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31.10.09

FRASE DO DIA

"Porque é que, em relação ao caso dos submarinos, não foram divulgados nomes?"

Manuel Alegre (comentando, agastado, as notícias sobre o eventual envolvimento de dois destacados socialistas - Armando Vara e José Penedos - em traficâncias de influência) - PÚBLICO - 31/10/2009

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Ó meu Caro Doutor Alegre! Nem parece seu! Então não se está mesmo a ver que os submarinos andam sempre escondidos debaixo de água e a sucata está por aí espalhada, em todo o Portugal, à vista de todos? Vê-se logo que o Doutor é poeta!...

PILOBOLUS - XIV

EFEMÉRIDE DO DIA

Neste dia, por curiosa cincidência, nasceram três reis de Portugal: D. Fernando (1345), D. Duarte (1391) e D. Luiz(1838).





FOTO DO DIA

SORRISO DO DIA

Um doce para quem descobrir qual foi o jogador que cometeu a falta...

30.10.09

PENSAMENTOS ESPÚRIOS




De tanto convivermos com a corrupção, só estranhamos quando ela não existe.

PERGUNTAR NÃO OFENDE


Como é que alguém, como ARMANDO VARA, pode ser Vice-Presidente do maior banco comercial do país se, PELO MENOS, anda em tão más companhias?

MEMÓRIA

SEM REMÉDIO

Assistimos, há bem pouco tempo, a uma querela pública sobre a construção, na Serra da Arrábida, em Setúbal, de uma casa pertencente ao actual Ministro do Ambiente, numa área considerada de Reserva Ecológica Nacional. Nessa discussão, muito se empenhou a Oposição, com particular relevo para o Partido Socialista. Depois de muita discussão, lá conseguiu o Ministro do Ambiente provar que tudo se encontrava legal. Contudo, e apesar de todas as provas apresentadas, ficou no ar, muito por diligência da Oposição, que a área da nova casa exceedia em muito a da anterior o que, a acontecer, também seria ilegal.

Calados os ecos desse facto, eis que um outro surge em público. Desta vez virando o feitiço contra o feiticeiro. Acaba de ser anunciado que o Ministério do Ambiente mandou investigar a construção de um apartotel, nas dunas de Montegordo, no Algarve, numa zona considerada reserva natural e, portanto, de construção interdita. O referido hotel pertence a uma sociedade de que é sócio e administrador um filho do presidente do Partido Socialista, Almeida Santos. O licenciamento da construção do hotel, a escassos trinta metros da linha de mar, manteve-se num impasse durante mais de uma década, designadamente por contra essa construção serem muitos pareceres das autoridades que haviam de pronunciar-se sobre o assunto. Até que foi viabilizado, em Março de 2000, pelo então Secretário de Estado do Ordenamento do Território e actual porta-voz do Partido Socialista, Pedro Silva Pereira. Pelo meio ficava uma sentença de tribunal de que, ao que parece, o Ministério do Ambiente deveria ter recorrido e não o fez. Era Ministro do Ambiente José Sócrates.

Independentemente do que venha a ser averiguado, os dois casos aqui referidos mostram de que modo os políticos são pouco prudentes. A função que exercem exige deles a máxima transparência e lisura, a fim de que se não possa pensar, sequer, que utilizam o Poder em seu próprio benefício. Mas para eles isso é letra morta. Constantemente aparecem envolvidos em questões no mínimo muito duvidosas. E aquilo de que se suspeita, o tráfico de influências entre os detentores do Poder, surge como conclusão inevitável. Com a agravante de que, quanto mais missionários parecem, mais se lhes vê o rabo por debaixo da sotaina. Com uma história destas dentro de casa, o Partido Socialista nunca deveria ter atirado pedras ao actual Ministro do Ambiente. De longe, de muito longe, o seu caso parece muito pior. A ver vamos.

Magalhães Pinto, em MATOSINHOS HOJE, em 9/11/2004

PILOBOLUS - XIII

EFEMÉRIDE DO DIA

Neste dia, em 1431, é firmada, em Medina del Campo, a paz entre Portugal e Castela, pondo fim à guerra entre os dois reinos. Aljubarrota ficaria para sempre, como um padrão da coragem e determinação dos Portugueses.

FOTO DO DIA

SORRISO DO DIA

Para campeão olímpico, só se for na modalidade de costas...

29.10.09

FRASE DO DIA

"Armando Vara nos 12 arguidos do caso de corrupção em concursos."

Título de PÚBLICO - 29/10/2009

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Ó c'os diabos! O dinheiro no Millennium/BCP estará seguro?...

CRÓNICA DA SEMANA - II

XVIII

Dezoito. Constitucionais. Acrescentando-se-lhes os Governos Provisórios, faz vinte e quatro. Para os vinte e três já corridos depois da Revolução, dá uma média redonda de ano e meio por cada um. Devemos estar quase a bater o recorde dos italianos. E teremos muita sorte se este, o XVIII, não fizer baixar a média. Um quadro que fala bem do Povo que somos. Queixamo-nos de que os problemas estão quase todos por resolver – menos o da sacrossanta Liberdade, claro – e nem sequer notamos, por entre os protestos que fazemos, que a culpa é toda nossa. Uma culpa de que os políticos se aproveitam com oportunidade. Digam-me lá: se os governos não duram, em média, mais do que ano e meio, que responsabilidade podem sentir aqueles que os integram?

Tenho feito muito da minha carreira profissional, já longa, na administração de empresas. E, em cada ano, lá tive sempre que apresentar contas aos accionistas. Algumas vezes, felizmente não muitas, nestes quase cinquenta anos a trabalhar em tais cargos, para dar conta do insucesso das políticas que inventei ou subscrevi. Mesmo quando a culpa era do mercado, das crises, do preço do dinheiro, da concorrência. Quem me dera gerir uma empresa chamada Portugal! Reparem só:

- Tem as receitas que quer, porque o produto está todo vendido;
- Vende o produto mesmo a quem o não quer;
- Não tem monos com efeitos no rendimento das vendas;
- Dá ao produto a forma e a qualidade que quer;
- Não precisa, por isso, de fazer marketing;
- É capaz de inventar sempre que fazer para o pessoal que quer empregar;
- Tem do banco o financiamento todo de que precisa;
- Não tem que dar garantias reais ou pessoais ao banco para ter o dinheiro que quer;
- No caso de ter dificuldades momentâneas de dinheiro, pode reduzir o produto que dá em troca do mesmo preço;
- Em casos extremos, pode mesmo dar menos produto subindo simultaneamente ao preço;
- Os administradores levam uma vida faustosa, com todas as despesas pagas pela empresa;
- Os administradores têm uma influência enorme sobre o mercado, podendo mesmo liquidar as ambições de quem se atreva a criticar a empresa;
- A influência é tal que podem decidir quem enriquece ou quem empobrece, com uma assinatura num papel;
- Se, mesmo assim, a vida da empresa se degrada durante a sua gestão, a culpa não lhes pertence e há sempre uma crise vinda do exterior para justificar o insucesso;
- Claro que os administradores da empresa têm um momento de prestar contas, o momento das eleições;
- Mas contam com a parvoíce dos accionistas – todos nós, afinal – para uma eventual recondução no cargo.

Gerir uma empresa assim é a bênção dos céus! Apesar disso, vejam a média. Uns dias mais do que ano e meio para cada mandato. Das duas uma: ou são mesmo maus, na média, os que mandam, ou nós, os mandados, os que os elegemos, somos uns descontentes profissionais. E não os deixamos mandar até ao fim. Recebendo, por contrapartida, a irresponsabilidade no mandar.

Isso não impede que olhemos cada grupo de novos mandantes com uma névoa de esperança a tapar a visão da realidade. Também acontece isso com o XVIII. Vai começar agora. Podíamos cair na tentação de pensar que nada muda em relação ao passado recente, uma vez que o presidente do conselho de administração é o mesmo. Mas não é assim. Muita coisa vai mudar. Desde logo, por muito que mande o presidente, os outros membros do conselho têm uma palavra a dizer. Depois, porque os mandados decidiram apertar um pouco as rédeas aos mandantes. Se qualquer governo não tem a certeza absoluta de que pode durar a vida pré estabelecida – vide caso de Santana Lopes – este tem-na muito menos. Depois, ainda, porque, se a situação era má quando o governo anterior pegou num mandato alargado, muito pior é no início deste, em que tem a vida possivelmente encurtada. A dívida é maior. O défice é maior. A competitividade é menor. A legião dos desempregados tem hoje muito mais centúrias. E nós sabemos o que penámos com a vida no anterior mandato, que havia começado, afinal vemos hoje, em muito melhor situação. Como é que se pode ter esperança no dia de amanhã num quadro assim?

Penso que só dois grupos sociais podem verdadeiramente ter esperança numa vida melhor no futuro próximo. Os professores. E os homosexuais. Os primeiros porque desapareceu, morreu (politicamente), finou-se, eclipsou-se, a senhora das avaliações. Os segundos porque Sócrates não quer ficar atrás de Zapatero. O resto vai ver a vida virar um inferno. Os desempregados porque vão continuar no desemprego. Os empregados porque muitos vão ficar desempregados. Os funcionários públicos porque, continuando a ter emprego, vão realmente ganhar menos. Os estudantes porque vão continuar a estudar para nada. Os analfabetos porque só vão continuar a ter diplomas e mais nada. E os diplomas não podem comer-se ao jantar. Os empresários porque vão continuar a ter o acesso ao dinheiro muito difícil. Os devedores ao banco por compra de habitação porque as prestações vão voltar a subir. Os doentes porque vão continuar a ter que penar para encontrarem tratamento. Com os remédios cada vez mais caros. Com mais alguns cortes nas prestações da Segurança Social. Exceptuo, naturalmente, o caso dos doentes com a Gripe A. Para estes vai haver vacinas que cheguem. As sequelas da vacina chegarão lá mais para diante, se chegarem. Ah! Esquecia-me de outro grupo social que também pode ter esperança. Os políticos. Para esses, não há esperança que morra. E não estou a usar metáfora. Não estou a falar da esperança que eles vendem. Estou a falar da esperança que sentem. É verdade que, neste caso, os mais esperançosos podem ter um período de vida útil muito curta. Mas não faz mal. É que, melhor do que ser político, é ter sido político. Que o diga o senhor ex-ministro Jorge Coelho. Por exemplo, que há muitos mais exemplos.

Posto isto, aguardemos o futuro com tranquilidade. Mas sem esperança. Tal como os políticos, eu sei que o meu Caro Leitor não gosta de não ter esperança. Por isso vai tanto na cantiga deles quando eles só nos falam de esperança. Mas esperança é um sentimento que é isso mesmo, espera. E se nós temos sempre esperança é porque estamos sempre à espera. Pena que seja de algo que nunca mais chega. A espera de que amanhã seja melhor do que hoje foi transformada numa espécie de espera de Godot. Apesar dos anos, ainda hoje estamos à espera dele. Mas eu, como não sou político, posso-me dar ao luxo de não tentar vender a esperança, como fazem os políticos. E posso olhar a realidade despido desse diáfano manto de fantasia que a esperança é no meu país e nos tempos que vão correndo. Com toda a franqueza, meu Caro Leitor, penso que só nos resta uma coisa. Esperar que o tempo passe para renovarmos a esperança. E deixemos o XVIII governar naquilo que vai, com certeza, ser um arremedo de governação. Vai antes ser a preparação das novas eleições.

Magalhães Pinto, em VIDA ECONÓMICA, EM 29/10/2009

PILOBOLUS - XII

EFEMÉRIDE DO DIA

Neste dia, em 1981, faleceu o cantor francês Georges Brassens.

Incentivado pelos amigos e conhecidos começa em 1951 a actuar nalguns cabarés parisienses, mas sem qualquer sucesso. A sua presença em palco é muito apagada, ninguém se interessa pelos seus textos, e Brassens começa a desanimar. Todavia em 1952 dois dos seus amigos de infância conseguem-lhe uma audição num dos cabarés mais em voga na época, o Chez Patachou dirigido pela cantora Henriette Ragon(apelidada de Patachou pelos jornalistas franceses, a propósito do nome do seu cabaré). Muito a custo Brassens lá vai à audição a 6 de Março sendo apreciado de imediato por Patachou que lhe proporciona uma actuação logo na noite do dia seguinte. Nessa actuação a cantora confirmou a sua primeira apreciação, tendo-o contratado de imediato. Mas Brassens prefere que seja mesmo Patachou a cantar as suas canções remetendo-se ao papel de autor-compositor em que se sente mais à-vontade, evitando o contacto com os palcos e o público. Esta, apesar de aceitar incluir algumas das suas canções no seu reportório, insiste em que ele é a pessoa ideal para cantar canções como Le Gorille, Corne d'Aurochs ou La Mauvaise réputation.

Apesar de todas estas hesitações e inseguranças, o caminho para o sucesso está aberto.


GEORGE BRASSENS - Je me suis fait tout petit

Recordemos o inesquecível cantor francês no aniversário da sua morte...

FOTO DO DIA

SORRISO DO DIA

A curiosidade nunca foi virtuosa...

28.10.09

A QUESTÃO PSD NA CÂMARA

Lamentável, é o mínimo que se pode dizer, o que para aí anda sobre uma acordo PS/PSD na Câmara de Matosinhos.É bom que se tenham presentes algumas ideias:

1.- Sem novas eleições, a não ser o Dr. Guilherme Pinto, ninguém mais pode ser o Presidente da Câmara, haja alianças ou não haja alianças.

2.- Se alguém fizer cair a Câmara, certo e sabido é que quem a fizer cair perde as eleições seguintes e o Dr. Guilherme Pinto tem maioria absoluta.

3.- Entendo o "barulho" que alguns sectores fazem contra o acordo. Sem ele, o Coração poderia ainda ter algo a dizer ou a fazer. Assim, nada. Kaput. Acabou-se.

4.- Podem estar sossegados os PSD's. Logo que algum dos vereadores do Coração se "arrependa" - o que não deve tardar muito - o Partido Socialista já não precisa dos eleitos do PSD.

5.- É curiosa verificar a reacção do PSD (Matosinhos) agora, quando a indignação deveria ter surgido logo que o Dr. Guilherme Aguiar foi indigitado. Mas não foi assim. Foi recebido com hossanas. De que se queixam agora?

6.- Assim, o PSD - ou Aguiar por ele - mostrou apenas ser responsável num momento em que era necessário ser responsável. Atenta a reacção nula inicial à indigitação do Dr. Guilherme Aguiar como candidato, talvez não seja de admirar a presenta falta de responsabilidade do PSD.

7.- Estar na vereação com os eleitos PS não é - como dizem alguns, como por exemplo hoje no Clube dos Pensadores - "ir votar com Guilherme Pinto". É FAZER COM QUE SE FAÇAM ALGUMAS COISAS QUE O PSD QUER QUE SEJAM FEITAS.

8.- Será muito difícil entender que é o Dr. Guilherme Pinto que precisa do PSD e não o PSD que precisa do Dr. Guilherme Pinto?

Mas, em Matosinhos já nada me admira. De um modo geral, grande parte dos eleitos do PSD, em Matosinhos, neste trinta e cinco anos de democracia, acabaram como servos do Coração.

FRASE DO DIA

"Augusto Santos Silva avisa: quem 'derrubar' Sócrates perde nas urnas."

Título de PÚBLICO - 28/10/2009

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O Ministro decreta: é proibido malhar no Governo...

PILOBOLUS - XI

EROS RAMAZZOTTI - Parla Con Me

No dia do seu aniversário...

EFEMÉRIDE DO DIA

Neste dia, em 1963, nasceu o cantor italiano Eros Ramazzotti.

Em 1982 estreou-se nas gravações com o single "Ad Un Amico", ao mesmo tempo que refinava o talento com o seu instrumento de eleição, a guitarra. Em 1984, venceu o Festival de Sanremo na secção de "Novas Vozes" (Voci Nuove) com a balada "Terra Promessa". Na edição seguinte do mesmo certame, interpretou o tema "Una Storia Importante", que foi incluído no seu álbum de estreia, Cuori Agitati de 1985. Em 1986, foi o vencedor absoluto do mesmo certame com o tema "Adesso Tu", confirmando uma popularidade crescente, não só em Itália, mas também em alguns países da Europa.


FOTO DO DIA

SORRISO DO DIA

Para homens (e mulheres) de barba rija...

27.10.09

CRÓNICA DA SEMANA - I

O PODER

Sou dos que considero que o caso da expulsão de militantes do Partido Socialista é um caso sem a mínima importância. Recordemos que estão eventualmente atingidos pela decisão algumas dezenas de militantes, de vários municípios, entre eles, Matosinhos. E é totalmente desprovido de importância pública, tal facto, porque se trata de uma questão interna do Partido. Nem os potenciais expulsos perdem nada da sua personalidade pública, nem a sociedade em geral fica prejudicada. Trata-se, afinal, tão só de perder um emblema, um carimbo, um cartão de sócio.

Se estivéssemos a falar de um tema como, por exemplo, a sucessão de liderança no PSD, eu até admitiria, como admito, que os órgãos de comunicação social se preocupassem com ele. Afinal, a liderança de Portugal, no futuro, tem a ver com isso. Mas, neste caso, estamos a falar de pessoas que não têm a mínima importância, em termos gerais. Só são importantes para elas mesmo. E, quando muito, seriam importantes para o seu Partido. Mas isso é lá com eles.

Também haveria razão para nos preocuparmos todos se estivesse em causa, como já se tentou propalar, a liberdade das pessoas. Mas não. Não sei se há razões para a expulsão ou não. Nem estou preocupado com isso. Que resolvam o problema entre eles. Além disso, há sempre, para os que se julgam atingidos por qualquer injustiça, o recurso aos tribunais. Em boa verdade, nem sequer entendo o barulho que tentam fazer na praça pública. Estão a ser mal tratados, ilegalmente face às disposições legais internas? Pois os tribunais estão lá para julgar. A começar, logo, pelas comissões jurisdicionais internas, mas sem excluir os tribunais comuns. Não me peçam a mim – e julgo que a todos os cidadãos – que sejamos juízes. A maior parte de nós nem sequer conhece as tais disposições que justificariam a expulsão.

Assim, a polémica que se tenta levantar na praça pública é uma polémica falsa. Tem tudo de artificial. É patética e pateta. E, desprovida que é de importância para a generalidade dos cidadãos, só pode entender-se a atenção que merece da parte de alguns órgãos da comunicação social como eventual pagamento de favores. A promiscuidade que havia entre alguns órgãos de Poder e a comunicação social acabou e é natural que haja por aí muitos prejudicados. O que, se for como eu penso, representa ainda um combate pelo Poder que extravasou o período e os actos eleitorais. E, se assim for, pode ainda concluir-se que houve entidades – sejam elas um Partido, sejam auto-excluídos dele que decidiram fazer a sua luta pessoal – que não aceitaram bem os resultados eleitorais. E isso, sim, é extremamente lamentável e preocupante.

Magalhães Pinto, em MATOSINHOS HOJE, em 27/10/2009

FRASE DO DIA

"Cavaco Silva diz-se disposto a ajudar Sócrates a cumprir legislatura até ao fim."

Título de PÚBLICO - 27/10/2009

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Uma pena que o Presidente da República esteja tão fragilizado na opinião pública! É capaz de a ajuda não ser lá grande coisa...

PILOBOLUS - X

EFEMÉRIDE DO DIA

Neste dia, em 1443, o Infante D. Pedro, filho de D. João I, doou o Promontório e a vila de Sagres a seu irmão, o Infante D. Henrique, grande promotor das Descobertas.

FOTO DO DIA

SORRISO DO DIA

Exemplar de Gay Erectus...

26.10.09

FRASE DO DIA


GRIPE A:

"Pedro Simas (virologista português) e Terence Stephenson (presidente do Colégio de Pediatria do Reino Unido): um duvida da vacinação total e outro defende-a sem hesitar."

Título de PÚBLICO - 26/10/2009

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Cada vez mais os médicos parecem estão parecidos com os advogados...

MEMÓRIA

A EUROPA E A CRISE

Só por aleivosia e manifesta intenção de ganhos eleitorais em próximas eleições se pode esconder o regozijo que nos devia invadir, ao vermos um compatriota nosso ser escolhido - é o verdadeiro termo, escolhido - para presidir aos destinos da Comunidade Europeia nos próximos cinco anos. Veja-se seja de que ponto de vista for, esta é uma das maiores - se não a maior - honras concedidas a Portugal desde que dela somos membros. É verdade que Durão Barroso é escolhido por falharem os consensos relativamente a outros que ao cargo se haviam candidatado. Entre eles, um outro português, António Vitorino. O qual nos daria igual satisfação se nomeado. Aliás, nunguém poderá negar o empenhamento do Governo Português, presidido pelo mesmo Durão Barroso, para que sobre ele recaísse a escolha dos países membros. Mas António Vitorino tinha dois "pecados" cuja ultrapassagem se mostrou inviável. Por um lado, nunca fora Primeiro Ministro. O que, não sendo de todo inviabilizador, lhe reduzia bastante as possibilidades. E, por outro lado, não pertencia à família política maioritária na Europa, a direita. Socialista e sendo os socialistas minoritários na Comunidade, tal consituía - e veio a constituir, não obstante o seu prestígio pessoal - obstáculo inultrapassável. De relevar o entusiasmo que todas as forças políticas portuguesas - incluindo a direita - colocaram na eventualidade da nomeação de António Vitorino. A colocar ainda mais em evidência, no pior sentido, a aparente má vontade com que a oposição esquerdista - PS incluído - parece receber a escolha de Durão Barroso.

De entre os argumentos utilizados para mal colocar a disponibilidade de Durão Barroso para aceitar o cargo, um há que me provocou alguma náusea. Qual foi o da acusação de que o Primeiro Ministro estava a fugir às suas responsabilidades. Numa óbvia tentativa de colar esta decisão do (ainda, no momento em que escrevo) Primeiro Ministro de Portugal à atitude do seu sucessor António Guterres. O qual, com o país num estado lastimoso e tendo perdido umas simples eleições autárquicas, mandou o esqueleto (a que havia reduzido o país) às malvas e foi prégar para a Internacional Socialista. Comparar as duas situações é uma maldade inominável. Tanto maior quanto, tendo levado um banho nas últimas eleições europeias, o Primeiro Ministro não abandonou o barco como, porventura, alguns esperariam. Isso, sim, seria uma atitude idêntica à de Guterres. Sair porque a Europa - de que Portugal é uma ínfima parte - precisa dele, sair porque pode dar um contributo inestimável não apenas a estabilidade europeia mas também para o equilíbrio entre grandes e pequenos países (equilíbrio cuja ruptura tanto se teme), sair para um lugar do qual Portugal sairá bastante beneficiado, não apenas no prestígio mas também no cuidado com os seus interesses, sair assim, por isso tudo, não é apenas honra e glória, é sobretudo serviço a Portugal.

Claro que este acontecimento é susceptível de provocar uma pequena quebra da estabilidade política em Portugal. E são aqueles que mais acusam Durão Barroso de tal provocar com a sua atitude os que mais se esfroçam para que a estabilidade se rompa. Esquecendo-se de que a democracia portuguesa comporta soluções várias - e não apenas uma - para a situação assim criada. Mas entende-se porque é que as Oposições tanto se esforçam por criar um falso clima de agitação política. No fundo, reside um profundo temor. Temor de que, sem eleições imediatas e com novo Primeiro Ministro - o que comporta novo Governo - seja possível inverter o clima de impopularidade a que o presente se alcandorou, muito por força das medidas impopulares que se viu forçado a adoptar. Temor de que, nos dois anos de legislatura que ainda faltam, se venha a provar quão benéfica foi para Portugal a escolha recaída sobre Durão Barroso. Temor de que, por essa via, o Poder, que já se sentia a aquecer as mãos, escorra por entre os dedos como água de lavar. E continuem as 0posições no gueto da incompetência. É essencialmente esse medo que move as Oposições neste momento. Forçando-as a uma atitude que - até por comparação com o que se passa a propósito do Euro/2004 - tem tanto de execrável como de pouco inteligente.

Tudo vai depender, sobretudo, da atitude dos dois partidos da coligação governamental. Cabendo a última palavra ao Senhor Presidente da República e ao seu indesmentível e partidariamente independente bom senso, o resultado final desta pequena crise política portuguesa, desencadeada em nome dos interesses da Europa, dependerá essencialmente da atitude sucessória que for adoptada. Ou o PSD e o PP entendem colocar à frente de tudo os interesses de Portugal e indigitam um nome que seja indiscutível para suceder a Durão Barroso, um nome que, pelo seu prestígio e competência, se sobreponha ao facto de não ter sido legitimado pelo voto popular; ou escolhem um nome muito discutível, sobretudo internamente, e vamos seguramente ter eleições antecipadas, de resultado mais do que imprevisível. Com a concomitante perda de tempo, interrupção de uma linha política de governação, os custos inerentes para o país e o agravar da situação actual.

É relevante o argumento da legitimação popular através de eleições. Mas apenas até certo ponto. Não se pode, por um lado, dizer que as eleições são por Partido (e não uninominais) e, por outro lado, exigir que, na falta de alguém eleito nas listas do Partido, ele não seja substituído por quem o Partido indicar. Atentemos que a indigitação compete ao Senhor Presidente da República, o qual, depois de ouvidos os Partidos com representação parlamentar, indigita uma personalidade para formar governo. Não há na Lei, tanto a quanto chegam os meus conhecimentos, o que quer quer que seja que impeça o Senhor Presidente da República de indigitar alguém que não tenha sido eleito directamente. Todavia, não podemos iludir que, ao votar, o Povo sabia quem viria a ser o Primeiro Ministro. Mas era uma sabedoria provisória. Se Durão Barroso tivesse ficado impossibilitado de governar no intervalo que mediou entre a eleição e a sua nomeação para Primeiro Ministro, seguramente que se não fariam novas eleições apenas por esse facto. Aliás, como aconteceu aquando da morte do Dr. Sá Carneiro e sua substituição pelo Dr. Pinto Balsemão. Assim, o argumento é parcial e escassamente válido. E pode ser elidido se o Povo ficar satisfeito com a escolha que vier a ser feita. O que, naturalmente, a Oposição não pretende que suceda. É este um dramatismo próprio da democracia parlamentar. Às Oposições - quaisquer que elas sejam - não interessa o que for melhor para o país. Interessa o que for melhor para os seus objectivos de conquista do Poder.

O mesmo se diga quanto à decisão sucessória a produzir pelos dois partidos que governam. Plantou-se imediatamente no horizonte a hipótese Santana Lopes. Um homem politicamente hábil, com a vantagem de ser o primeiro Vice-Presidente do partido maioritário no Governo. Mas tecnicamente pouco experimentado. Não levou as suas experiências governativas até ao fim. Rapidamente se escapuliu da Figueira da Foz, onde teve a sua primeira experiência governativa de fogo. E tem sido algo contestado em Lisboa, embora pareça que a sua obra é globalmente positiva. Mas é, sobretudo, um homem do aparelho. É sobretudo um político bem-falante. E julgo que Portugal precisa, neste momento atribulado, essencialmente de alguém capaz, sabedor, de vasta experiência governativa. Assim, é minha opinião que Portugal precisa de alguém mais competente do que Santana Lopes. Mas, aqui também, uma coisa é aquilo de que o país precisa e outra, bem diferente as mais das vezes, aquilo que os políticos querem.

É por todas estas razões que as minhas preferências para a substituição de Durão Barroso repousem, inteirinhas, numa personalidade como Miguel Cadilhe. Competente, independente quanto baste das influências partidárias, com uma visão da política económica necessária ao país muito profunda e reformista, com uma história de sucesso indiscutível por detrás da sua acção governativa, com prestígio mais do que bastante para se impor a correntes perturbadoras, Miguel Cadilhe seria o Primeiro Ministro ideal para Portugal nesta conjuntura. Um pequeno senão. A sua aparente inabilidade para lidar com a gestão das intrigas palacianas a que um Primeiro Ministro sempre está sujeito. Mas também com um grande ponto a favor. Correríamos o risco de ver reeditados os melhores anos da governação de Cavaco Silva. Para cúmulo, Cadilhe até foi Ministro das Finanças de sucesso como aquele.

Aguardemos os acontecimentos. Com tranquilidade. Em primeiro lugar, porque tudo acontece devido a um facto de que deveríamos orgulhar-nos tanto como se formos campeões europeus de futebol: a escolha feita, por 25 países, para que um Português presida aos destinos da Comunidade por eles formada. Felicidades, Doutor Durão Barroso. E, em segundo lugar, mas não último, porque à frente das decisões necessárias está alguém cujo comportamento anterior nos faz olhar o futuro serenamente: o Senhor Presidente da República.

Magalhães Pinto, em VIDA ECONÓMICA, em 28/6/2004

PILOBOLUS - IX

EFEMÉRIDE DO DIA

Neste dia, em 1955, nasceu o juiz espanhol Baltasar Garzon.

Garzón ficou conhecido mundialmente ao emitir uma ordem de prisão em desfavor do ex-presidente do Chile Augusto Pinochet pela morte e tortura de cidadãos espanhóis. Utilizou como base o relatório da Comissão Chilena da Verdade (1990-1991).

Apesar de tudo, é um juiz muito controverso. Com ligações ao PSOE. Mas não definitivamente com este comprometido. Dada a extensão de sua atuação, o PSOE e o PP chegaram a planejar uma reforma do judiciário que limitasse as suas atribuições legais.


FOTO DO DIA

SORRISO DO DIA

A falta de espaço é tanta, que até os parques de campismo já são em altura...

25.10.09

FRASE DO DIA

"Submarinos abrem "guerra" entre alemães e autoridades portuguesas."

Título de PÚBLICO - 25/10/2009

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Podia ser pior! Imaginem que a "guerra" era contra a Suíça (que é onde devem estar guardados os "trocos"): íamo-nos ver gregos para chegar com os submarions até lá!...

PILOBOLUS - VIII

EFEMÉRIDE DO DIA

Neste dia, em 1495, faleceu o rei de Portugal D. João II, o Príncipe Perfeito.
João II foi um grande defensor da política de exploração atlântica iniciada pelo seu tio-avô Henrique. Os descobrimentos portugueses serão a sua prioridade governamental, bem como a busca do caminho marítimo para a Índia. Durante o seu reinado conseguiram-se os seguintes feitos:

1484 – Diogo Cão descobre a foz do Rio Congo e explora a costa da Namíbia

1488 – Bartolomeu Dias cruza o Cabo da Boa Esperança, tornando-se no primeiro europeu a navegar no Oceano Índico vindo de oeste

1493 – Álvaro de Caminha inicia a colonização das ilhas de São Tomé e Príncipe e são enviadas expedições por terra lideradas por Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva ao Cairo, Adém, Ormuz, Sofala e Abissínia, a terra do lendário Preste João, donde enviam relatórios sobre essas paragens, ficando D. João II com a certeza de poder atingir a Índia por mar.

A totalidade das descobertas portuguesas do reinado de João II permanece desconhecida. Muita informação foi mantida em segredo por razões políticas e os arquivos do período foram destruídos no Terramoto de 1755.


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SORRISO DO DIA

Oxalá não caia! Ou teremos omeleta para o Guiness...

24.10.09

...E O GOLO METIDO PELA PRÓPRIA BOLA...

(Liverpool 0 - Sunderland 1)

GOLO INESQUECÍVEL!

Marcar um golo, chutando a 95 metros da baliza adversária não é para qualquer um, E é inesquecível.

A propósito, recorde-se que um guarda-redes do F. C. Porto, de seu nome Acúrcio, marcou um golo, salvo erro ao Belenenses, ao colocar a bola em jogo de pois de uma defesa.

RECORDANDO...

... uma das melhores canções ligeiras que ouvi na minha vida... porventura a melhor! EMMA SHAPPPLIN - SPENTE LE STELLE

O DISCURSO FEITO POR UM GÉNIO

A capacidade criativa dos Portugueses não tem limite. Veja-se abaixo.



DISCURSO DE JOSÉ SÓCRATES ANTES DA POSSE:

O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar os nossos ideais
Mostraremos que é uma grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo da nossa acção.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
as nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que
os recursos económicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.

DISCUROS DE JOSÉ SÓCRATES DEPOIS DA POSSE:

O mesmo. Mas lido de baixo para cima...

PENSAMENTO DO DIA


O desemprego já atinge oficialmente, bastante mais de meio milhão de Portugueses. Lá para o início do próximo ano, teremos ultrapassado os 600.000. Que ninguém se queixe. Acabamos de aprovar quem nos conduziu até esta situação.

FRASE DO DIA

" A PT foi vítima de um ataque terrorista."

Henrique Granadeiro - EXPRESSO - 24/10/2009

***

Óptimo! É para que saiba o que sofrem as vítimas de ataques terroristas, como nós, que tantas vezes temos sido vítimas de ataques terroristas por parte da PT...

CAIN, SARAMAGO E A POLÉMICA

Sublime o comentário do investigador e Professor do Instituto de Biologia Molecular, do Porto, Alexandre Quintanilha, no Jornal das Dez da RTP, deste sábado. Segundo ele:

- O tema da polémica é absolutamente desprovido de interesse;
- É uma polémica que já existe há 2.500 anos;
- Saramago não percebe que a Bíblia é um livro de História, que retrata o Bem e o Mal da Humanidade daquele tempo;
- Provavelmente, tudo isto foi montado para vender livros.

Estou absolutamente de acordo. E acrescento que José Saramago não percebeu outra coisa. Que o Prémio Nobel que ostenta não é dele. Foi um Prémio Nobel concedido a Portugal, para celebração dos 500 anos do início das Descobertas. Havia que escolher alguém. E com suficiente internacionalização, vivos, só existiam ele e Lobo Antunes. E o lobby dele trabalhou melhor. Porque a obra de José Saramago é intragável, não é universal e, na maior parte das vezes, é ilegível.

PILOBOLUS - VII

EFEMÉRIDE DO DIA

Neste dia, em 1147, o exército de D. Afonso Henriques, auxiliado pelos Cruzados, conquistou Lisboa aos Mouros. Tinha Portugal apenas três quatro anos como nação independente.

Bem defendidos, os muros da cidade mostraram-se inexpugnáveis. As semanas se passavam em surtidas dos sitiados, enquanto as máquinas de guerra dos sitiantes lançavam toda a sorte de projéteis sobre os defensores, o número de mortos e feridos aumentando de parte a parte.

No início de Outubro, os trabalhos de sapa sob o alicerce da muralha tiveram sucesso em fazer cair um troço dela, abrindo uma brecha por onde os sitiantes se lançaram, denodadamente defendida pelos defensores. Por essa altura, uma torre de madeira construída pelos sitiantes foi aproximada da muralha, permitindo o acesso ao adarve. Diante dessa situação, na iminência de um assalto cristão em duas frentes, os muçulmanos, enfraquecidos pelas escaramuças, pela fome e pelas doenças, capitularam a 24 de Outubro. Entretanto, somente no dia seguinte, o soberano e suas forças entrariam na cidade, nesse meio tempo violentamente saqueada pelos Cruzados.

Decorrente deste cerco surgem os episódios lendários de Martim Moniz, que teria perecido pela vitória dos cristãos, deixando-se entalar numa das portas da cidade para permitir o assalto das tropas cristãs.


FOTO DO DIA

SORRISO DO DIA

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