(continuação)
Ainda não era hora de dormir. Mas a maior parte dos homens já estava recolhida nas casernas. Não que os homens fossem, habitualmente, assim cedo para a cama. Ou fosse ali imposta a dura disciplina da Metrópole. Para defender o moral das tropas, mantendo-o tão elevado quanto possível, havia que deixar-lhes alguma sensação de liberdade nas horas mortas. Além disso, qualquer um deles poderia estar morto no dia seguinte e seria extrema crueldade privá-los da liberdade ante tal expectativa. A qual, apesar de remota nas presentes circunstâncias, não era por isso menos possível. Muitos dos soldados estariam a escrever para a família. Era terça-feira. No dia seguiinte havia avião para a Metrópole. Era tempo de pôr as saudades em dia.
(continua)
Magalhães Pinto
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