. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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17.4.11
OS PORTUGUESES - LXIX
"No início do seu reinado, D. Pedro V resolveu por meios expeditos uma dificuldade que se apresentava espinhosa. O governo em exercício, de que Saldanha (Marquês) era figura de proa, representava a continuidade da experiência regeneradora, iniciada em 1851. Procurando resolver o embaraço das oposições e reforçar a sua hegemonia, o gabinete solicitou ao rei a nomeaçãod e uma fornada de Pares. O monarca não só indeferiu a pretensão, como aceitou prontamente a demissão do elenco governativo. Desta maneira, ficava aberto o caminho para o agrupamento histórico chefiado pelo duque de LOulé, que efectivamente nunca rendeu no Poder os homens da Regeneração. Esta atitude do jovem monarca ia muito além do cumprimento trivial das responsabilidades do Trono, já que indiciava um propósito de moralização da vida pública sem grandes precedentes. Por outro lado, viabilizando a substituição de uma situação regeneradora com cinco anos de vigência, D. Pedro V lançava os alicerces do rotativismo político. Este lance é revelador de alguns traços da sua personalidade."
(Fonte: História de Portugal, dirigida por João Medina)
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