Novamente, e pelas piores razões, Matosinhos aparece ligado a Felgueiras. Desta vez, alegadamente por se verificarem graves irregularidades nas quais são envolvidos o Presidente da Câmara daquela vila, uma empresa e um ex-vereador, necessariamente socialista, da Câmara da nossa terra. É apenas mais um caso no pântano em que, está a descobrir-se, Portugal se tornou. É mais uma machadada no prestígio do poder local. É mais um argumento contra a regionalização que tão útil seria se fosse aconselhável.
Não só este caso, como todos os outros que vão enchendo as páginas e os tempos da nossa comunicação social, mostram como é frágil o controlo dos cidadãos sobre os administradores do Poder. Os casos de corrupção sucedem-se. As notícias sobre o esbanjamento de dinheiros públicos acumulam-se. Percebemos onde vão os Partidos buscar o dinheiro para tantas bugigangas que oferecem aos eleitores em tempo de campanha. Percebemos porque é que os detentores do Poder se agarram a ele como lapa à rocha. É que pode ser um desastre a sua saída, pela eventualidade de se descobrirem as falcatruas. E isto é muito mais grave na administração local do que na central. Vale a pena perceber porquê.
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Excerto da crónica O EIXO - Magalhães Pinto - MATOSINHOS HOJE - 14/7/2003
1 comentário:
Caro Magalhães Pinto,
Subscrevo grande parte daquilo que diz. Agora não posso concordar com a sua percepção de que a Regionalização serviria, apenas, para somar mais corrupção.
Bem pelo contrário, é, exactamente,
a ausência de um poder intermédio, que faz com que os Municípios assumam um protagonismo exagerado e o Poder central apareça muito longe do comum dos cidadãos.
Cumprimentos
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Regionalização
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