. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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22.4.11
OS PORTUGUESES - LXXV
"A grande dificuldade que Fontes Pereira de Melo enfrenta nos primeiros tempos (do seu governo) resulta da incapacidade de o Estado pagar aos credores externos, garantir condições que atraiam capitais e ter contas sólidas. É um problema financeiro do Governo, mas é, sobretudo, o problema político da imagem do Estado e a velha questão das dificuldades de equilibrar a Balança de Pagamentos.
...
Em Dezembro de 1851, Fontes Pereira de Melo obriga à capitalização forçada dos juros da dívida pública, pois não é possível assegurar o seu pagamento. A medida é seguida um ano depois pela conversão forçada da dívida, através de uma operação que a aumenta em valor absoluto (a dívida pública passa de 85.000 para 90.000 contos), mas diminui os encargos imediatos para o Estado (de 3.807 contos para 2.584), o que é a preocupação fundamental."
Segue-se um período de agravamento constante do défice orçamental e da dívida pública, até que:
"O que salva o sistema a longo prazo é o grande surto de emigração desde 1871. A emigração dirige-se fundamentalmente para o Brasil... O crescimento da emigração provoca um aumento substancial de remessas. Faltam valores exactos, mas não há dúvidas de que estas são essenciais para assegurar o funcionamento de todo o sistema."
(Fonte: História de Portugal, dirigida por João Medina).
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