Saúde recua no polémico pagamento aos hospitais
Financiamento que iria levar a corte de milhões já não avança este ano e será reformulado.
O Ministério da Saúde recuou e o polémico modelo de financiamento para os hospitais, que implicaria um corte de milhões em várias unidades, já não avança este ano. O gabinete da ministra Ana Jorge argumenta com o calendário apertado para assinar os contratos-programa mas a ameaça de demissões e a recusa dos administradores das unidades públicas não deixavam outra saída.
Tal como o i já noticiou, o novo cálculo para transferir verbas para as unidades hospitalares criou um braço-de-ferro entre gestores e governo, porque várias unidades como o Garcia de Orta (Almada), Santa Maria (Lisboa), Hospitais da Universidade de Coimbra ou São João (Porto) perderiam uma elevada percentagem dos seus orçamentos anuais. Ontem a administração do Amadora-Sintra esteve reunida com o corpo clínico para discutir o novo orçamento que implicaria um corte de 29,230 milhões de euros para este ano, e a reunião acabou com a ameaça de uma demissão em bloco. A opinião foi unânime - "assim o hospital não consegue trabalhar". "A administração e os responsáveis dos serviços estão dispostos a ir até às últimas consequências. A única coisa que podemos fazer é pedir a demissão; é a última alternativa que resta caso não haja bom senso do ministério", admitia ao i o presidente do conselho de administração, Artur Vaz.
Em I - 12/2/2010
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