Pesquisar neste blogue

27.12.10

POEMA DO MÊS


FALHADO

Querendo ganhar, fiquei perdido
Nas trevas
da razão sem sentido!

Querendo perder, ganhei a prisão
do medo,
do sentir sem razão!...

Querendo entregar, recebi o despeito
feroz
que me amordaça o peito!...

Querendo receber, dei esta dor
atroz,
sem nenhum esplendor!...

É assim meu calvário!
Fazer tudo ao contrário...

Magalhães Pinto

1 comentário:

cidissima disse...

Estes versos são como dor, apunhalada pelo paradoxo constante. Eles traduzem os desencontros do poeta. Ir e voltar oscilando entre antíteses desenfreadas.
Fez de tudo para acertar. Não ficou estagnado diante das hipóteses, suportou os parágrafos impróprios na busca de Ser!
Ser feliz, ser vencedor, ser aquilo que muito desejava.
Foi traído pela circunstância, pela inalterabilidade.

Cida