Advogado denuncia ilegalidades na GNR de Chaves à justiça
João Peres fez chegar uma queixa ao comando da GNR e ao Ministério Público que relata irregularidades no posto da Guarda, na área do trânsito, e que envolvem militares que recebem subsídio de patrulha indevidamente
O Comando da GNR de Vila Real está a investigar uma denúncia de um conhecido advogado que relata irregularidades no posto de trânsito de Chaves e acusa um cabo de receber, indevidamente desde 2001, um subsídio de patrulha.
João Peres, advogado com escritório na cidade do Porto, fez chegar ao Ministério Público e ao Comando da GNR uma carta denunciando o que diz ser um punhado de irregularidades. O causídico diz que teve conhecimento delas no exercício da sua profissão e afirma que os factos relatados são do "conhecimento das chefias intermédias".
Começa por denunciar que "o cabo Azevedo, desde 2001 e até hoje, com excepção do um período entre Fevereiro e Julho de 2007, não faz patrulhas, mas recebe subsídio de patrulha. O mesmo, embora conste da escala como efectuando rondas, não as faz, recebendo, no entanto, subsídio de escala".
No total são oito os factos apontados na denúncia, João Peres refere que na secretaria do posto "dificulta-se ou recusa-se o recibo dos requerimentos apresentados, mesmo quando o interessado apresenta cópia do requerimento para esse fim". Noutra situação, acusa o advogado, "em Setembro deste ano, no dia 15, um elemento da GNR pretendeu fazer entrega de um requerimento, apresentando a cópia de recibo, tendo-lhe sido recusado o recibo de recepção do documento entregue". Quando o elemento "naturalmente o reclamou, foi dito que tinha de ser previamente apresentado ao comandante, tendo-lhe a cópia si- do restituída no dia seguinte, 16 de Setembro, mas carimbada com data desse dia 16 de Setembro, facto objectiva e subjectivamente falso, o que muito provavelmente consubstanciará, por isso, um crime".
Segundo João Peres, em 6 de Março de 2009, deu entrada na secretaria uma queixa de um militar contra outro, "queixa que viria a desaparecer, mas tendo a matéria da mesma chegado ao conhecimento do comandante do Destacamento".
O advogado afirma que o livro de registo de entrada e saída de correspondência encontra-se rasurado, nomeadamente nos meses de Dezembro de 2008 e Março de 2009, "para esconder ilegalidades cometidas", não tendo dúvidas em afirmar que "o senhor comandante do Destacamento conhece a maior parte dos factos denunciados".
In DIÁRIO DE NOTÍCIAS - 6/12/2009
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