Clientes barricados abandonaram o BPP
Ao fim de mais de 12 horas barricados, os 12 manifestantes barricados na sede do Banco Privado Português (BPP) no Porto, abandonaram as instalações. Os clientes terão sido avisados pela polícia que tinham que sair "a bem ou a mal".
Neste momento os clientes encontram-se no exterior a gritar 'queremos o nosso dinheiro'.
Ao CM José Carlos Coelho disse que tinha vergonha de Portugal: " Fomos obrigados a sair. Tenho muita vergonha deste País".
Curiosamente, cerca de meia-hora antes dos manifestantes abandonarem as instalações do BPP as redes de telemóvel foram cortadas naquela zona.
Durante 24 horas, doze clientes do (BPP) resistiram no interior das instalações da sede do banco, no Porto. Os manifestantes garantiram que não iam abandonar o local até que o Governo anuncie uma solução para que recuperem o dinheiro que depositaram no BPP.
Esta manhã, a PSP permitiu que comida fosse levada para os manifestantes que estão barricados e admitem passar a passagem de ano no banco, se necessário.
Durante a madrugada, um cliente que saiu do edifício do banco e se dirigiu ao portão para levar comida que tinha sido trazida por um familiar foi empurrado pelos agentes da PSP para o exterior das instalações do banco e não pode regressar.
De manhã, os ânimos acalmaram e os agentes da policia já permitem a entrega de comida e de medicamentos aos manifestantes. Uma caixa com croissants foi entregue, sob o olhar desconfiado dos clientes do BPP que obrigaram a que a caixa fosse aberta pelos agentes, temendo que algo suspeito pudesse estar junto da comida.
'Só queremos aquilo a que temos direito e não vamos sair daqui sem garantias', disse ao CM José Carlos de Coelho, um dos manifestantes e dos últimos a abandonar as instalações, onde o aquecimento foi desligado.
Alguns clientes que ontem à noite foram impedidos de regressar, mantiveram-se no exterior das instalações. O momento mais quente do protesto, que começou às 11h00 de ontem, foi quando um dos manifestantes foi atingido com gás pimenta lançado por um policia.
Recorde-se que ontem à noite, grupo de clientes do BPP foi impedido pela PSP de regressar ao protesto na sede do banco, no Porto, que tinha abandonado para ir comer. A confusão instalou-se cerca das 19h30, nas traseiras do BPP, quando tentaram forçar a entrada.
'Ladrões' e 'assassinos' foram alguns dos gritos do grupo cuja entrada foi barrada. 'Fazem isto que é para quem ainda está lá dentro dispersar. Mas não somos os ladrões. Eu tenho um milhão e 850 mil euros no banco', disse Júlio Fonseca. Os manifestantes exigem uma solução do Governo para reaver o dinheiro que tinham nas contas e que foi congelado há cerca de um ano.
In CORREIO DA MANHÃ - 29/12/2009
Sem comentários:
Enviar um comentário