. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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4.6.11
POEMA DO MÊS
A ROSA
Plantei uma rosa
em terreno lavrado
por mãos que não eram as minhas!...
E, com todo o cuidado,
Deixei pousar aí as andorinhas!...
Plantei uma rosa
num campo deserto
de Vida, nem que fosse um só grão...
E fiquei à espera
que, depressa, chegasse o Verão!...
Plantei uma rosa
com todo o Amor...
Como se fosse o plantio dum filho...
E dei-lhe o calor
duma brasa que ardia, sem brilho!
Plantei uma rosa
com tanta esperança
que a rosa crescesse e abrisse a corola...
Como uma criança
que se prepara para ir à escola!
O sol aqueceu!
A planta cresceu!
Podei-a, de sorte
que ficasse bem forte!
Com todo o carinho,
reguei-a, mansinho!
Vigiei, cuidadoso,
o seu caule formoso!
Em cada madrugada,
tive-a sempre cuidada!
Querendo um nome para ela,
Chamei-lhe Estrela….
E à espera fiquei,
quanto tempo não sei,
que a rosa se abrisse
e para mim sorrisse!...
E abriu-se a flor
com todo o vigor...
E aí,
sucedeu algo estranho!...
A rosa que esperava,
a rosa que amava
a rosa tão cuidada,
a rosa tanto amada,
a rosa tão forte,
a rosa da sorte
a rosa singela,
a rosa tão bela,
a rosa do meu querer,
não era uma rosa...
Era um Amor de Mulher!...
Magalhães Pinto
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1 comentário:
O homem, cuidador na acepção da palavra, é um representante patriarcal. Um condutor de tarefas e emoções. Um credor da sociedade familiar. Também sonha! Também cultiva.
Assim aconteceu como numa expectativa. Os cuidados dirigidos, a atenção projetada.
Num segmento amoroso em contemplação, uma transformação subliminar.
Cida
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