Neste dia, em 1955, faleceu o médico e investigador português António Egas Moniz.
Foi baptizado como António Caetano de Abreu Freire, no seio de uma família aristocrata rural; seu tio e padrinho, o padre Caetano de Pina Resende Abreu Sá Freire, insistiria para que ao apelido fosse adicionado Egas Moniz, em virtude de a família, descender em linha directa de Egas Moniz, o aio de Dom Afonso Henriques.
Egas Moniz foi proposto cinco vezes (1928, 1933, 1937, 1944 e 1949) ao Nobel de Fisiologia ou Medicina ,sendo galardoado em 1949. A primeira delas acontece alguns meses depois de ter publicado o primeiro artigo sobre a encefalografia arterial e, subsequentemente, ter feito, no Hospital de Necker, em Paris, uma demonstração da técnica encefalográfica. Este imediatismo não era uma coisa absolutamente ridícula pois, na verdade, «a vontade de Alfred Nobel era precisamente a de galardoar trabalhos desenvolvidos no ano anterior ao da atribuição do Prémio» (Cf. Manuel Correia, 2006).
A técnica desenvolvida por Egas Moniz, a operação ao cérebro chamada lobotomia, deixou de ser praticada pelos médicos há 30 anos, e tem sido alvo de polémica. Familiares de pacientes que sofreram esta intervenção exigiram que fosse anulado o prémio Nobel.
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