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24.2.11

OS PORTUGUESES - XIX


"A continuidade nas grandes linhas políticas do reino seria uma realidade mesmo depois da subida de D. Duarte ao trono, em 1433, aos 42 anos. Porventura o melhor exemplo dessa continudiade foi a Lei Mental, concebida por D. João I e formalizada no governo do seu sucessor. Também o prosseguimento da empresa de expansão ultramarina demonstra bem como ela correspondia a uma opção sedimentada na política da Coroa, não obstante as graves divergências que foram surgindo e os profundos reveses sofridos em Marrocos. Apesar do reinado ter sido invulgarmente curto (1433/1438), nem por isso deixou de ser inequívoca a manutenção da política do seu pai. Mesmo que possamos ver no rei e no final da sua vida os efeitos dramáticos do dilema de abandonar Ceuta e recuperar com vida o irmão Fernando (preso em Fez pelos muçulmanos no seguimento do pesado desastre que foi a tentativa portuguesa de tomar Tânger em 1437) ou de manter a praça e assim condenar o infante ao cativeiro e à morte.

(Fonte: História de Portugal, coordenada por Rui Ramos)

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