(continuação)
Fugira para a Guiné, para a outra Guiné, quando a tarefa acabou. Em Conacri, encontrara outros, fugidos também. Aí conhecera Amílcar Cabral, o homem-grande, o qual andava a juntar gente para começar a luta de libertação. A todos dizia não haver outro modo de libertar a Pátria. Antes de rebentar a guerra, o Amílcar Cabral escrevera, sem ter resposta, ao “homem-grande” dos brancos, a pedir-lhe para dar a todos a oportunidade de escolher se queriam estar ao lado dele ou sozinhos. Por isso, só por isso, tinham que fazer a guerra. Recebera os primeiros treinos no campo existente em Conacri, para os homens fugidos dos portugueses. Depois, fora a um país da Europa receber mais treino. Regressara a Conacri. Para ser ele a treinar outros, agora. Tinha recebido ordens para vir para o Óio, tendo por objectivo comandar as operações naquela região e arregimentar mais irmãos para a luta.
(continua)
Magalhães Pinto
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