. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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26.2.11
OS PORTUGUESES - XXI
"D. Afonso V deu continuidade e ampliou de modo muito significativo a política de concessão de títulos nobiliárquicos levada a cabo pelos seus antecessores... A prodigalidade afonsina tinha os seus custos. As despesas do erário régio para pagar tenças e demais rendas à nobreza atingia valores astronómicos, destinados a manter uma rede clientelar que não podia deixar de ver em Afonso V um monarca útil e compensador.
O reverso da medalha era o descontentamento de quem pagava à Coroa para que esta pudesse pagar aos grandes do reino. E não faltaram protestos em Cortes por parte dos procuradores dos concelhos, habituados que estavam a tomarem a palavra para se pronunciarem sobre a governação, pelo menos desde D. João I.
As graves dificuldades por que passavam as finanças públicas constituíram um tema recorrente, sobretudo nas Cortes do período final do reinado, entre 1475 e 1478. Nestas últimas, a Coroa pediu um novo empréstimo no valor de 80 milhões de reais, considerado o "maior pedido de toda a Idade Média portuguesa". Era o preço a pagar para garantir o contentamento e a deferência da nobreza face ao rei."
(Fonte: História de Portugal, coordenada por Rui Ramos)
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