. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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3.4.11
OS PORTUGUESES - XLVIII
"Figura controversa, como tal tem sido tratado na historiografia portuguesa. Amado e honrado por muitos, caudilho de ideologias revolucionárias para alguns, anti-português e jacobino para outros, Gomes Freire de Andrade merece, por múltiplas razões que, a todo o momento, se reabram as p'áginas da sua história. Dinâmico e ousado, marcou a sua vivência por acções e atitudes ideológicas que o colocam em situação ímpar entre os seus contemporâneos. Frontal e obstinado, deixou marcas profundas nas múltiplas latitudes que precorreu. Inteligente e inquieto, viveu com intensidade uma época de extraordinária riqueza e profundas mutações. GOmes Freire de Andrade, nascido além-fronteiras, iniciou a sua vida profissional em Portugal, fazendo parte da armada que auxiliou as forças navais espanholas no ataque a Argel.Em breve, distingue-se no exército da Catarina II. Nas campanhas do Rossilhão e da Catalunha é já um jovem coronel que aí se notabiliza. A campanha de 1801 consagra-o como um dos poucos oficiais que se bateram perante o ataque espanhol. No período de neutralidade que antecede as Invasões Francesas, tomou parte nos 'notins de Campo de Ourique'. Coincidindo com a estada de Junot em Portugal virá a integrar a Legião Lusitana que se tornou auxiliar do exército napoleonónico. Aí foi amplamente louvado pela forma como procedeu em diversas acções militares mas, simultâneamente, criou inimizades que, após o seu regresso a Portugal, muito teriam contribuído para a sua condenação à morte."
(Fonte: História de Portugal, dirigida por João Medina)
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