BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a incentivar o consumo e argumentou nesta terça-feira que a economia real pode ser contaminada pela crise se o trabalhador não comprar por pânico ou medo de perder o emprego.
"O que eu quero dizer é que ele corre o risco de perder o emprego se ele não comprar. Não comprando, o comércio não encomenda para a indústria, a indústria não produz, e não produzindo, não tem emprego", disse Lula em cerimônia de premiação de práticas de gestão e estudos sobre os programas sociais do governo
Segundo Lula, o Brasil não está envolvido "na crise de crédito que outros países estão" e por isso é preciso encorajar os empresários a aumentarem a produção, os trabalhadores a consumir, o comércio a continuar parcelando as vendas em mais vezes e a juros mais baixos e o sistema financeiro a reduzir as taxas cobradas dos clientes. "Não é justo com uma crise aumentar os juros."
Lula assegurou que manterá os programas sociais do governo, apesar da crise financeira global. Para o presidente, esses investimentos são instrumentos para reconhecer direitos das pessoas mais pobres, promover justiça social e fortalecer o mercado interno, cujo potencial garantiria ao Brasil o status de "país mais bem preparado" para enfrentar a crise mundial.
"Se tiver uma crise mais forte, a gente pode até não aumentar os benefícios. Mas pode ter certeza que não haverá crise no mundo que me faça tirar um centavo dos pobres que estão recebendo neste instante neste país", declarou Lula, ressaltando que os cortes no orçamento serão feitos no custeio da máquina pública.
(Reportagem de Fernando Exman)
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Ora cá está algo que o nosso Primeiro não pode sugerir, porque ele fica com o dinheiro quase todo por via dos impostos...
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