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12.4.11

OS PORTUGUESES - LXV


"A estruturação de uma sociedade liberal exigia, para além da nova regulamentação jurídica da actividade política e da actividade económica, a formação política, ideológica e cultural dos cidadãos. Políticos, líderes revolucionários e círculos intelectuais eram unânimes em consderar que não era apenas pela força das armas, sejam militares ou jurídicas, que se estruturaria o novo regime. Era preciso criar uma civilização.

Como instrumentos fundamentais apontam-se a escola e a imprensa. Cabia-lhes a acção primacial na formação duma sociedade em que se articulassem os interesses entre as massas urbanas e as elites dirigentes formadas na universidade, no Exército, no parlamento, nas associações. A escola, instância de sociabilização, deverá ser o centro formador de elites qualificadas - políticas, jurídicas e técnicas. A instrução terá que ser levada até às camadas mais vastas da pequena burguesia e formá-la nos valores e nas práticas do constitucionalismo. Como deverá chegar ao operários e artesãos e dar-lhes qualificação técnica. Passos Manuel ´ministro da civilização', e os ministérios setembristas realizam uma série de reformas: dos estudos primários e secundários; criam-se liceus com currículos que combinam disciplinas de humanidades e disciplinas científicas,escolas m+edico-cirúrgicas, escolas politécnicas e museus."

(Fonte: História de Portugal, dirigida por João Medina)

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