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22.2.11

OS PORTUGUESES - XVII



"O interesse do infante D. Henrique pelo Ultramar não se limitou às conquistas marroquinas e à defesa de Ceuta. Logo em 1461 o infante recebeu a incumbência régia de garantir o aprovisionamento e defesa da cidade, pelo que, em 1419, acorreu com reforços para a salvar do cerco que lhe tinha sido montado pelos muçulmanos. D. Henrique reforçou, portanto, a sua ligação a Marrocos e assumiu-se como uma espécie de zelador da coroa no exterior. Terá sido esta responsabilidade, a par dos interesses no corso praticado na armada que possuía, que o levou a voltar-se para o mar e para as navegações. Em 1419, a descoberta da ilha de Porto Santo por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Texeira, dois escudeiros de D. Henrique que regressavam a Portugal depois de terem ido em defesa de Ceuta, abriu uma nova frente de expansão ultramarina, quase casualmente e depois das frustradas tentativas de domínio português sobre as Canárias."

(Fonte: História de Portugal, coordenada por Rui Ramos)

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