nas próximas cortes, faria o Meirinho sentar-se na mesa da presidência.
(continua)
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