. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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5.6.08
OS HERÓIS E O MEDO - 283º. fascículo
(continuação)
Regressou ao quartel. Ao chegar ia grande alvoroço. O Matos tinha acabado de ser evacuado para Bissau. Meio louco, diziam. Saíra da caserna, quase nu, com o “Livro de São Cipriano” nas mãos, cartucheiras ao pescoço à guisa de paramento, baioneta segura pela ponta, a imitar uma cruz. “Arrependei-vos! Arrependei-vos, pecadores!”, gritava ele. Chegara a tentar esfaquear um sargento, quando este cautelosamente dele se aproximou para o acalmar.
O dia não acabaria sem mais um toque de irrealidade. Junto à cama, de papel na mão, Álvaro recitava mais uma criação poética de sua autoria.
(continua)
Magalhães Pinto
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