. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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8.2.07
OS LUCROS DA BANCA
Enquanto o Produto Nacional cresce, num ano, uns mirrados 1 a 2%, os lucros da Banca cresceram, em 2006, mais de 30%.
A esse propósito, um ilustre pensador, que verte o produto da sua inteligência no "Jornal de Negócios", de seu nome Camilo Lourenço, escreveu:
"Não deve haver outro país da Europa onde a criação de valor é tão vilipendiada (herança do PREC?). É claro que qualquer relação entre esta atitude e o facto de sermos pobres é mera coincidência.".
Com o devido respeito por tão seguramente autorizada opinião, humildemente me atrevo a sugerir que os lucros da Banca podem não corresponder a CRIAÇÃO DE VALOR, mas sim a TRANSFERÊNCIA DE VALOR. O dinheiro, em si mesmo, não cria valor. O que cria valor são algumas das suas aplicações. Mas nunca é o seu EMPRÉSTIMO uma dessas aplicações. A utilização que o beneficiário do crédito faz do empréstimo é que cria valor. Uma parte do qual é TRANSFERIDO para o banco emprestador, sob a forma de juros.
Um ou dois exemplos muito simples ilustram-nos de que modo a transferência de valor para os bancos pode ser ilegítima:
1.- Em qualquer outro lado, com qualquer outra empresa, o Imposto do Selo é pago por quem recebe uma importância qualquer em pagamento dos seus serviços ou produtos. Não é assim com a Banca. Esta transfere para o pagador este ónus;
2.- Qualquer outra empresa, em qualquer outro lugar, suporta do seu bolso as despesas de comunicação com os seus clientes. Não é assim com a Banca, que trasnfere esses custos para os seus clientes.
Poderiam arregimentar-se mais dezenas de exemplos. E, ao arrepio do comentário daquele ilustre pensador citado, pode muito bem acontecer que o facto de sermos pobres TAMBÉM se deva ao facto de haver uma absurda e muitas vezes injustificada transferência, para a Banca, do valor criado por todos. E juro que esta minha conclusão Nada tem a ver com o PREC. Como é público.
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