O RABO MAIS BONITO DA INTERNET...
(Gentileza de Brito Rocha)
. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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28.2.07
CRÓNICA DA SEMANA
"A administração e os accionistas da Portugal Telecom (PT) têm, obviamente, todo o direito de se defender de uma OPA hostil. E diz-se OPA hostil qualquer tentativa de tentar obter, no mercado, o controlo de uma empresa cotada, sem antes ter articulado a operação com quem manda nela.
Uma OPA hostil pode ter várias defesas. Umas - como as que levam a Autoridade para a Concorrência (AC) e a Comissão para o Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a pronunciarem-se - não dependem da empresa "opada" ou dos seus accionistas. Tais defesas destinam-se a proteger seja os consumidores dos serviços do sector onde se inserem as empresas em luta ou a proteger os pequenos investidores no mercado de capitais. Entendem-se tais cuidados. Por um lado é necessário evitar situações de monopólio num dado sector económico. E, por outro lado, os pequenos investidores não podem estar à mercê de toda e qualquer decisão dos grandes investidores, sabido como é que os interesses de uns e outros não são, muitas vezes, concorrentes. A propósito desta última razão, veja-se, por xemplo, a posição do Banco Espírito Santo (BES), o qual, sendo um accionista de referência da PT, vê passar pelos seus balcões muito da actividade financeira desta última, privilégio que se arrisca a perder, se a OPA da SONAE tiver vencimento, em favor dos bancos que apoiam a empresa de Belmiro na OPA.
...
Ora bem. Há um meio que está tentativamente a ser utilizado pelos grandes accionistas minoritários da PT que parece menos legítimo. É o da blindagem dos estatutos. Em que consiste isto? Em ter, nos estatutos da empresa, uma cláusula impondo um limite aos votos de um só accionista, seja qual seja a percentagem de acções que têm. E isto é importante pela seguinte razão. Imagine-se que tal limite é fixado, na PT, em 15%. Isto quer dizer que, enquanto tal cláusula estatutária não for removida, a SONAE, mesmo que adquira mais de cinquenta por cento do capital, não terá, em Assembleia Geral da PT mais do que 15% dos votos, sendo facilmente bloqueada; continuando um exemplo, chegariam três accionistas com 10% de capital cada um. A OPA não teria, portanto, consequências, mesmo que bem sucedida.
O bloqueio parece ser à tentativa de hegemonização do poder social numa empresa. Mas não é. Quando isto acontece, o bloqueio é ao próprio mercado. Manda quem tenha a minoria de bloqueio, não apenas face aos interesses de um eventual "opante", mas também face aos pequenos accionistas. Um mercado de valores mobiliários com pureza não deveria admitir à cotação empresas com semelhante instrumento de defesa nos seus estatutos. A Assembleia Geral da PT da próxima Sexta-feira tem por principal objecto decidir se se remove tal cláusula dos estatutos da empresa ou não. Algo que se encontra relativamente viciado, uma vez que a minoria de bloqueio também funciona para essa decisão.
É aqui que entra o Conselho de Administração da empresa. O qual, no caso da PT, tem oferecido considerável resistência ao "opante" E é caso para perguntarmos com que legitimidade. É tido por legítima esta defesa desde que o Conselho de Administração entenda que está a defender os interesses de todos os accionistas, grandes e pequenos, e não apenas dos grandes. Pelo menos, da maioria deles, em capital traduzida. E quais são os argumentos que tem utilizado o Conselho de Administração da PT? Principalmente dois, a saber:
- A PT vale mais do que o oferecido pela SONAE; tanto assim é que o Conselho de Administração se propõe adquirir, a curto prazo, dez por cento do capital próprio a um preço cerca de dez por cento superior ao que a SONAE oferece;
- A PT tem grande capacidade de gerar dividendos, tanto assim que já este ano distribui dividendos recorde.
Face a estes argumentos, devo dizer que as minhas interrogações são grandes. Desde logo, porque ainda há um ano a cotação das acções da PT rondava os sete euros por acção. Porque é que teve que existir uma OPA para que os condutores dos destinos da empresa "reparassem" que podiam adquirir as acções aos seus accionistas a quase doze euros por acção? Não foi seguramente porque a PT se valorizou, em termos reais e no curto espaço de um ano, nessa dimensão relativamente gigantesca.
Mas tenho uma segunda. Que raio se passou, num ano em quase crise económica como foi 2006, para que a PT tivesse lucros tão gigantescos que permitiram distribuir dividendos recorde?
Com toda a franqueza, não acredito nisto. Com toda a franqueza, creio que estamos apenas a prometer sem conhecer se se pode cumprir. Isto faz-me lembrar a vida política. Prometer para ganhar eleições. Se as ganharmos, logo se vê. Com toda a franqueza, creio que os defensores da PT estão a usar todos os estratagemas, AGORA, para se defenderem. DEPOIS, quando o temporal passar, vamos a ver, como diz o cego. É um pensamento assim que inculca o comportamento passado.
Fica a terceira interrogação. Esta não já do analista do mercado de capitais e das OPA's, mas do consumidor dos serviços da PT. Onde ela tem sido quase monopolista. Muitas vezes tratando os Clientes do modo altivo como a Companhia das Índias tratava os marinheiros. Não podemos esquecer da resistência por ela oferecida, enquanto detentora dos meios materiais necessários às comunicações, à liberalização do mercado que nos trouxe preços mais baratos. Pela minha parte, estive quase um ano à espera de ser Cliente de outro operador de rede fixa porque a PT não disponibilizava os meios, usando de todos os subterfúgios para isso. Afirmou o Presidente da PT que esta tem boa imagem no mercado de capitais. É caso para acrescentar: mas só nesse; nas telecomunicações nem por isso."
Excerto da crónica O AGORA E O DEPOIS - Magalhães Pinto - Vida Económica - 28/2/2006
PENSAMENTO DO DIA
A mão que agrediu uma professora da escola do Cerco, no Porto, podia pertencer a uma mão mais ou menos tresloucada. Mas a força que a impulsionou era de todos quantos têm desautorizado os professores, com destaque para a actual Ministra da Educação.
FRASE DO DIA
"Não foi ela que mandou abrir a conta... Não foi o PS... Então foi o S. Pedro que foi ao banco... e até lhe ofereceu um automóvel..."
Horácio Costa - co-ordenante da conta do saco azul de Fátima Felgueiras, a propósito das respostas desta no julgamento de que é objecto - 28/2/2006
...
Vai ver, meu Caro, que não foi o S. Pedro. Foi Santa Quitéria, patrona da terra...
27.2.07
ILUSAO
PENSAMENTO DO DIA
O Discovery Channel estreia, esta semana, um documentário no qual investigadores de nomeada pretendem provar ter sido encontrado o túmulo onde repousam as ossadas de Jesus Cristo e da sua família. Provavelmente não conseguirão provar nada, apesar dos testemunhos ditos científicos que ilustram as descobertas. Todavia, se as provas fossem irrefutáveis, as consequências para a Humanidade seriam inimagináveis. E, subitamente, os Árabes ganhariam uma supremacia incalculável relativamente ao Cristianismo.
FRASE DO DIA
"Os portugueses acham que a vida será mais fácil no futuro."
Bárbara Simões e Andreia Sanches - "Público" - 27/2/2007
***
Deve ser só uma vingança contra Bruxelas, pelas dificuldades em que nos mete. Segundo o estudo em que as jornalistas se basearam para produzir a afirmação, 64% dos europeus acham que será mais difícil e 57% dos portugueses acham que será mais fácil.
Bárbara Simões e Andreia Sanches - "Público" - 27/2/2007
***
Deve ser só uma vingança contra Bruxelas, pelas dificuldades em que nos mete. Segundo o estudo em que as jornalistas se basearam para produzir a afirmação, 64% dos europeus acham que será mais difícil e 57% dos portugueses acham que será mais fácil.
RETALHOS LITERARIOS
"Naquela viagem de regresso ao Porto, éramos dois desajeitados, Maria do Céu. Quase não falavas, não obstante sorrisses, um pouco tristemente, de cada vez que eu tentava fazer piada e desfazer as nuvens de borrasca, acumuladas na véspera. Por mais duma vez - não sei se o notaste - fiquei a observar-te de soslaio, enquanto parecias encontrar no relevo, a desfilar lá em baixo, não sei que contos de menina a prenderem-te a atenção. Uma das vezes, vi os teus olhos marejados de água. Não cairam as lágrimas. Ficaram prisioneiras desses teus olhos lindos. Desejei tanto, nesse instante, vê-las rolar nas tuas faces! Talvez lavassem os remorsos que intimamente me assolapavam! Desisti de conversar contigo. As feridas curam-se melhor quanto menos nelas se mexe, pensava eu, mais por desculpa que convencimento. Pousei suavemente a minha mão na tua. Estava gelada. Era como se tivesses voltado a ser a mulher distante e fria pousada na penumbra do Borboleta Negra. Apertei-ta ligeiramente, intentando dizer-te, no gesto simples, que eu estava ali, a segurar-te, a estabelecer um elo entre os polos desertos da indiferença, nos quais já viveras e para os quais me parecia retornares, e os trópicos esfusiantes de vida, para os quais eu queria arrastar-te. Maldisse então este meu feitio, possessivo, ciumento, tantas vezes violento, sei lá, paternal, a transformar-me a doçura numa obscena orgia de agressões morais e físicas, que eu não conseguia dominar."
Excerto de A DÚVIDA - Magalhães Pinto - 1994
(Imagem da Google)
26.2.07
SORRISO DO DIA
PENSAMENTO DO DIA
O Ministério das Finanças estuda a hipótese de não pagar o que deve a entidades com contribuições em atraso. Fazendo aquilo que sempre recusou aos Contribuintes, isto é, que compensassem as suas dívidas ao Fisco com as dívidas do sector público já vencidas. Dentada a dentada, vai desaparecendo, na voracidade estatal, o conjunto de direitos dos cidadãos. Perante a passividade destes. Só darão conta quando, como acontecia nos tempos feudais, o Estado venha a nossa casa buscar o porco e as galinhas sem precisar de justificação para isso.
25.2.07
INTERLUDIO
Uma voz soberba (Domenico Modugno), uma canção apaixonante (Che cosa sono le nuvole), duma película de autor genial (Pier Paolo Pasolini), para nosso encantamento...
MEMORIA
Juro que entendo o Governo. Mas o Governo parece não nos entender. Ou melhor, parece não entender a espiral de desconfiança que está gerada. A qual apenas pode redundar na falência do Estado de direito. Com a trágica consequência de o Estado de direito sermos nós todos. Ou é colocado um ponto final na bagunça fiscal em que o país está transformado ou não auguro nada de bom.
Apertado por um Orçamento deixado à solta tempo de mais, apertado pelas ordens vindas de Bruxelas, apertado pelas suas próprias afirmações e estimativas de défice, o Governo tenta reequilibrar um barco à deriva. Entendo-o. Tenta encontrar tostões em tudo quanto é sítio. E como os velhos caçadores de tesouros, abre buraco atrás de buraco. Pode afirmar-se, com relativo à vontade, que a este Governo não pertence a culpa da situação existente. Nem sequer teve tempo para isso. Mas algo se pede. É que as medidas tomadas não estraguem ainda mais. Como o que acaba de ser feito com os pagamentos por conta do IRC.
De algum modo, eu previ o que ia acontecer quando, no tempo de Sousa Franco como Ministro. Afirmei, nessa altura, que o relativamente baixo montante do pagamento por conta e a promessa de devolução, se não devido, era um logro. Os futuros orçamentos se encarregariam de realizar o logro. Assim tem sido. E assim é. E assim vai continuar a ser. Na teoria. Porque, na prática, cada comportamento desta natureza, por parte do Estado, apenas agrava a situação. Nada como a injustiça fiscal para gerar evasores. Quando nenhum outro recurso fica para o Contribuinte para evitar a injustiça, ele foge. Assim vai ser mais uma vez em 2003. Não é difícil adivinhar que assim será. Em muitos casos, mesmo, não terão os Contribuintes outro remédio, Apenas porque os pagamentos por conta ultrapassam, nesses casos, a possibilidade pagadora dos Contribuintes visados.
O Governo, ao contrário dos Contribuintes, deve viver num país das maravilhas. Presumir que não há crises, que o desemprego crescente não arrasta a margem de manobra económica e financeira do pequeno empresário, que a margem de lucro é esmagada em tempos difíceis, que todos os negócios são iguais, que mesmo as taxas médias de lucro, em tempos normais, permitem pagamentos por conta – não devolutíveis – ao nível a que foram fixados, é viver num etéreo, irreal país das maravilhas. Ao fixar os pagamentos por conta por referência às vendas e ao nível a que os fixou, o Governo está a presumir que os negócios dão todos, pelo menos, uma margem de lucro líquida – note-se bem, LÍQUIDA, antes de impostos sobre o rendimento – de 10%. Faço um desafio ao Governo: que mande alguém comigo fazer as contas de tantas pequenas e médias empresas, de tanto pequeno comerciante. O qual, pura e simplesmente, não vai poder efectuar, por falta de recursos, os pagamentos por conta do IRC. E ninguém pode pedir a ninguém que faça mais do que aquilo que pode. Vão chover, portanto, os não pagadores do estabelecido pela Lei. E, desta vez, nem sequer vão ficar à espera dum qualquer perdão de juros para pagamentos atrasados. Porque não podendo pagar agora, nunca mais vão poder pagar.
Excertos da crónica O PAÍS DAS MARAVILHAS - Magalhães Pinto - Vida Económica - 24/11/2002
Apertado por um Orçamento deixado à solta tempo de mais, apertado pelas ordens vindas de Bruxelas, apertado pelas suas próprias afirmações e estimativas de défice, o Governo tenta reequilibrar um barco à deriva. Entendo-o. Tenta encontrar tostões em tudo quanto é sítio. E como os velhos caçadores de tesouros, abre buraco atrás de buraco. Pode afirmar-se, com relativo à vontade, que a este Governo não pertence a culpa da situação existente. Nem sequer teve tempo para isso. Mas algo se pede. É que as medidas tomadas não estraguem ainda mais. Como o que acaba de ser feito com os pagamentos por conta do IRC.
De algum modo, eu previ o que ia acontecer quando, no tempo de Sousa Franco como Ministro. Afirmei, nessa altura, que o relativamente baixo montante do pagamento por conta e a promessa de devolução, se não devido, era um logro. Os futuros orçamentos se encarregariam de realizar o logro. Assim tem sido. E assim é. E assim vai continuar a ser. Na teoria. Porque, na prática, cada comportamento desta natureza, por parte do Estado, apenas agrava a situação. Nada como a injustiça fiscal para gerar evasores. Quando nenhum outro recurso fica para o Contribuinte para evitar a injustiça, ele foge. Assim vai ser mais uma vez em 2003. Não é difícil adivinhar que assim será. Em muitos casos, mesmo, não terão os Contribuintes outro remédio, Apenas porque os pagamentos por conta ultrapassam, nesses casos, a possibilidade pagadora dos Contribuintes visados.
O Governo, ao contrário dos Contribuintes, deve viver num país das maravilhas. Presumir que não há crises, que o desemprego crescente não arrasta a margem de manobra económica e financeira do pequeno empresário, que a margem de lucro é esmagada em tempos difíceis, que todos os negócios são iguais, que mesmo as taxas médias de lucro, em tempos normais, permitem pagamentos por conta – não devolutíveis – ao nível a que foram fixados, é viver num etéreo, irreal país das maravilhas. Ao fixar os pagamentos por conta por referência às vendas e ao nível a que os fixou, o Governo está a presumir que os negócios dão todos, pelo menos, uma margem de lucro líquida – note-se bem, LÍQUIDA, antes de impostos sobre o rendimento – de 10%. Faço um desafio ao Governo: que mande alguém comigo fazer as contas de tantas pequenas e médias empresas, de tanto pequeno comerciante. O qual, pura e simplesmente, não vai poder efectuar, por falta de recursos, os pagamentos por conta do IRC. E ninguém pode pedir a ninguém que faça mais do que aquilo que pode. Vão chover, portanto, os não pagadores do estabelecido pela Lei. E, desta vez, nem sequer vão ficar à espera dum qualquer perdão de juros para pagamentos atrasados. Porque não podendo pagar agora, nunca mais vão poder pagar.
Excertos da crónica O PAÍS DAS MARAVILHAS - Magalhães Pinto - Vida Económica - 24/11/2002
FRASE DO DIA
"Paulo Macedo (o actual Director Geral dos Impostos) vai aumentar o seu salário caso decida voltar ao sector privado (pode chegar aos 400.000 euros por ano)."
Mariana Adam - Semanário "SOL" - 24/2/2007
***
Acho pouco. Imaginem o valor que tem, para quem quer pagar menos impostos, a disponibilidade do saber de quem criou as regras que conduziram ao seu aumento!...
PENSAMENTO DO DIA
A Ministra da Educação desapareceu. Com a chamada a si do encerramento das urgências hospitalares, o Primeiro Ministro faz desaparecer o Ministro da Saúde. O Ministro das Finanças desaparecerá quando o inelutável crescimento do desemprego mostrar os erros da política económica e a correspondente recessão. Dos restantes Ministros não se ouve falar. O governo de um só homem demorou precisamente trinta e quatro anos a ressurgir.
SORRISO DO DIA
AS MELHORES PARTICIPAÇÕES DE ACIDENTE EM 1998
1. O falecido apareceu a correr e desapareceu debaixo do meu carro.
2. Para evitar bater de frente no contentor do lixo, atropelei um peão.>
3. O acidente aconteceu quando a porta direita de um carro apareceu
de esquina sem fazer sinal.
4. A culpa do acidente não foi de ninguém, mas não teria acontecido
se o outro condutor viesse com atenção.
5. Aprendi a conduzir sem direcção assistida. Quando girei o volante
no meu carro novo, dei comigo na direcção oposta e fora de mão!
6. O peão bateu-me e foi para baixo do carro.
7. O peão não sabia para onde ia, então eu atropelei-o!
8. Vi um velho enrolado, de cara triste, quando ele caiu do tejadilho
do meu carro.
9. Eu tinha a certeza que o velho não conseguia chegar ao outro lado
da estrada, por isso atropelei-o.
10. Fui cuspido para fora do carro, quando ele saiu da estrada. Mais
tarde fui encontrado numa vala por umas vacas perdidas.
11. Pensei que o meu vidro estava aberto, mas descobri que estava
fechado quando pus a cabeça de fora.
12. Bati contra um carro parado que vinha em direcção contrária.
13. Saí do estacionamento, olhei para a cara da minha sogra e caí
pela ribanceira abaixo.
14. O tipo andava aos ziguezagues de um lado para o outro da
estrada. Tive que me desviar uma porção de vezes antes de o atropelar.
15. Já conduzia há 40 anos, quando adormeci ao volante e sofri o acidente.
16. Um carro invisível veio de não sei onde, bateu no meu carro e desapareceu.
17. O meu carro estava estacionado correctamente, quando foi bater
de traseira no outro carro.
18. De regresso a casa, entrei com o meu carro na casa errada e bati numa árvore que não é minha.
19. A camioneta bateu de traseira no meu pára-brisas, em cheio na
cabeça da minha mulher.
20. Disse à policia que não me tinha magoado, mas quando tirei o
chapéu percebi que tinha fracturado o crânio.
Gentileza de Jose Rocha.
(Autor desconhecido)
24.2.07
PENSAMENTO DO DIA
A montanha da reforma judicial necessária pariu um rato, para já. A modificação mdas férias judiciais diminuiu, em lugar de aumentar, a produtividade do sistema judiciário. Resultado da confusão feita entre férias judiciais e férias dos juízes. O que não é a mesma coisa. É caso para dizer que quanto pior melhor.
FRASE DO DIA
23.2.07
BREAK EVEN POINT
Também chamado "ponto crítico de vendas". Ou, numa nomenclatura cuja xoerência eu descortino, "ponto morto de vendas". Em termos muito simples, pode dizer-se que o "break even pointo" é o volume de vendas que, dadas as condições de custo normais para uma empresa", a respectiva exploração não dá lucro nem prejuízo. A sua análise é de uma utilidade extrema, sobretudo para determinar, face a uma intenção de investimento, qual o risco associado às previsões que possam fazer-se. Ou, face às condições históricas de exploração de uma dada empresa, avaliar das potencialidades de lucros futuros ou risco de perdas futuras inerentes a essa empresa.
Pois bem. Na revista "DIA D", suplemento do jornal "PÚBLICO" às sextas feiras, existe uma secção chamada "DESCOMPLICADOR", na qual, cada semana, alguém tenta traduzir em linguagem corrente palavras, expressões, conceitos técnicos, geralmente não acessíveis à maior parte dos leitores. É uma secção interessante e muito útil.
Mas, no nº. 75 e na dita secção, do dia 23/2/2007, uma senhora de nome Catarina Madeira, que não conheço mas que presumo licenciada na área da gestão de empresas, produz algumas considerações sobre o dito "break even point". Mas fá-lo de modo tão confuso e tão eivado de erros crassos, que melhor fora não dizer nada. Do modo como o fez, complicou muito mais do que se não tivesse tentado descomplicar. Anota os passos mais significativos objecto das minhas reervas:
Diz ela, sobre o break even point:
- "É o ponto crítico em que as receitas da empresa são iguais aos seus custos fixos e variáveis"
Erro. A senhora faz uma confusão inadmissível entre "receitas" e "proveitos"; onde está o primeiro termo devia estar o segundo,
- "É o ponto que delimita o vível mais baixo de lucro, no momento de atribuir preços ou estabelecer margens"
Erro. Por desprezar as quanrtidades físicas. Sento o "break even point o ponto onde os proveitos totais igualam os custos totis, todos de exploração, e sendo os proveitos totais iguais às quantidades vendidas vezes o respectivo preço, logo se vê da importância das quantidades vendidas.
- "Determina-se o "break even point" calculando o ponto em que o valor das receitas da empresa (lucro de vendas) é igual aos seus custo totais"
Confrangedor. Nem é o valor das receitas das vendas nem estas são o lucro da empresa. Confusão que aumenta quando diz que "acima do break even point a empresa terá lucros...".
Fico-me por aqui. Há mais imprecisões e lacunas de explicação que complicam muito a comprensão. Mas estes erros já chegam para mostrar que, com este número do DESCOMPLICADOR se prestou um mau serviço.
Pois bem. Na revista "DIA D", suplemento do jornal "PÚBLICO" às sextas feiras, existe uma secção chamada "DESCOMPLICADOR", na qual, cada semana, alguém tenta traduzir em linguagem corrente palavras, expressões, conceitos técnicos, geralmente não acessíveis à maior parte dos leitores. É uma secção interessante e muito útil.
Mas, no nº. 75 e na dita secção, do dia 23/2/2007, uma senhora de nome Catarina Madeira, que não conheço mas que presumo licenciada na área da gestão de empresas, produz algumas considerações sobre o dito "break even point". Mas fá-lo de modo tão confuso e tão eivado de erros crassos, que melhor fora não dizer nada. Do modo como o fez, complicou muito mais do que se não tivesse tentado descomplicar. Anota os passos mais significativos objecto das minhas reervas:
Diz ela, sobre o break even point:
- "É o ponto crítico em que as receitas da empresa são iguais aos seus custos fixos e variáveis"
Erro. A senhora faz uma confusão inadmissível entre "receitas" e "proveitos"; onde está o primeiro termo devia estar o segundo,
- "É o ponto que delimita o vível mais baixo de lucro, no momento de atribuir preços ou estabelecer margens"
Erro. Por desprezar as quanrtidades físicas. Sento o "break even point o ponto onde os proveitos totais igualam os custos totis, todos de exploração, e sendo os proveitos totais iguais às quantidades vendidas vezes o respectivo preço, logo se vê da importância das quantidades vendidas.
- "Determina-se o "break even point" calculando o ponto em que o valor das receitas da empresa (lucro de vendas) é igual aos seus custo totais"
Confrangedor. Nem é o valor das receitas das vendas nem estas são o lucro da empresa. Confusão que aumenta quando diz que "acima do break even point a empresa terá lucros...".
Fico-me por aqui. Há mais imprecisões e lacunas de explicação que complicam muito a comprensão. Mas estes erros já chegam para mostrar que, com este número do DESCOMPLICADOR se prestou um mau serviço.
PENSAMENTO DO DIA
Há sinais de enorme arrogância por parte de alguns membros do Governo. Com destaque para o Senhor Ministro da Saúde. Oxalá nunca se esqueçam de que, desde a revolução já houve centenas de Ministros e milhares de Secretários de Estado. A maior parte deles, não se sabe, agora, por onde andam. E outra coisa. Quando milhares de pessoas se juntam, na rua, para protestar contra uma decisão ministerial, dificilmente se pode dizer que estamos perante manipulação de opinião. É mesmo indignação legítima,
FRASE DO DIA
22.2.07
SORRISO DO DIA
AMILLIA
"Vale a pena tentar salvar bebés como Amillia?... Inflige-se sofrimento inútil a bébés que não sobrevivem à falta do útero materno...", diz Clara Barata no "Público" de hoje. E acrescenta que a pergunta é cruel. O que é uma prova de modéstia da autora (que não conheço). A pergunta não é apenas cruel. É de uma desumanidade confrangedora. A autora não reparou que a mesma uqestão se poderia aplicar a todos os idosos concerosos, sujeitos a tratamentos verdadeiramente aterradores, tudo feito na tentativa de salvar uma vida mais.
Oxalá nunca a terrível doença atinja quem mostra uma insensibilidade tão grande face à vida humana, tenha ela a idade que tenha. Não há outra atitude possível face à Vida senão tentar evitar a Morte. Mas talvez se compreenda a atitude. Se fosse possível saber, haveríamos de ver que a dita e inumana autora votou Sim no referendo sobre o aborto e viu - desta vez bem - que o caso da Amillia é um libelo contra esse voto.
Magalhães Pinto - 22/2/2007
Oxalá nunca a terrível doença atinja quem mostra uma insensibilidade tão grande face à vida humana, tenha ela a idade que tenha. Não há outra atitude possível face à Vida senão tentar evitar a Morte. Mas talvez se compreenda a atitude. Se fosse possível saber, haveríamos de ver que a dita e inumana autora votou Sim no referendo sobre o aborto e viu - desta vez bem - que o caso da Amillia é um libelo contra esse voto.
Magalhães Pinto - 22/2/2007
PENSAMENTO DO DIA
A época dos fogos, desta vez, veio no Inverno. Há inúmeros focos por todo o país, devido ao encerramento de urgências na Saúde. O povo não consegue entender que, nestes tempos de liberalismo e tecnocracia, uma só urgência conta, a de reequilibrar o Orçamento.
FRASE DO DIA
"Só há uma maneira de enfrentar a política de intimidação:não se deixar intimidar."
Rui Tavares - "Público" - 22/2/2007
***
Ora aí está uma boa inspiração para os sindicatos da função pública a quem o Governo ameaçou com maior penalização das reformas antecipadas dos servidores públicos, face à resistência que estes mostram na aproximação da segurança social do sector público à do sector privado.
Rui Tavares - "Público" - 22/2/2007
***
Ora aí está uma boa inspiração para os sindicatos da função pública a quem o Governo ameaçou com maior penalização das reformas antecipadas dos servidores públicos, face à resistência que estes mostram na aproximação da segurança social do sector público à do sector privado.
TESTE
21.2.07
CRONICA DA SEMANA
Há dias, assisti a um impressionante documentário da National Geographic sobre a degradação acelerada que se está a verificar, sobretudo da atmosfera, por força dos gases que produzimos. Percebi nesse documentário várias coisas. Mas a ideia central que retive, no fim, foi a da globalidade do problema. Quando se descobre que a incidência da asma nas crianças das Caraíbas - Trinidad, por exemplo - passou de praticamente nula a uma frequência anormalmente grande e, depois de averiguado, se imputa tal ao aquecimento global e ao facto de ele provocar a migração de poeiras do Sahara para aquela região, situada a milhares de quilómetros de distância, sentimo-nos obviamente incomodados. Por uma dupla via. Por um lado, porque o que estão a fazer do outro lado do mundo não é indiferente para mim. Depois, porque aquilo que faço não é inócuo para quem se me situa nos antípodas.
***
- O século XX foi de progresso prodigioso, demográfico, social e económico; a população cresceu desmesuradamente mas, graças ao desenvolvimento tecnológico e às inúmeras descobertas que ele proporcionou, foi possível conhecer um aumento do bem-estar global médio, ainda que com grandes manchas de pobreza por erradicar;
- Mas esse progresso fez disparar a degradação do meio ambiente; por recurso massivo ao consumo de energia, em grande parte poluidora; por destruição de manchas verdes, poluição dos rios e mares e, sobretudo, da atmosfera;
- Se reflectirmos um pouco, vemos que o século XX bem podia ser chamado o século do automóvel; até ao aparecimento e massificação dos computadores, foi o automóvel o responsável pela criação de postos de trabalho numerosíssimos - contando os empregos directos e os indirectos por ele engendrados - e, assim, aumentando o bem-estar das populações;
- O conforto, exigido nos países desenvolvidos pelo crescimento do bem-estar, obrigou à produção de quantidades imensas de energia, com a correspondente poluição;
- Uma poluição que, hoje, afecta, de um modo global, toda a população do planeta.
***
A degradação do meio ambiente foi engendrada pelo desenvolvimento económico. E afecta todos, em todo o Mundo, cada vez mais. Mas os afectados não são todos iguais. Por um lado temos os que beneficiaram do desenvolvimento económico. Foram os que mais poluiram, são os que mais poluem, mas, pelo menos, sofrendo as consequências, daí retiram o benefício do bem-estar restante. Do outro lado, temos os que continuam na pobreza, os que não têm sequer um poço onde se abastecer de água potável, os que não têm estradas, nem automóveis, nem fábricas onde trabalhar e que sofrerão, tal como os outros, os privilegiados do desenvolvimento, dos maus tratos infligidos à natureza.
***
Excertos da crónica "INJUSTIÇA GLOBAL" - Magalhães Pinto - "Vida Económica" - 22/2/2007
***
- O século XX foi de progresso prodigioso, demográfico, social e económico; a população cresceu desmesuradamente mas, graças ao desenvolvimento tecnológico e às inúmeras descobertas que ele proporcionou, foi possível conhecer um aumento do bem-estar global médio, ainda que com grandes manchas de pobreza por erradicar;
- Mas esse progresso fez disparar a degradação do meio ambiente; por recurso massivo ao consumo de energia, em grande parte poluidora; por destruição de manchas verdes, poluição dos rios e mares e, sobretudo, da atmosfera;
- Se reflectirmos um pouco, vemos que o século XX bem podia ser chamado o século do automóvel; até ao aparecimento e massificação dos computadores, foi o automóvel o responsável pela criação de postos de trabalho numerosíssimos - contando os empregos directos e os indirectos por ele engendrados - e, assim, aumentando o bem-estar das populações;
- O conforto, exigido nos países desenvolvidos pelo crescimento do bem-estar, obrigou à produção de quantidades imensas de energia, com a correspondente poluição;
- Uma poluição que, hoje, afecta, de um modo global, toda a população do planeta.
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A degradação do meio ambiente foi engendrada pelo desenvolvimento económico. E afecta todos, em todo o Mundo, cada vez mais. Mas os afectados não são todos iguais. Por um lado temos os que beneficiaram do desenvolvimento económico. Foram os que mais poluiram, são os que mais poluem, mas, pelo menos, sofrendo as consequências, daí retiram o benefício do bem-estar restante. Do outro lado, temos os que continuam na pobreza, os que não têm sequer um poço onde se abastecer de água potável, os que não têm estradas, nem automóveis, nem fábricas onde trabalhar e que sofrerão, tal como os outros, os privilegiados do desenvolvimento, dos maus tratos infligidos à natureza.
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Excertos da crónica "INJUSTIÇA GLOBAL" - Magalhães Pinto - "Vida Económica" - 22/2/2007
PENSAMENTO DO DIA
FRASE DO DIA
20.2.07
OS DINHEIROS PUBLICOS E OS AÇORES
Se Vitorino Nemésio voltasse, haveria de mudar o título da sua obra. Porque há bom tempo no canal. Como veremos. Para começar, Carlos César viu engordado o seu orçamento, à custa das transferências do Orçamento Geral do Estado. O que se justificará pelo relativo atraso económico e social daquela Região Aitónoma. Veremos agora se ele tem unhas semelhantes às do seu vizinho do lado, madeirense, para tocar convenientemente a guitarra do desenvolvimento, como aquele fez. Mas é sobretudo no socorro social que o celebrado anti-ciclone se faz sentir. Bom tempo todo o tempo. Não sei se para todos. Mas, pelo menos, para quem estiver bem relacionado com quem dirige. Tal como averiguou uma Comissão Eventual de Inquérito à Segurança Social naquele arquipélago. Que analisou, ou melhor, tentou analisar as actividades do Fundo de Socorro Social local. Depois saberemos do resultado da análise. Vejamos, por agora e sinteticamente, os casos, que são muitos.
Caso 1:
Subsídio a F1. para adquirir, em processo de divórcio, por 27.000 euros, a parte do marido na casa onde viviam: 22.000 euros. Os 5.000 restantes foram emprestados por um amigo.
Caso 2.
Parecer técnico sobre um pedido de auxílio: "Concessão de 1 subsidio eventual no valor de € 6.600 para liquidação dos dois créditos pessoais, ficando assim a requerente com menos encargos mensais…"
Caso 3.
Parecer do Instituto de Acção Social (IAS) sobre um pedido: "…pedido que não se inscreve no âmbito das atribuições e competências do IAS". Resultado final: apoios de 8.390 euros da Secretaria Regional da Habitação e Equipamento (SRHE) e de 43.200 euros do Fundo de Socorro Social (FSS).
Caso 4.
É recusado a F3 um apoio porque ele é proprietário de dois prédios rústicos. Todavia, o FSS apoia com 34.500 euros.
Caso 5.
A SRHE concede a F5 dois subsídios, em Dezembro de 1999 e Março de 2001. Posteriormente, indefere outros, com o argumento de que não havia razões para isso. No entanto, o FSS concede mais dois: um de 23.000 euros em Julho de 2004 e outro de 12.500 euros em Novembro de 2004.
Caso 6.
A SRHE indefere o pedido de 20.000 euros de F6 para obras na sua casa, porque o marido é proprietário de 14 prédios rústicos. O parecer técnico diz que "o rendimento per capita do agregado é bom, que têm património significativo e que devem assumir pelo menos parte dos custos". O FSS concede apoio de 20.000 euros. Suspeições de que o processo havia sido desencadeado pelo próprio Presidente do Governo Regional.
Caso 7.
Processo de divórcio de F7. O FSS concede um apoio de 20.000 euros para um dos cônjuges ficar com a parte do outro na casa onde viviam.
Caso 8.
A SRHE adquire uma casa, a qual, segundo o relatório técnico, estava em bom estado e apenas necessitava de uma instalação sanitária. A casa é, porém, demolida depois da compra. O FSS apoiou com 24.000 euros.
Caso 9.
F8 contrai dois empréstimos; um, de 55.000 euros, para aquisição de habitação; outro, de 27.800 euros para obras. Posteriormente, o FSS atribui um apoio de 30.000 euros, para pagamento do empréstimo para obras.
Caso 10.
F9, licenciada, aufere um vencimento de 1.100 euros mensais do seu trabalho. O FSS concede-lhe um apoio de 10.000 euros para pagar um empréstimo por ela contraído, no valor de 5..000 euros, e outro contraído pelo irmão, no mesmo montante.
Caso 11.
Uma queijaria que nunca conseguiu obter licenciamento para funcionar, recebe do FSS um apoio de 86.000 euros para pagar os financiamentos da CGD e do BCA.
Caso 12.
F10, cabeça de lista do PS nas eleições para uma junta de freguesia e responsável por uma IPSS, recebe do FSS 15.500 euros para pagamento a fornecedores, 10.000 euros para pagamento de dívidas e 4.000 euros para pagamento de salários em atraso.
Caso 13.
O parecer técnico do pedido de F11 rezava: "Face ao exposto, parece-nos que a família possui bens imobiliários que lhe permitem ultrapassar a sua situação económica do momento. A salientar que as Instituições bancárias intervenientes concederam os respectivos empréstimos com base nos bens do casal, sob hipoteca dos mesmos, pelo que não consideramos situação de precaridade económica.". Sobre esse parecer o FSS concede um subsídio de 25.000 euros para liquidação de uma dívida.
*****
Bom. Pode bem acontecer que alguns destes casos justifiquem os apoios recebidos. Mas o seu aspecto é tão duvidoso que seria conveniente averiguar tudo o que se passou relativamente a todos eles. Estamos no domínio de aplicação de fundos públicos por critérios discricionários e convém aqui, mais do que em qualquer outra situação não discricionária, que a mulher de César pareça tanto ou mais séria do que realmente é.
Excerto da crónica "BOM TEMPO NO CANAL" - Magalhães Pinto - Dezembro de 2006
ALBERTO JOAO JARDIM
1.- Como ser cívico, desbocado e, por vezes, abominável.
2.- Odiado pela comunicação social continental pelas muitas vezes em que a insultou.
3.- Por isso, objecto de ataques cerrados por parte desta.
4.- Governante admirável, que conduziu a "sua" Madeira de região subdesenvolvida e terceiro-mundista ao melhor índice de produto bruto per capita do país, a par de Lisboa.
5.- O que é índice de excelente aplicação dos dinheiros que teve à sua disposição.
6.- O que faz dele governante de eleição. Quem dera que pudéssemos dizer isto de muitos mais.
7.- Os seus adversários - incluindo a comunicação social continental - têm procurado encontrar sinais de corrupção no seu Governo; até hoje, tudo quanto encontraram foi uns subsídios avultados para um dos jornais da Madeira. Compare-se, por exemplo, com o que digo no post seguinte a propósito dos Açores.
8.- Pode afirmar-se que o corte dos fundos para a Madeira é legal (o que ainda está para ver), mas não parece haver dúvida de que não é legítimo. Basta ver que o Governo da Rpública, que assumiu o corte, não corta fundos à Região de Lisboa, para os injectar no Norte ou no resto da província, apesar da Região de Lisboa seja a de melhor índica de riqueza do país (de longe!).
9.- O corte à Madeira e o aumento para os Açores têm, óbviamente, corers partidárias.
10.- Acossado politicamente por aqueles que não se conformam com o facto de Jardim ser amado na Madeira (basta ir lá e falar com as pessoas), estrangulado financeiramente, parecendo um homem só a lutar contra todos, Alberto João Jardim, o execrável desbocado mas excelente governante, fez o que devia fazer: vai buscar nas urnas a legitimidade democrática para o seu comportamento.
11.- Os arautos da legitimidade democrática não podem, não devem, insurgir-se contra a sua atitude. Alberto João Jardim está a exercer um direito e, mais do que isso, a cumprir um dever.
PENSAMENTO DO DIA
Os portugueses não estão a pagar as taxas moderadoras de hospitalização. Sabedoria popular. E castigo por não terem, como deviam, chamado a isso um novo imposto. É que não é possível moderar aquilo que só se faz obrigado, internamento no hospital. A prova do que digo está no próprio facto anunciado. Os hospitais públicos são obrigados a internar os doentes sem pagamento prévio.
FRASE DO DIA
"BCP envia (à Autoridade da Concorrência) última versão dos remédios (para a a OPA sobre o BPI)."
Título de "Público" - 20/2/2007
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Consequências da liberalização da venda de medicamentos...
Título de "Público" - 20/2/2007
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Consequências da liberalização da venda de medicamentos...
19.2.07
ILUSAO
PENSAMENTO DO DIA
Um português podia ter sido candidato a presidente da AIE - Agência Internacional da Energia. O Ministério da Economia disse estar interessado. Depois, não fez nada para isso. E, no fim, o Ministro da Economia confessou-se aliviado por o processo ter terminado e haver sido eleito um japonês. É a mentalidade típica dos clubes menores de futebol: jogar para empatar.
FRASE DO DIA
18.2.07
INTERLUDIO
Tributo a uma bela canção, plena de ritmo e sensualidade, e a um grande conçonetista.
(Faça o download completo antes de ouvir ou ouça segunda vez)
(Faça o download completo antes de ouvir ou ouça segunda vez)
RETALHOS LITERARIOS
"Não sei bem como foi, Maria do Céu. Habitualmente, a roupa vestida comporta-se como o maior adversário do romantismo de um acto de amor, espécie de sublinhado duma desobediência ancestral, intervalo entre um suave prelúdio e um grande final, durante o qual dois amantes se vêem forçados a descer dos etéreos espaços dos sentimentos e dos sentidos exacerbados, às comezinhas e reais complicações dos colchetes e fivelas, dos ligueiros e fechos de correr, olhos cravados no chão, envergonhados da culpa própria no paraíso perdido. Mas estava tão concentrado no objectivo supremo de te conduzir à vida, Maria do Céu, que nem me lembro como nos desenvencilhei das roupas, nem me recordo que tenhas dado por isso."
Excerto de "A DÚVIDA" - Magalhães Pinto - 1994
Excerto de "A DÚVIDA" - Magalhães Pinto - 1994
PENSAMENTO DO DIA
FRASE DO DIA
"Há mais 68,9 desempregados do que na anterior legislatura."
Mariana Adam - "Sol" - 18/2/2007
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Vale a pena comentar com mais duas frases publicadas no mesmo artigo:
"A tutela da criação de postos de trabalho é do Ministro da Economia" - Vieira da Silva, Ministro do Trabalho.
"É ao Ministro Vieira da Silva que cabe fazer o balanço do desemprego." - Manuel Pinho, Ministro da Economia.
e culminar com esta:
"Criaremos 150.000 empregos." - Primeiro-Ministro na campanha eleitoral que o elegeu.
Eis a trindade desconcertada:
Mariana Adam - "Sol" - 18/2/2007
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Vale a pena comentar com mais duas frases publicadas no mesmo artigo:
"A tutela da criação de postos de trabalho é do Ministro da Economia" - Vieira da Silva, Ministro do Trabalho.
"É ao Ministro Vieira da Silva que cabe fazer o balanço do desemprego." - Manuel Pinho, Ministro da Economia.
e culminar com esta:
"Criaremos 150.000 empregos." - Primeiro-Ministro na campanha eleitoral que o elegeu.
Eis a trindade desconcertada:
17.2.07
SORRISO DO DIA
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