Neste dia, em 1697, faleceu o clérigo jesuíta, diplomata e orador português Padre António Vieira.
Um dos mais influentes personagens do século XVII em termos de política e Oratória, destacou-se como missionário em terras brasileiras. Nesta qualidade, defendeu infatigavelmente os direitos humanos dos povos indígenas combatendo a sua exploração e escravização e fazendo a sua evangelização. Era por eles chamado de "Paiaçu" (Grande Padre/Pai, em tupi).
António Vieira defendeu também os judeus, a abolição da distinção entre cristãos-novos (judeus convertidos, perseguidos à época pela Inquisição) e cristãos-velhos (os católicos tradicionais), e a abolição da escravatura. Criticou ainda severamente os sacerdotes da sua época e a própria Inquisição.
Na literatura, seus sermões possuem considerável importância no barroco brasileiro e português. As universidades frequentemente exigem sua leitura.
Deixou uma obra complexa que exprime as suas opiniões políticas, não sendo propriamente um escritor, mas sim um orador. Além dos Sermões redigiu o Clavis Prophetarum, livro de profecias que nunca concluiu. Entre os inúmeros sermões, alguns dos mais célebres: o "Sermão da Quinta Dominga da Quaresma", o "Sermão da Sexagésima", o "Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda", o "Sermão do Bom Ladrão","Sermão de Santo António aos Peixes" entre outros. Vieira deixou para trás cerca de 200 cartas e 700 sermões.
1 comentário:
A Literatura interessa a obra escrita, e não a atuação política, apesar de intimamente ligadas.
Vieira escreveu mais de cinco centenas de cartas, algumas delas em torno de importantes questões (como as endereçadas ao Marquês de Nisa , representante português na França, a respeito dos judeus), obras de profecia: História do Futuro (1718), Esperanças de Portugal (1856-1857) e Clavis Prophetarum (obra inédita), em que, na linha do sebastianismo , vaticina para Portugal o destino de Quinto Império , já previsto na Bíblia, no Livro de Daniel.
Cida
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