Representantes de nove sindicatos e cinco associações ligadas à Polícia Civil se encontram amanhã, às 10h30, para discutir o plano de ação da paralisação que dura mais de um mês em São Paulo. Segundo José Leal, dirigente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de SP (Sindipesp), está fora de cogitação discutir, neste encontro, o valor pleiteado pela categoria. "Nossa perda salarial nos últimos cinco anos foi de 60%. O governo é que precisa nos apresentar uma proposta decente", afirmou.
A Polícia Civil pede ao governo do Estado reajuste salarial de 15% para este ano, reatroativo a 1º. de março, 12% de correção no próximo calendário e outros 12% em 2010. Segundo Leal, o governo propôs 6,2% de reajuste sobre o salário-base e não fala em retroatividade. Leal diz que a categoria quer "pelo menos" 80% do que se está pedindo. "Dividimos o reajuste para não sermos acusados de intransigentes. O governo precisa deixar de ser inconseqüente."
A greve da Polícia Civil, que teve início em 16 de setembro, culminou no confronto entre policiais civis e militares, na quinta-feira passada, em frente ao Palácio dos Bandeirantes. O conflito deixou feridos. Durante a paralisação, em vigor por tempo indeterminado, os policiais só atendem ocorrências que julgarem graves, como flagrantes, mortes e seqüestros, por exemplo.
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Quando será que os bandidos também fazem greve?
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