(continuação)
Começara a não gostar da escola no dia da festa para receber um branco muito importante. Nesse dia, tinham-no obrigado a trocar a sua vestimenta, simples e fresca, por umas calças muito grossas, apertadas nos tornozelos, e por uma camisa de xadrez que lhe arranhava a pele. Enfiaram-lhe na cabeça um barrete comprido, a cair para o lado, muito quente, que em nada se assemelhava aos usados por eles. Como se isso fosse pouco, tinham-lhe enrolado uma longa fita de pano preto em redor da cintura. Tão comprida que dava três voltas. Que calor, enquanto esperavam todos, ao sol, a chegada do tal senhor! E, quando ele chegou, obrigaram-no a dançar uma dança esquisita. Enganara-se várias vezes, não obstante ter treinado muito nos últimos tempos.
(continua)
Magalhães Pinto
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