Mortes na estrada serão reveladas com seis meses de atraso
Entra amanhã em vigor, em Portugal, o modelo internacional de contagem de mortos na sequência de acidentes de viação, que inclui os que morrem nos hospitais nos 30 dias seguintes. Dados, só seis meses depois
A partir de amanhã começam a ser contabilizadas as vítimas de acidentes de viação que morrem nos hospitais até 30 dias após terem sofrido o sinistro. Mas a divulgação dos dados só será feita seis meses depois de se ter verificado o acidente mortal. Isto mesmo foi dito ontem ao DN pelo presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), Paulo Marques, admitindo que a designada contagem "de mortos a 30 dias" - adoptada internacionalmente -, chegou a Portugal com atraso em relação a outros países.
Mas, para Paulo Marques, o mais "importante, para já, é que a nova metodologia de contabilização nos permita obter dados exactos sobre o número de pessoas que morrem em acidentes rodoviários". Quanto aos seis meses necessários para apurar esses mesmos dados, este responsável diz que, "talvez no futuro seja possível encurtar esse prazo, mas neste momento, a prioridade é a exactidão dos números".
Algo que se prende com o tempo que varia entre o momento do acidente e a conclusão do processo de análise da nova metodologia. "É necessário esperar 30 dias para saber se a pessoa que deu entrada no hospital vítima de um acidente morreu ou não. Segue-se todo o processo inerente à nova metodologia que demora o seu tempo por envolver várias entidades", justifica Paulo Marques.
In DIÁRIO DE NOTÍCIAS - 31/12/2009
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