Neste dia, em 1960, faleceu o escritor russo Boris Pasternak.
Filho de um professor de pintura e de uma pianista, teve uma juventude numa atmosfera cosmopolita. Estudou Filosofia na Alemanha e retornou a Moscovo em 1914, ano em que publicou sua primeira colecção de poesias. Inicialmente próximo do Futurismo russo, é principalmente como poeta que Pasternak se tornou conhecido na Rússia.
Durante a Primeira Guerra Mundial ele ensinou e trabalhou numa fábrica química dos Urais, o que lhe deu matéria para a sua famosa saga Doctor Jivago anos mais tarde.
Pasternak caiu em desgraça com as autoridades soviéticas durante os anos 1930; acusado de subjectivismo, ele conseguiu, no entanto, não ser enviado para um Gulag.
Foi-lhe atribuído o Nobel de Literatura de 1958, mas não foi autorizado a recebê-lo por razões políticas.
Na Rússia é mais conhecido como poeta do que romancista, em virtude que o livro Dr. Jivago não fez muito sucesso na antiga União Soviética por motivos políticos. É interessante observar, no entanto, que o personagem principal, homónimo do livro é, justamente, um poeta que tem problemas com as autoridades soviéticas estalinistas, embora simpatizante da causa dos deserdados. O Dr. Jivago, percebe-se, é um alter-ego do poeta Pasternak.
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