Neste dia, em 1986, faleceu a escritora francesa Simone de Beauvoir.
As suas obras oferecem uma visão sumamente reveladora de sua vida e de seu tempo.
No seu primeiro romance, A Convidada (1943), explorou os dilemas existencialistas da liberdade, da acção e da responsabilidade individual, temas que abordou igualmente em romances posteriores como O Sangue dos Outros (1944) e Os Mandarins (1954), obra pela qual recebeu o Prêmio Goncourt e que é considerada a sua obra-prima.
As teses existencialistas, segundo as quais cada pessoa é responsável por si própria, introduzem-se também numa série de quatro obras autobiográficas, além de Memórias de Uma Moça Bem-Comportada (1958), destacam-se A Força das Coisas (1963) e Tudo Dito e Feito (1972).
Entre seus ensaios críticos cabe destacar O Segundo Sexo (1949), uma profunda análise sobre o papel das mulheres na sociedade; A Velhice (1970), sobre o processo de envelhecimento, onde teceu críticas apaixonadas sobre a atitude da sociedade para com os anciãos; e A Cerimônia do Adeus (1981), onde evocou a figura de seu companheiro de tantos anos, Sartre.
1 comentário:
Companheira de Sartre, ficou muito conhecida, em especial por causa de seu livro, apresentado geralmente, em dois tomos , chamado"O Segundo Sexo", onde analisa detalhadamente a condição feminina em várias culturas e em todos os tempos. Também por causa de "Os Mandarins", onde a condição de ser do escritor, é colocada a olho nu.
Simone de Beauvoir causou muita polêmica, por seu relacionamento com Jean Paul Sartre, não apenas pela continuidade, intensidade e singularidade, mas, em especial, porque ambos viviam um a amar e admirar o outro embora totalmente livres para relacionamentos ocasionais com outras pessoas, numa amplitude de respeito ao ser do Outro. Ambos sabiam que sempre seriam o porto seguro um dos outro. Juntos, conheceram muitos países, inclusive o Brasil, onde estabeleceram um relacionamento de amizade forte com o casal de escritores Jorge Amado-Zélia Gattai.
Cida
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