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23.4.11

OS PORTUGUESES - LXXVI


"Se os partidos eram essenciais ao jogo político do tempo, a sua existência, em última análise, justificava-se pelas eleições. Ora, estas eram organizadas e decididas num confronto político em que, progressivamente, sobretudo a partir dos anos 70 (1870), a importância do Estado era decisiva. Este facto levava a que se dissesse que não eram os eleitores que faziam as maiorias parlamentares e os governos, mas os governos que faziam as eleições e, assim, criavam as dóceis maiorias parlamentares, mecanismo perfeitamente demonstrado pelos escritores da geração de 70:

'Quando uma Câmara se fecha, o Governo nomeia outra. Nomeia - porque uma Câmara não é eleita pelo povo, é nomeada pelo Governo. O deputado é um empregado de confiança. Somente a sua nomeação não é feita por um decreto nitidamente impresso no iário do Governo: o processo dessa nomeação é mais complicado e moroso'. (Eça de Queirós)"

(Fonte: História de Portugal, dirigida por João Medina)

1 comentário:

Anónimo disse...

O Dr. António Costa sabe bem do que fala. Foi ele o primeiro a atacar o Min. Teixeira dos Santos na Quadratura do Círcúlo.Sabendo-se que o Dr. Costa nunca atacou o PS, provavelmente naquela altura tinha essa encomenda. De outro modo, sabendo-se que o Teixeira dos Santos foi o lacaio mor do PM, alguma razão terá para agora se manter calado. O que espera?????