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Aqui começa o incompreensível. Foi Narciso Miranda que escolheu – segundo ele mesmo disse – o candidato à Câmara pelos socialistas. Era o seu Vice-Presidente Guilherme Pinto. E não se poupou a elogios que, aliás e na minha opinião, o futuro veio a demonstrar serem merecidos. Mas, a partir de certa altura, Narciso Miranda começou a dizer mal de tudo ou quase tudo o que era feito. Mesmo que, tanto quanto se percebe, a atitude da actual Câmara tivesse mérito. Só um exemplo. Narciso tem-se encarniçado a dizer que nunca mais se construíram casas desde que ele se foi embora. Esquece-se é de dizer que, das que foram construídas no seu tempo, havia muitas que estavam atribuídas em duplicado às mesmas pessoas. Como resultado, aliás, da política de compadrio que, no seu tempo, era notória. Como quer que seja, o que se recolhe do que Narciso Miranda vem fazendo é que, no seu espírito, deve ter ficado a bailar, desde que foi forçado a retirar-se da Câmara, a ideia de que o doutor Guilherme Pinto ia ser o seu pau mandado e tudo quanto faria era ficar a guardar-lhe o lugar, para um regresso triunfal. Felizmente, o doutor Guilherme Pinto vale muito mais do que isso, como tem vindo a demonstrar.
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Excerto da crónica SETE VEZES - Magalhães Pinto - MATOSINHOS HOJE - 30/6/2008
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