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19.2.11

OS PORTUGUESES - XIV


"A 3 de Março de 1385, o Defensor do Reino chegou a Coimbra. Aguardavam-no crianças e populares com folhas de palma e aos brados: Arraial! Arraial! por D. João, Mestre de Aviz e Rei de Portugal.

Nas cortes, travou-se uma renhida batalha jurídica e política entre os partidários do infante D. João, preso em Castela e filho do rei D. Pedro e de Inês de Castro, e os partidários do Mestre de Aviz...

Não foi fácil convencer os fidalgos da Beira partidários do Infante D. João. Nuno Álvares Pereira chegou mesmo a puxar do argumento da espada. Na batalha jurídica foi decisiva a acção do chanceler doutor João das Regras.

O trono estava vago. Os filhos do Rei D. Pedro eram ilegítimos e haviam empunhado armas contra Portugal. A raínha Beatriz provinha de um casamento ilegítimo e ainda por cima casara com o cismático rei de Castela, seu tio e primo, e sem dispensa do verdadeiro papa que era Urbano VI.

Estando o trono vago e os reinos de Portugal e do Algarve sob o ataque dos cismáticos castelhanos e seus servidores portugueses... nomeamos, escolhemos tomamos e ouvemos, recebemos D. João, Mestre de Aviz, como rei e Senhor nosso e dos reinos de Portugal e do Algarve."

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