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Rememoremos que o Governo se viu na necessidade de renunciar à quase generalidade das suas propostas eleitorais. Ao contrário do que muitas vezes se diz na praça pública, não sou dos que acredito que os Governos deixem de cumprir por mal formação. O que geralmente acontece é que os políticos sabem que as eleições se ganham vendendo esperanças. Imagine-se que Durão Barroso, por ciência que devia ter quando em campanha, prometia aos portugueses o que veio a fazer no ano que se seguiu. Alguém é suficientemente cândido para imaginar que ele ganharia as eleições? E, no entanto era imperioso que as ganhasse. Não podíamos continuar como estávamos. As dificuldades que atravessamos é produto de muitos anos de Governo preguiçoso. E de uma outra coisa. Da convicção de que tínhamos que reequilibrar o nosso défice público, sob pena de sermos excomungados - ou equivalente - pela União Europeia. O que até era verdade. Mas que a atitude anunciada pelos dois gigantes europeus vem colocar, como disse, em nova perspectiva.
Em primeiro lugar, tenhamos presente que, pelo menos desde a grande recessão dos anos vinte do século passado, a teoria económica aceitou pacificamente que a despesa do Estado podia ser - e era, e foi - uma grande correctora dos ciclos económicos. Gastando quando os tempos eram de recessão, os Governos minoravam as crises. E não gastando tanto quando se estava em expansão, os Governos reduziam o aquecimento da economia, que também pode ser prejudicial. Se ainda mandasse essa teoria económica, o Governo Português estaria a realizar mais investimentos agora do que aqui há cinco anos, quando a conjuntura era favorável.
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Excerto da crónica EM QUE FICAMOS? - Magalhães Pinto - VIDA ECONÓMICA - 18/7/2003
. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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31.10.08
PENSAMENTO DO DIA
FRASE DO DIA
PERGUNTAS SEM RESPOSTA
FIGURA DO DIA
PÁGINA DO BRASIL
Duas pessoas foram presas em flagrante ontem acusadas de oferecer a um escritório de advocacia em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, informações cadastrais de beneficiários da Previdência Social. Os dois homens, de 28 e 32 anos, naturais do Mato Grosso do Sul, permanecem presos na carceragem da Polícia Federal e responderão por receptação. Na ação foram apreendidos um notebook, sete Pen drives, CDs com arquivos e um HD externo. Esse banco de dados, segundo a PF, é privativo da Empresa de Tecnologia e Informação da Previdência Social (Dataprev) e seria usado por terceiros para obtenção de empréstimos pessoais ou consignados, ações de revisão de benefício previdenciário, entre outras fraudes.
Os policiais federais acompanharam a negociação com o consentimento do escritório de advocacia e surpreenderam os dois homens no momento em que faziam a demonstração do sistema aos advogados em um notebook. Os dados eram oferecidos preferencialmente para escritórios de advocacia especializados em direito previdenciário, financeiras e farmácias.
Os valores cobrados eram de R$ 800 por cidade ou R$ 1.600 para "pacote" de quatro municípios. A amostragem inicial dos dados presume que as informações eram verdadeiras e estavam atualizadas. As investigações continuam com o objetivo de identificar as empresas que adquiriram o cadastro da Dataprev, podendo os responsáveis responder por receptação.
***
Os brasileiros adaptam-se facilmente à sociedade da informação...
Os policiais federais acompanharam a negociação com o consentimento do escritório de advocacia e surpreenderam os dois homens no momento em que faziam a demonstração do sistema aos advogados em um notebook. Os dados eram oferecidos preferencialmente para escritórios de advocacia especializados em direito previdenciário, financeiras e farmácias.
Os valores cobrados eram de R$ 800 por cidade ou R$ 1.600 para "pacote" de quatro municípios. A amostragem inicial dos dados presume que as informações eram verdadeiras e estavam atualizadas. As investigações continuam com o objetivo de identificar as empresas que adquiriram o cadastro da Dataprev, podendo os responsáveis responder por receptação.
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Os brasileiros adaptam-se facilmente à sociedade da informação...
30.10.08
PENSAMENTO DO DIA
Com a abolição da prestação de provas - e consequente ajuste do ensino - e com passagens administrativas, estamos quase a deixar de precisar de professores. Não há nada que eles façam que a Internet não possa fazer. E os alunos até já têm o "Magalhães". Como proveito marginal, quando não forem precisos professores, as contas públicas vão ficar miraculosamente equilibradas.
FRASE DO DIA
"O Governo enganou os presidentes de câmara e ludibriou as populações, pois prometeram helicópteros e ambulâncias em troco dos serviços de urgência e, até hoje, é vê-los por um canudo."
Adão Silva, deputado pelo PSD, sobre o INEM - PÚBLICO - 30/10/2008
***
É a crise, senhor Deputado! Aliás, a crise vai ter as costas mais largas do século...
Adão Silva, deputado pelo PSD, sobre o INEM - PÚBLICO - 30/10/2008
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É a crise, senhor Deputado! Aliás, a crise vai ter as costas mais largas do século...
FIGURA DO DIA
PÁGINA DO BRASIL
Segundo o site da 'BBC Brasil', o consumo de café em excesso pode provocar uma diminuição no tamanho dos seios de algumas mulheres, afirma um estudo na Suécia. Tal diminuição ocorre por conta de uma variação genética que atinge, aproximadamente, metade das mulheres entre as que tomam três ou mais xícaras de café por dia e não usam pílulas anticoncepcionais.
A pesquisa foi publicada na revista científica 'British Journal of Cancer', onde pode-se ler que a mutação genética seria a responsável pela relação entre o consumo de café e o tamanho dos seios por afetar os hormônios femininos.
Uma das explicações oferecidas pelos cientistas é de que o café contém estrogênios que afetariam diretamente o funcionamento dos hormônios das mulheres, causando um impacto no tamanho dos seios.
Para a coordenadora do estudo, Helena Jernstrom, da Universidade de Lund, na Suécia, "beber café pode ter um impacto grande no tamanho dos seios". No entanto, os pesquisadores alertam que as mulheres que bebem café não precisam se preocupar porque a diminuição não é repentina e não fará com que os seios percam todo o volume.
Como foi feita a pesquisa
Os pesquisadores analisaram 300 mulheres que não tomavam pílulas anticoncepcionais e não tinham histórico de câncer. Entre elas, 50% possuíam a variante genética. Durante dez anos, estas mulheres responderam questionários periódicos sobre consumo de café, uso de contraceptivos e hábitos como o fumo, por exemplo.
Além disso, os pesquisadores mediram os níveis hormonais e o tamanho dos seios das mulheres. Os seios foram medidos como se fossem pirâmides multiplicando o tamanho da base e das laterais para indicar o volume.
Ao final da pesquisa, os cientistas puderam notar que as mulheres que tinham a variação genética e tomavam uma quantidade moderada ou alta de café (pelo menos três xícaras por dia) apresentaram uma diminuição no tamanho dos seus seios.
***
Exemplo de quem nunca tomou nem uma gotinha de café na vida:
A pesquisa foi publicada na revista científica 'British Journal of Cancer', onde pode-se ler que a mutação genética seria a responsável pela relação entre o consumo de café e o tamanho dos seios por afetar os hormônios femininos.
Uma das explicações oferecidas pelos cientistas é de que o café contém estrogênios que afetariam diretamente o funcionamento dos hormônios das mulheres, causando um impacto no tamanho dos seios.
Para a coordenadora do estudo, Helena Jernstrom, da Universidade de Lund, na Suécia, "beber café pode ter um impacto grande no tamanho dos seios". No entanto, os pesquisadores alertam que as mulheres que bebem café não precisam se preocupar porque a diminuição não é repentina e não fará com que os seios percam todo o volume.
Como foi feita a pesquisa
Os pesquisadores analisaram 300 mulheres que não tomavam pílulas anticoncepcionais e não tinham histórico de câncer. Entre elas, 50% possuíam a variante genética. Durante dez anos, estas mulheres responderam questionários periódicos sobre consumo de café, uso de contraceptivos e hábitos como o fumo, por exemplo.
Além disso, os pesquisadores mediram os níveis hormonais e o tamanho dos seios das mulheres. Os seios foram medidos como se fossem pirâmides multiplicando o tamanho da base e das laterais para indicar o volume.
Ao final da pesquisa, os cientistas puderam notar que as mulheres que tinham a variação genética e tomavam uma quantidade moderada ou alta de café (pelo menos três xícaras por dia) apresentaram uma diminuição no tamanho dos seus seios.
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Exemplo de quem nunca tomou nem uma gotinha de café na vida:
29.10.08
EXPECTATIVA
Estou à espera de um telefonema. Porque este blog tem sido extremamente crítico do Governo, estou à espera que este me telefone. Claro que este blog não é o Diário Económico. Por isso, não espero que seja o Primeiro-Ministro a telefonar-me. Provavelmente, será o porteiro do rés-do-chão da Presidência do Conselho que receberá a incumbência de me falar. E eu atenderei. Porteiro do Primeiro-Ministro é gente importante. E estou mesmo a imaginar a conversa. Mais ou menos assim:
- Tou!...
- Olá! António?
- Sim...
- O António do Poliscópio?...
- Sim...
- Olhe... estou a falar-lhe por incumbência do nosso Primeiro...
- Pode dizer... mas se é para me convidar para Ministro, esqueça...
- Nada... é só que o nosso Primeiro acha que você está mal informado...
- Estou?...
- Está... A governação dele é um sucesso... E no seu blog parce que ele é uma governanta e não o Governo...
- Pois... Mas é assim que eu vejo...
- Pois... mas está mal... de maneira que o nosso Primeiro queria esclarecê-lo de que Você está enganado... Acha que pode corrigir?...
- Não sei... O nosso Primeiro faz muita questão nisso?...
- Nah... Você pode deixar tudo como está... Mas se deixar tudo como está, diz o nosso Primeiro que as relações dele consigo não vão continuar a ser o0 que eram...
- Ahhh!... E como eram essas relações?...
- Isso não sei... Ele é que deve saber... Mas eu se fosse a si corrigia... Para que é que há-de estar a arranjar complicações nas suas relações?...
- Ok!... Diga ao nosso Primeiro que eu vou tentar... Mas não prometo...
***
Continuo sentado junto ao telefone e este nunca mais toca. Caramba! Em democracia, não devia haver excepções... Afinal, somos todos iguais ou não?...
- Tou!...
- Olá! António?
- Sim...
- O António do Poliscópio?...
- Sim...
- Olhe... estou a falar-lhe por incumbência do nosso Primeiro...
- Pode dizer... mas se é para me convidar para Ministro, esqueça...
- Nada... é só que o nosso Primeiro acha que você está mal informado...
- Estou?...
- Está... A governação dele é um sucesso... E no seu blog parce que ele é uma governanta e não o Governo...
- Pois... Mas é assim que eu vejo...
- Pois... mas está mal... de maneira que o nosso Primeiro queria esclarecê-lo de que Você está enganado... Acha que pode corrigir?...
- Não sei... O nosso Primeiro faz muita questão nisso?...
- Nah... Você pode deixar tudo como está... Mas se deixar tudo como está, diz o nosso Primeiro que as relações dele consigo não vão continuar a ser o0 que eram...
- Ahhh!... E como eram essas relações?...
- Isso não sei... Ele é que deve saber... Mas eu se fosse a si corrigia... Para que é que há-de estar a arranjar complicações nas suas relações?...
- Ok!... Diga ao nosso Primeiro que eu vou tentar... Mas não prometo...
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Continuo sentado junto ao telefone e este nunca mais toca. Caramba! Em democracia, não devia haver excepções... Afinal, somos todos iguais ou não?...
CRÓNICA DA SEMANA
...
O actual sistema de cobrança do IVA – relacionado com o momento da facturação e não com o momento da cobrança – até estaria bem se o mesmo Estado que beneficia dele disponibilizasse aos cidadãos um sistema judicial expedito que permitisse cobrar as dívidas rapidamente. O que nos leva a concluir que antes mesmo de o método para entrega ao Estado do IVA, o mal está na falta de moralidade nas relações de crédito e na ausência de instrumentos expeditos para cobrança coerciva dos créditos. Mais, é o próprio Estado a dar o exemplo, pagando quase sempre tarde e a más horas aquilo que deve. Mais, é o Estado que dá o exemplo de iniquidade ao afixar o nome de quem lhe deve dinheiro mas recusando-se, mais ou menos explicitamente, a publicitar o nome das entidades a quem deve dinheiro.
Estamos perante um caso bicudo. É caso para perguntar: e agora, Estado? Que vamos fazer? Provavelmente, nada. Provavelmente, o Estado vai deixar arrastar o assunto Governo após Governo. E não é difícil adivinhar a consequência final disto. Pouco a pouco, serão cada vez mais as empresas a não entregar o imposto devido a não ser quando o cobrem. Tudo porque o Estado se esqueceu, ao pretender moralizar a cobrança de impostos e acabar com a rebaldaria que vigorava – o que é um objectivo louvável – que era necessário moralizar não apenas as relações dos contribuintes entre si – pelo menos quando estes actuam como cobradores de impostos para o Estado - e, mais do que isso, moralizar as relações do Estado com os contribuintes. Isto é, e em conclusão final, um Estado que não actua com moralidade estará sempre sujeito a ser tratado imoralmente pelos seus cidadãos.
Excerto da crónica E AGORA, ESTADO? - Magalhães Pinto - VIDA ECONÓMICA - 30/10/2008
O actual sistema de cobrança do IVA – relacionado com o momento da facturação e não com o momento da cobrança – até estaria bem se o mesmo Estado que beneficia dele disponibilizasse aos cidadãos um sistema judicial expedito que permitisse cobrar as dívidas rapidamente. O que nos leva a concluir que antes mesmo de o método para entrega ao Estado do IVA, o mal está na falta de moralidade nas relações de crédito e na ausência de instrumentos expeditos para cobrança coerciva dos créditos. Mais, é o próprio Estado a dar o exemplo, pagando quase sempre tarde e a más horas aquilo que deve. Mais, é o Estado que dá o exemplo de iniquidade ao afixar o nome de quem lhe deve dinheiro mas recusando-se, mais ou menos explicitamente, a publicitar o nome das entidades a quem deve dinheiro.
Estamos perante um caso bicudo. É caso para perguntar: e agora, Estado? Que vamos fazer? Provavelmente, nada. Provavelmente, o Estado vai deixar arrastar o assunto Governo após Governo. E não é difícil adivinhar a consequência final disto. Pouco a pouco, serão cada vez mais as empresas a não entregar o imposto devido a não ser quando o cobrem. Tudo porque o Estado se esqueceu, ao pretender moralizar a cobrança de impostos e acabar com a rebaldaria que vigorava – o que é um objectivo louvável – que era necessário moralizar não apenas as relações dos contribuintes entre si – pelo menos quando estes actuam como cobradores de impostos para o Estado - e, mais do que isso, moralizar as relações do Estado com os contribuintes. Isto é, e em conclusão final, um Estado que não actua com moralidade estará sempre sujeito a ser tratado imoralmente pelos seus cidadãos.
Excerto da crónica E AGORA, ESTADO? - Magalhães Pinto - VIDA ECONÓMICA - 30/10/2008
FRASE DO DIA
PERGUNTAS SEM RESPOSTA
PENSAMENTO DO DIA
PÁGINA DO BRASIL
O Ministério Público Federal (MPF) em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, em São Paulo, entrou com uma ação civil pública contra a Companhia de Bebidas das Américas (Ambev), o Grupo Schincariol e a empresa Femsa pedindo uma indenização de R$ 2,8 bilhões. O MPF argumenta que houve ampliação dos males provocados pelo consumo de cerveja e chope em todo o País. O processo é baseado em mais de um ano de investigações do MPF. Num inquérito civil público, o órgão juntou estudos e textos científicos brasileiros e de outros países para fundamentar a apuração.
O MPF relacionou entre os documentos uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com adolescentes de 12 e 13 anos de São Bernardo do Campo, no Grande ABC paulista, que chegou à conclusão de que a maioria deles presta atenção na publicidade de bebidas, muitos se identificam com ela e crêem ser verdadeiro o que afirma a propaganda.
O procurador da República Fernando Lacerda Dias, responsável pela ação, alega que as três companhias respondem por 90% do mercado nacional de cerveja e investiram quase R$ 1 bilhão só em 2007 para ampliar a venda dos produtos e os lucros. "Essas ações agressivas de publicidade refletem diretamente no aumento do consumo de álcool pela sociedade e na precocidade do consumo. Os jovens começam a beber cada vez mais e mais cedo", afirmou ele, em nota do MPF.
Segundo o processo, conforme as empresas investem mais em propaganda, aumenta o número de mortes violentas, homicídios, doenças em geral, dependência química, acidentes de trânsito, dificuldades profissionais, violência urbana e doméstica, entre outras causas. A assessoria da Ambev informou que a empresa não se pronunciará sobre o processo. A reportagem procurou o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), a Schincariol e a Femsa, mas ninguém foi encontrado para comentar a ação.
***
Se a moda pega como pegou a do tabaco, lá se vão as b'jekas!...
O MPF relacionou entre os documentos uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com adolescentes de 12 e 13 anos de São Bernardo do Campo, no Grande ABC paulista, que chegou à conclusão de que a maioria deles presta atenção na publicidade de bebidas, muitos se identificam com ela e crêem ser verdadeiro o que afirma a propaganda.
O procurador da República Fernando Lacerda Dias, responsável pela ação, alega que as três companhias respondem por 90% do mercado nacional de cerveja e investiram quase R$ 1 bilhão só em 2007 para ampliar a venda dos produtos e os lucros. "Essas ações agressivas de publicidade refletem diretamente no aumento do consumo de álcool pela sociedade e na precocidade do consumo. Os jovens começam a beber cada vez mais e mais cedo", afirmou ele, em nota do MPF.
Segundo o processo, conforme as empresas investem mais em propaganda, aumenta o número de mortes violentas, homicídios, doenças em geral, dependência química, acidentes de trânsito, dificuldades profissionais, violência urbana e doméstica, entre outras causas. A assessoria da Ambev informou que a empresa não se pronunciará sobre o processo. A reportagem procurou o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), a Schincariol e a Femsa, mas ninguém foi encontrado para comentar a ação.
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Se a moda pega como pegou a do tabaco, lá se vão as b'jekas!...
ESCRITO NA PEDRA
EFEMÉRIDE DO DIA
26.10.08
PÁGINA DO BRASIL
Armados com fuzis e metralhadoras, seis assaltantes invadiram por volta das 13h30 de ontem a casa do empresário Isaac Duek, de 56 anos, ex-sócio da grife Forum e irmão do estilista Tufi Duek. Da residência na Rua Atlântica, nos Jardins, zona sul da capital, foram roubados US$ 4 mil e jóias. Na fuga, o grupo levou o empresário como refém, mas o libertou pouco depois. Houve tiroteio entre bandidos e polícia. Ninguém foi preso e não houve feridos.
Segundo a polícia, os bandidos conseguiram entrar no imóvel se passando por funcionários dos Correios. Vestido como carteiro, um dos assaltantes disse à empregada que precisava fazer a entrega de um Sedex. Após entrar na casa, ele abriu caminho para o grupo, que fugiu meia hora depois. Momentos antes, um vigia da rua foi rendido pelo bando e também foi mantido refém na casa.
Além do empresário, estavam na casa sua mulher, duas filhas e a empregada. Uma das filhas conseguiu se esconder no cômodo blindado da residência e ligar para o 190. No momento em que PMs do 23º Batalhão se aproximavam, o grupo já dava início à fuga da casa. Além de um veículo com logotipo dos Correios, utilizavam também um Ford Focus. Com a chegada da PM, houve troca de tiros. Alguns disparos atingiram o portão da casa e veículos estacionados na rua. Um dos assaltantes também levou um tiro de raspão na cabeça, mas ainda conseguiu escapar.
REFÉM
Isaac chegou a ser levado como refém pelos bandidos no volante de sua BMW preta blindada. Na Rua Grécia, os ladrões renderam um taxista. Na Rua Estados Unidos, eles abandonaram Duek e a BMW. Os assaltantes fizeram mais uma vítima: o motorista de um Corsa, que foi obrigado a entregar o automóvel aos bandidos na Marginal do Pinheiros, na zona oeste. Em seguida, o grupo deixou o Corsa na Rua Tamaná e fugiu a pé.
Até as 20 horas de ontem a PM não havia detido nenhum suspeito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
***
Ora cá estão carteiros que sabem levar a carta a Garcia...
Segundo a polícia, os bandidos conseguiram entrar no imóvel se passando por funcionários dos Correios. Vestido como carteiro, um dos assaltantes disse à empregada que precisava fazer a entrega de um Sedex. Após entrar na casa, ele abriu caminho para o grupo, que fugiu meia hora depois. Momentos antes, um vigia da rua foi rendido pelo bando e também foi mantido refém na casa.
Além do empresário, estavam na casa sua mulher, duas filhas e a empregada. Uma das filhas conseguiu se esconder no cômodo blindado da residência e ligar para o 190. No momento em que PMs do 23º Batalhão se aproximavam, o grupo já dava início à fuga da casa. Além de um veículo com logotipo dos Correios, utilizavam também um Ford Focus. Com a chegada da PM, houve troca de tiros. Alguns disparos atingiram o portão da casa e veículos estacionados na rua. Um dos assaltantes também levou um tiro de raspão na cabeça, mas ainda conseguiu escapar.
REFÉM
Isaac chegou a ser levado como refém pelos bandidos no volante de sua BMW preta blindada. Na Rua Grécia, os ladrões renderam um taxista. Na Rua Estados Unidos, eles abandonaram Duek e a BMW. Os assaltantes fizeram mais uma vítima: o motorista de um Corsa, que foi obrigado a entregar o automóvel aos bandidos na Marginal do Pinheiros, na zona oeste. Em seguida, o grupo deixou o Corsa na Rua Tamaná e fugiu a pé.
Até as 20 horas de ontem a PM não havia detido nenhum suspeito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Ora cá estão carteiros que sabem levar a carta a Garcia...
EFEMÉRIDE DO DIA
25.10.08
INTERLÚDIO
HOLDING OUT FOR A HERO. Dificilmente deixamos de nos empolgar com esta canção de BONNIE TYLER.
MEMÓRIA
O Senhor Presidente da República fez um inflamado discurso, incitando-nos a sermos patriotas. Não ao jeito antigo, de bandeira, hino, pátria e família, mas sim patriotas modernos. E por aqui se ficou. Modernos. Só que eu não sei o que isso é. Ou melhor, podia saber. Mas tudo quanto temos feito só nos dá motivos para não ser patriota.
Sabe Deus quanto me custa dizer isto. Amo o meu Portugal mais do que tudo. Tenho orgulho de ser Português. Mas, curiosamente, quando a mim mesmo pergunto porque razão tenho orgulho de ser Português, só me lembro da História do meu Povo. Só me lembro das tradições do meu Povo. Só me lembro da época das conquistas que fez este meu país. Só me lembro dos feitos das Descobertas. Só me lembro do génio de meia dúzia de Portugueses, com Camões à frente. Só me lembro da beleza da minha Língua, uma das mais bonitas do Mundo. Mas tudo isto apenas faz um patriota à moda antiga.
Procuro à minha volta, a ver se encontro razões para ser patriota. Moderno. E não encontro. Vejo pretensos grandes do meu país acossados pela Justiça, por serem suspeitos de um crime hediondo. Vejo alguém, em quem o Povo confiou para conduzir os seus destinos, fugir do meu País para não dar com os ossos na prisão. Vejo esse mesmo alguém, com uma desfaçatez incrível, fazer acusações de que os ladrões são outros, em quem igualmente o Povo confiou. Vejo rios de dinheiro a escoarem-se sem lhe ver os resultados a que se destinavam. Vejo os jovens do meu país perdidos na ignorância e na impreparação para serem homens grandes. Vejo ameaças de nos sacarem os recursos marinhos sem termos força para o impedir. Que razões encontro eu, nos tempos modernos, para ser patriota? Tenho uma democracia e mais nada. Mas uma democracia não faz um patriota. Quando muito, dá-lhe jeito para dizer que não encontra motivos para ser patriota. Como eu estou aqui fazendo.
Se eu ainda pudesse ter dúvidas sobre a justeza do que sinto e penso, dois acontecimentos, aparentemente desligados, vieram-me fazer sentir vergonha de ser português. Eu conto como foi.
Primeiro, ouvi a notícia de que a construção dos estádios de futebol destinados ao Euro/2004 já está mais cara do que o previsto em cerca de 500 milhões de euros. Isto é, cerca de 100 milhões de contos. Pagos com o nosso dinheiro. Para agravar mais a minha aflição, ouvi o Senhor Presidente da Câmara de Braga, o socialista Mesquita Machado, justificar o despautério, dizendo que o estádio de Braga ficava mais caro cerca de vinte milhões de contos, que iam ser pagos pela Câmara Municipal. Disse-o com desplante, com arrogância. Como se o dinheiro que a Câmara usa não fosse nosso também. Mas o meu sentimento de aflição ainda se agravaria quando, passados uns momentos, ouvi numa rádio um anúncio, pedindo aos cidadãos do meu país - os tais que já pagam os impostos que políticos loucos estão a gastar com o futebol - para depositarem algum dinheiro numa conta bancária, cujo número se indicava, para, imagine-se, financiar o envio de deficientes às Olimpíadas a eles destinadas.
Corei de vergonha de ser Português. No meu país, gastam-se milhões com uma actividade - o futebol - cujos dinheiros movimentados envergonhariam qualquer país somente remediado; mas não há uns míseros tostões, a não ser mendigando de porta em porta, para enviar os nossos deficientes às Olimpíadas de onde, aliás, costumam vir bastante medalhados.
Pode ser que ainda venhamos a encontrar razões para sermos patriotas modernos, como o Senhor Presidente da República nos pede. Mas não sem que, antes, se dê uma barrela a esta triste vida nacional.
Crónica PATRIOTISMO - Magalhães Pinto - MATOSINHOS HOJE - 14/6/2003
Sabe Deus quanto me custa dizer isto. Amo o meu Portugal mais do que tudo. Tenho orgulho de ser Português. Mas, curiosamente, quando a mim mesmo pergunto porque razão tenho orgulho de ser Português, só me lembro da História do meu Povo. Só me lembro das tradições do meu Povo. Só me lembro da época das conquistas que fez este meu país. Só me lembro dos feitos das Descobertas. Só me lembro do génio de meia dúzia de Portugueses, com Camões à frente. Só me lembro da beleza da minha Língua, uma das mais bonitas do Mundo. Mas tudo isto apenas faz um patriota à moda antiga.
Procuro à minha volta, a ver se encontro razões para ser patriota. Moderno. E não encontro. Vejo pretensos grandes do meu país acossados pela Justiça, por serem suspeitos de um crime hediondo. Vejo alguém, em quem o Povo confiou para conduzir os seus destinos, fugir do meu País para não dar com os ossos na prisão. Vejo esse mesmo alguém, com uma desfaçatez incrível, fazer acusações de que os ladrões são outros, em quem igualmente o Povo confiou. Vejo rios de dinheiro a escoarem-se sem lhe ver os resultados a que se destinavam. Vejo os jovens do meu país perdidos na ignorância e na impreparação para serem homens grandes. Vejo ameaças de nos sacarem os recursos marinhos sem termos força para o impedir. Que razões encontro eu, nos tempos modernos, para ser patriota? Tenho uma democracia e mais nada. Mas uma democracia não faz um patriota. Quando muito, dá-lhe jeito para dizer que não encontra motivos para ser patriota. Como eu estou aqui fazendo.
Se eu ainda pudesse ter dúvidas sobre a justeza do que sinto e penso, dois acontecimentos, aparentemente desligados, vieram-me fazer sentir vergonha de ser português. Eu conto como foi.
Primeiro, ouvi a notícia de que a construção dos estádios de futebol destinados ao Euro/2004 já está mais cara do que o previsto em cerca de 500 milhões de euros. Isto é, cerca de 100 milhões de contos. Pagos com o nosso dinheiro. Para agravar mais a minha aflição, ouvi o Senhor Presidente da Câmara de Braga, o socialista Mesquita Machado, justificar o despautério, dizendo que o estádio de Braga ficava mais caro cerca de vinte milhões de contos, que iam ser pagos pela Câmara Municipal. Disse-o com desplante, com arrogância. Como se o dinheiro que a Câmara usa não fosse nosso também. Mas o meu sentimento de aflição ainda se agravaria quando, passados uns momentos, ouvi numa rádio um anúncio, pedindo aos cidadãos do meu país - os tais que já pagam os impostos que políticos loucos estão a gastar com o futebol - para depositarem algum dinheiro numa conta bancária, cujo número se indicava, para, imagine-se, financiar o envio de deficientes às Olimpíadas a eles destinadas.
Corei de vergonha de ser Português. No meu país, gastam-se milhões com uma actividade - o futebol - cujos dinheiros movimentados envergonhariam qualquer país somente remediado; mas não há uns míseros tostões, a não ser mendigando de porta em porta, para enviar os nossos deficientes às Olimpíadas de onde, aliás, costumam vir bastante medalhados.
Pode ser que ainda venhamos a encontrar razões para sermos patriotas modernos, como o Senhor Presidente da República nos pede. Mas não sem que, antes, se dê uma barrela a esta triste vida nacional.
Crónica PATRIOTISMO - Magalhães Pinto - MATOSINHOS HOJE - 14/6/2003
PENSAMENTO DO DIA
Não há nada como sair do País e vir saber as coisas cá fora. Aprendi esta semana que o Milagre das Rosas, da Raínha Santa Isabel, pode ser falso, uma vez que precisamente o mesmo milgare, com todos os pormenores, é atribuído à Princesa Santa Isabel da Hungria. E, como se fosse pouco, aprendi que D. João VI - que fugiu para o Brasil para escapar às invasões francesas de Napoleão - era cunhado do mesmo Napoleão. Segredos que escapam às nossas histórias.
FRASE DO DIA
FIGURA DO DIA
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