Neste dia, em 1859, faleceu o historiador, escritor e pensador político francês Alexis de Tocqueville.
As suas obras incluem: Du système pénitentiaire aux États-Unis et de son application en France (1833), De la démocratie (1840) e L'ancien régime et la révolution (1856). Foi um defensor da liberdade e da democracia.
A sua obra mais célebre, baseada nas suas viagens nos Estados Unidos da América, foi traduzida para o português com o nome de "A democracia na América" e é frequentemente usada em cursos de história americana do século XIX e de teoria política moderna. Tocqueville foi enviado pelo governo francês em 1831 (ele solicitou apoio para sua viagem, mas ela foi paga por sua família) para estudar o sistema prisional estadunidense. Chegou a Nova Iorque em maio daquele ano e passou nove meses em viagem pelos Estados Unidos, tomando notas não só acerca das prisões, mas sobre todos os aspectos da sociedade estadunidense, incluindo a sua economia e o seu sistema político, então único no mundo.
Após o retorno à França, em fevereiro de 1832, submeteu o seu relatório penal e escreveu Democracia na América. Esta obra foi impressa inúmeras vezes ainda no século XIX e acabou por tornar-se um clássico.
Tocqueville ficou conhecido também por ser a primeira pessoa a cunhar o termo social-democracia, ideologia política que se espalhou pela Europa.
O sociólogo francês do século XX Raymond Aron escreveu as seguintes linhas a propósito de Tocqueville, colocando-o numa posição não muito diferente da sua: "demasiado liberal para o partido de onde ele provém, não muito entusiasta por ideias novas aos olhos dos republicanos, ele não foi adoptado nem pela direita nem pela esquerda, ele permanece suspeito a todos".
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