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20.12.06

A CRÓNICA DA SEMANA

No ano da graça de dois mil e seis. O Homem já esteve na Lua. Há muito tempo. No século passado, era eu ainda criança. Ou quase. A Revolução dos Cravos já foi há quase uma geração. Nem sei estimar o dinheiro que veio da Europa para o meu país. No tempo de Cavaco Silva como Primeiro Ministro, a oposição dizia que entravam em Portugal cerca de dois milhões de contos por dia. No tempo de António Guterres, a oposição dizia que entravam no país quatro milhões de contos por dia. Façamos as contas. Tomemos só quinze anos. À média de três milhões de contos. Dá a espantosa soma de 16.425 milhões de contos. Veja, meu Caro Leitor, a grandeza do número traduzido em escudos: 16.435.000.000.000. Natural que a gente se interrogue em que é que isso melhorou os Portugueses, a nossa vida, resolveu os nossos problemas. Uma boa imagem fica da resenha de quinze dias à portuguesa.

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Bem pode andar aí uma legião de gente, incluindo o Senhor Presidente da República, a tentar injectar-nos optimismo. O organismo rejeita as injecções. A evidência a entrar pelos olhos dentro é demasiado grande. Fica um ponto de exclamação. Nesta quinzena, a Senhora Ministra da Educação não deu aso a notícias. Dizem que, presentemente, os professores são o "ai Jesus" da Senhora Ministra.

Excerto da crónica UMA QUINZENA PORTUGUESA - Vida Económica - 21/12/2006

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