Vá-se lá saber porquê teve que ser repetido cinco vezes...
. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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31.8.09
29.8.09
28.8.09
A CORRUPÇÃO
O arqº. Jorge Contreiras, assessor de uma divisão do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa, dava pareceres favoráveis a projectos de arquitectura eleborados numa empresa de que era sócio. E está, agora, a contas com a Justiça. E, então, cadê os outros, noutras Câmaras? E aqueles que fazem uma vaquinha com um assessor ou funcionário de uma outra Câmara e cruzam pareceres sobre projectos próprios?
A FRASE
A CRÓNICA
UM PROGRAMA
Pode ser que eu esteja influenciado pela simpatia natural que nutro pela senhora. E, essa, é uma prevenção que deixo, desde já, ao meu Leitor. Mas há muitos anos que me habituei a ver em Manuela Ferreira Leite o protótipo do que eu gostava que fossem os políticos, De poucas falas. Dizendo sempre, quando fala, algo com substância. Sem ponta de demagogia a ornar-lhe as frases. Falando mais à razão do que às emoções. Tratando sempre dignamente quem dela discorda. Não deixando nunca de ouvir a opinião do próximo. Sem assomos de raiva ou desespero. Deixando, por tudo isso, a impressão de que se trata de alguém calmo, reflexivo, profissionalmente competente. Claro que nem sempre é essa a imagem que os órgãos da Comunicação Social trazem até nós. Mas nós já sabemos como funciona a Comunicação Social, sempre há procura do título que, estampado na primeira página, leva o cidadão comum a comprar o jornal. Um exemplo. A inclusão de suspeitos de irregularidades nas listas do PSD, que ela dirige. A despertar um clamor de censura, quer dentro quer fora do Partido. De dentro do Partido, sabemos o que acontece. Para estarem lá aqueles, há outros que ficam de fora. E nem estes nem os seus apaniguados levam isso a bem. De fora do Partido, melhor fora que estivessem calados. O PSD deu, ao tempo do Dr. Marques Mendes, uma lição ao país. Que só o prejudicou, ademais por ter sido uma atitude ética que não encontrou eco em mais nenhum partido. Podemos não estar de acordo com a Dra. Manuela Ferreira Leite – eu próprio não o estou, por uma questão de princípios. Mas não lhe podemos negar a fria coerência. Justiça é Justiça, conhaque é conhaque. Que é como quem diz, Política é Política. A Justiça que condene. Os deputados que aprovem a Lei, a impedir arguidos de se candidatarem. A ela cumpria-lhe aprovar as listas de candidatos a deputados. Apenas com isso se preocupou. No seu pensamento esteve, seguramente, a ideia de que ela não era Deus. A última coisa que penso da Dra. Manuela Ferreira Leite é que ela seja uma pessoa de andar a pagar favores a amigos políticos. Se fosse pessoa de andar a pagar favores a amigos, passava o tempo a tentar arranjar novos amigos. Ora, precisamente a elaboração das listas também mostrou que ela não está minimamente preocupada em ter amigos, mesmo dentro do seu Partido.
Tendo isto em conta, vamos ao que aqui me traz. O Programa de Governo. Tema que fez as delícias verborreicas do Partido Socialista neste tempo de férias, durante o qual dificilmente encontraríamos alguém com a pachorra suficiente para, na praia, entre um gelado e uma bolacha americana, estar a dar atenção àquilo que a Dra. Manuel Ferreira Leite pensa fazer se for Governo a partir de Janeiro. Que ela não o apresentava porque não tinha ideias. Porque não se pode fazer outra coisa diferente daquilo que os socialistas fazem. Porque aquilo que ela eventualmente apresentasse deixaria a nu a confrangedora falta de capacidade dos social-democratas para governar o país. Um despautério, qualquer uma das razões. E não é necessário aduzir muitas razões. Bastam duas.
A primeira é um olhar para trás. Sá Carneiro. Cavaco Silva. Mesmo Durão Barroso. Quem, de entre os socialistas foi tão eficaz em colocar Portugal nos eixos? Sempre que o PSD foi o principal responsável pela governação, o país desenvolveu-se, cresceu, o bem-estar social aumentou. Sim. Mesmo no caso do último daqueles líderes – a quem se pode apontar, essencialmente, o erro de ter abandonado Portugal para ir para a Europa. Não esqueçamos que ele foi o primeiro a gritar na praça pública: “Portugal está de tanga!”. Perante o hipócrita sentimento de escândalo daqueles que, menos de dois anos depois, encomendam ao Banco de Portugal a função de dizer o mesmo, para poderem reinar à vontade. Se tivermos em conta aquilo que foi o passado, creio não ser possível subsistirem dúvidas em ninguém de que um Governo do PSD é sempre melhor do que um governo socialista. O caso de Santana Lopes não conta. Ele ficou praticamente imobilizado pelas circunstâncias políticas do seu tempo.
A segunda razão é ainda mais substancial. É que, num pequeno artigo de opinião publicado este último fim-de-semana no “Expresso”, a Dra. Manuela Ferreira Leite deixou escrito aquilo que eu julgo ser um dos melhores programas de Governo que me foi dado ver até agora. Em primeiro lugar, pela clara visão da situação actual. Diz ela ali:
“Esta crise é diferente das outras – mais complexa, mais ampla e mais profunda. É… uma crise estrutural, interna, mais complexa porque nos atinge num momento em que os benefícios da integração europeia já não bastam. É mais ampla porque agravada pela conjuntura internacional grave. E é mais profunda porque é também uma crise social, uma crise de credibilidade política e de confiança na Justiça. É uma crise que encontra o país sem serenidade e com grande crispação…”.
Sem flores nem ademanes, claramente, sem recurso a estatísticas que, analisadas superficialmente, apenas contam mentiras, sem demagogia e sem atirar culpas a quem quer que seja, Manuel Ferreira Leite identifica as raízes dos nossos males. Age como o médico que, no seio da densa floresta de sintomas de um país em turbilhão, consegue identificar as pragas que o corroem. Mais de meio caminho andado para prescrever os remédios acertados. E não hesita em passar a receita:
“O país precisa, além de alterar a sua política económica, de se apaziguar e de voltar a acreditar que só a força mobilizadora de todos o pode tirar do declínio em que se encontra. (…) Por isso, a situação não se resolve apenas com debate político, mas com a avaliação consciente e responsável da situação, a única forma que permite um compromisso com as soluções de que o nosso país precisa.”.
Assim mesmo. Um grande programa. Ambicioso, como todos os programas devem ser. Onde o autor não se arroga a natureza de agente salvador, antes invoca a participação de todos. Um programa onde não se vislumbra um mínimo toque de autocracia, de disponibilidade de super-poderes, de omnisciência garantida, de miraculosa detenção de capacidades que só aparecem uma vez em cada geração (ou mais do que uma). Um programa que é mais um ajuizado apelo de que um autoritário comando.
Convenceu-me, Doutora. Claro que conta com a minha predisposição para acreditar mais no político de poucas falas do que no tagarela permanente. Para acreditar mais naquele
que expõe as suas razões tranquilamente do que naquele que se refugia atrás do aparentemente modesto “Deixe-me dizer-lhe que”, como se precisasse da autorização de alguém para os esfarrapados argumentos que usa, desmentidos pela realidade palpável. Naquele que apela à minha inteligência do que naquele que, sub-repticiamente, procura controlar-ma, através da expressão imprópria, desajustada, subliminar, do “Está a ver”. Convenceu-me, Doutora. Quem nunca me mentiu, provavelmente jamais me mentirá. E eu quero, acima de tudo, não ser enganado permanentemente.
Crónica de Magalhães Pinto, publicada em VIDA ECONÓMICA, em 27/8/2009
A MARAVILHA DO MUNDO
27.8.09
A FRASE
O FUTEBOL
Há festejos que ficam muito caros. Golo de penalty pelo guarda-redes de uma equipa, que depois fica a festejar e sofre um golo no pontapé seguinte.
A CRÓNICA
AS CONTAS E OS DESCONTOS
Brevemente, iremos de novo às urnas decidir quem nos governará. Em duas eleições quase consecutivas. Umas relativas ao governo do País e outras referentes ao nosso Município. E aquilo que decidirmos influenciará a nossa vida, de um modo determinante, nos próximos quatro anos. Não adiantará, depois, andarmos a carpir mágoas se, porventura, os eleitos falharem redondamente naquilo que esperávamos deles. A nossa responsabilidade será sempre a maior de todas. E isto porque já todos levamos quase quarenta anos de democracia e, de um modo geral, conhecemos bem quem se apresenta a pedir o nosso voto. A escolha será nossa. É neste momento que temos o dever de avaliar bem os candidatos e fazer a melhor escolha possível. Temos a obrigação de olhar para trás e fazer bem as contas. Todos os candidatos terão parcelas a somar e descontos a fazer. E não podemos errar nas contas. Porque um erro nas contas, neste momento, e serão quatro anos da nossa vida futura que pagarão o erro.
Estamos habituados a ver os candidatos prometerem, nestes períodos eleitorais, mundos e fundos a nosso favor. Para, logo que atingem o seu alvo fundamental, o Poder, fazerem de conta que não prometeram nada. Sabemos tão bem que é assim que, as mais das vezes, não acreditamos no que eles prometem. Ainda não são Poder e já sabemos que nos estão a mentir Daí que não seja pelas promessas eleitorais que nos devemos deixar guiar no momento de colocarmos a cruz no voto. E há mesmo alguns candidatos que são mais subtis. O que eles fazem é o que eu chamo “conversa de aproximação”. Estão atentos às queixas das pessoas e apressam-se a queixar-se do mesmo modo e das mesmas coisas. O que eles pretendem é que o eleitor, ouvindo-os, pense: “ora aqui está um que pensa como eu”. Não pensam nada. É apenas uma estratégia para levar o cidadão a confiar-lhes o voto. E também não serve a conversa usada por muitos políticos de que “têm obra para apresentar”. Porque o factor de apreciação não deve ser o que eles fizerem mas sim o que podiam ter feito com os recursos que tinham e não fizeram.
Sendo assim, e em minha opinião, só há um factor de apreciação. Quem é que sempre nos tratou com respeito na sua vida política? Quem é que não foi demagogo, falando a maior parte das vezes só por falar, e não nos tratou como crianças atrasadas que não sabem pensar por si? Quem é que fala pouco e não repete incessantemente as mesmas coisas, numa tentativa de nos levar a pensar como ele? Isto é, quem é que, onde esteve e enquanto esteve, nos tratou com seriedade, no mesmo plano de igualdade, com elevação e, repito, respeito?
Se encontrarmos esse alguém, então estamos diante de uma pessoa séria. E é ela que merece o nosso voto. Se ainda não nos enganou, o provável é que não nos engane.
Crónica de Magalhães Pinto, publicada em MATOSINHOS HOJE, em 25/8/2009
26.8.09
A FRASE
"Você é um homem de muita coragem."
José Sócrates, para Moita Flores (Presidente da Câmara de Santarém, eleito pelo PSD), ao ser agraciado com a medalha de ouro da cidade pelo presidente da edilidade escalabitana
***
Não podemos negar que Moita Flores é um homem de coragem. Basta recordarmo-nos de que, no caso da pequena Maddie, desaparecida no Algarve, ele sabia tudo o que se passara e, corajosamente, calou-se. Ou, então, não sabia e, nessa altura não passa de um fareleiro. Les bons esprits se rencontrent.
Eu diria antes que Moita Flores é um grande patriota. Sabedor das dificuldades orçamentais do Primeiro-Ministro, lá carreou algum ourito para o Governo...
O FUTEBOL
O DINHEIRO
Que o dinheiro circulou, no caso Freeport, lá isso circulou. Que circulou em meios próximos do então Ministro do Ambiente e hoje Primeiro-Ministro, lá isso circulou. E eu não entendo qual é a admiração. O que se espera num free-port é a ciranda de material circulante. SWó não se percebe porque é tão ténue o seu rasto que a polícia nem acta nem desata. Dentro de mês e meio, o assunto vai hibernar outra vez, para aparecer daqui por quatro anos. Se valer a pena, claro. O caso Freeport corre o risco de bater o caso do assassínio de Sá Carneiro em longevidade. Creio que já bateu o caso da Casa Pia.
A MEMÓRIA
CENSURA
Vamos lá a ver. O Senhor Presidente da Câmara tem todo o direito de escolher os órgãos de comunicação social utilizados pela Câmara para colocação da sua publicidade. Não é admissível que a publicidade camarária seja feita em todos os órgãos de comunicação, já que isso ficaria por um preço inconcebível. E, para publicidade com custos inconcebíveis, já basta o que basta e que é do nosso conhecimento.
No entanto, há um princípio que deve nortear a colocação da publicidade camarária. O único princípio admissível. Que é o da utilidade pública. A publicidade necessária dos órgãos públicos só pode obedecer a esse princípio. Qualquer outro é discriminação. E, quando existe discriminação, convém conhecer as suas razões. Para bem podermos ajuizar da competência e, até, da natureza íntima de quem decide dessa publicidade. Essa discriminação atinge as raias do inconcebível quando chega, inclusivamente, ao acesso à informação.
Vimos assistindo, em Matosinhos, a algo de incrível. Assumidamente, o Senhor Presidente da Câmara de Matosinhos exclui este jornal do acesso, não apenas à publicidade camarária, mas também à informação geral oriunda da autarquia. Com clareza, sem poupar palavras, o Senhor Presidente fá-lo porque "se sente insultado por este órgão de comunicação". É grave, muito grave isto. Porque, das duas uma. Ou o Senhor Presidente foi realmente insultado, enquanto tal, nas páginas deste jornal e isso tem que ser resolvido na barra dos tribunais. Ou não o foi e, então, é ele que está a insultar não apenas este periódico, mas também os seus leitores, os seus colaboradores, a liberdade de informação e, de um modo geral, todos os munícipes.
Penso que é insustentável esta situação e para ela tem que ser encontrada uma saída. Pelo que, veeementemente, invoco as qualidades democráticas do Senhor Presidente. Para usar as páginas deste jornal no sentido de dizer quando, como e por quem foi ele insultado nestas páginas. Pela minha parte, assumo, desde já uma de duas atitudes. Se fui eu, colaborador deste jornal deste o primeiro número, que o insultei, disponibilizo-me não apenas para lhe apresentar públicas desculpas, mas também para deixar de emprestar a minha pena a este jornal e a disponibilizar-me para as correspondentes consequências judiciais. Se não fui eu a insultar o Senhor Presidente, mas alguém do jornal o fez, fique o director deste jornal ciente de que não pode contar mais com a minha colaboração. Espero, sinceramente, que o Senhor Presidente assuma, nesta tribuna pública, aquilo que disse em reunião dos órgãos autárquicos.
É que, se o Senhor Presidente não o fizer, aquilo que já de si é grave, tornar-se-á gravíssimo. É que, se o Senhor Presidente não disser nada, ficaremos todos a saber que a desculpa do insulto não passa disso mesmo, de uma desculpa. E que o Senhor Presidente, numa boa imitação de todos as ditaduras poderosas, apenas não suporta a livre opinião de quem é sujeito às consequências das suas decisões e do seu comportamento. Julgo que nem ele quer isso, nem nós o toleraríamos. Desde já coloco a minha coluna à disposição do Director do Jornal para, em lugar de mim, dar espaço ao Senhor Presidente da Cãmara para ele informar os Leitores deste jornal, que considero digno, das razões porque não suporta o "Matosinhos Hoje".
Crónica de Magalhães Pinto em MATOSINHOS HOJE, em 7/4/2004
25.8.09
A CULTURA
A FRASE
Acusações de facilitismo (nas escolas) são insulto aos professores."
José Sócrates, Primeiro-Ministro
***
Olha quem fala! Tem razão por duas vias. A primeira é que foi ele, através da sua Ministra, quem mais insultou os professores durante os últimos anos. E a segunda, quem seria ele se não fosse o facilitismo nas escolas por onde andou?...
A CRÓNICA
FÁCIL DE PREVER
Há quase um ano, quando a crise económica e financeira disparou violentamente e se fizeram os mais negros prognósticos para os anos próximos, eu disse aqui que não era de estar grandemente receoso para 2009. A crise ia ser má, sem dúvida nenhuma, ia provocar grande desemprego, mas não ia faltar dinheiro para acorrer às necessidades das pessoas. Por uma razão simples. É que 2009 seria ano eleitoral, simultaneamente nacional e local. E, nessas circunstâncias, os governantes, quer nacionais quer autárquicos, que estivessem a pensar recandidatar-se, iam fazer todos os esforços para que nada faltasse às pessoas.
Hoje, um ano depois do início da crise, é fácil de ver que aconteceu tal como eu então previa. O que, aliás, não é mérito nenhum meu. Era muito fácil de prever. Os políticos acreditam piamente que a memória das gentes é curta e que são as últimas impressões que determinam os votos. Em nenhum caso iam permitir que o descontentamento dos cidadãos chegasse até às urnas. Seria uma desvantagem muito grande para quem governa.
Agora, o que podemos questionar é se, realmente, a memória das pessoas é curta, tal como pensam os políticos. Será que nos esquecemos do modo violento como tivemos que apertar o cinto durante os três primeiros anos da governação de José Sócrates? Claro que o país estava em estado de necessidade. O desequilíbrio orçamental do Estado era muito grande e havia que reequilibrar o Orçamento. Mas, aquilo que deve ser retido é termos andado a fazer um esforço tremendo para nada. O grande erro da governação foi ter pedido um sacrifício muito grande aos Portugueses e não ter usado esse sacrifício, que fizemos aliás sem grandes protestos, para preparar o país para uma nova era. O Governo geriu o país como quem gere uma tabacaria: faltava dinheiro para pagar aos fornecedores e foi buscá-lo ao bolso dos clientes. Só que não lhes deu nada em troca.
Mas na vida económica não há borlas. As consequências da conjugação da política económica do Governo antes da crise e depois da crise vai ter custos astronómicos. E uma coisa me assusta. Este Governo já deu provas que o único modo de governação que conhece é, ao mesmo tempo, ir buscar mais impostos aos contribuintes e, em contrapartida, dar-lhes cada vez menos. Recordemo-nos dos serviços de saúde, incluindo os medicamentos, que foram amplamente reduzidos durante este último mandato. Daí que eu tenha muito medo de uma eventual reeleição dos socialistas para governar o país. Vamos ter mais do mesmo, mas muito mais agravado. Porque a situação é agora bem pior do que no tempo em que o Engenheiro Sócrates começou a governar.
Crónica de Magalhães Pinto, publicada em MATOSINHOS HOJE, em 18/8/2009
24.8.09
O GOVERNO
Ser membro do Governo é uma maçada. O que é bom é ser ex-membro do Governo. Como João Amaral Tomás tão bem exemplifica. Ex-Secretário de Estado do Governo de José Sócrates, foi por este nomeado para um cargo onde não vai fazer nada - Provedor do Crédito - como o "insignificante" salário de 7.000 euros mês - quase 100.000 por ano. E fê-lo já, não v~´ao as próximas eleições serem madrastas. Assim, se o Primeiro-Ministro for outro e não quiz2er o Tomás, lá virá a justa indemnizaçãozinha. Para não sobrecarregar o OGE, o Governo decidiu mais: que o salário do seu funcionário - e eventuais futuras indemnizações - seja pago pelo Banco de Portugal.
A PSEUDO CAMPEÃ
A JUSTIÇA
Doutoralmente, o candidato conseguiu uma ilegalidade - com uma decisão judicial que não tem ponta por onde se lhe pegue - e exclamou: é irrecorrível. Como se aquilo que a Lei prevê para as decisões legais e legítimas se aplicasse também às decisões ilegais e ilegítimas. A Lei é cega, mas não tanto. E juiz em causa própria produz cada dislate!...
O GÉNIO
Maria de Lurdes Rodringues. Ministra da Educação. A recomendar, pelos pais, para Prémio Nobel da Química. Conseguiu, em apenas quatro anos, transformar um país de iliteratos e incultos em génio escolares. Usou uns pózinhos de perlimpimpim. Pegou na varinha mágica. E fez um caldo de alunos brilhantes. Deitou ao lixo as sobras: os professores.
O SORRISO
Um velho senhor tinha um bonito lago na sua enorme herdade. Depois de algum tempo sem ir ao local, decidiu naquele dia ir dar uma olhada geral para ver se estava tudo em ordem. Pegou num balde para aproveitar o passeio e trazer umas frutas das árvores pelo caminho, e ao aproximar-se do lago, escutou vozes femininas, animadas, divertidas. Então viu um grupo de jovens mulheres a tomar banho no lago, completamente nuas. Chegou mais perto e, com isso, todas elas fugiram para a parte mais funda do lago, deixando apenas a cabeça fora de água.
Uma das mulheres gritou:
-Não saimos daqui enquanto o senhor não for embora!
O velho respondeu:
- Calma moças, eu não vim até aqui para as ver a nadar ou para as ver sair nuas do lago!
Levantando o balde, ele disse:
-Eu só vim dar comida ao jacaré!...
(Gentileza de G.P.)
16.8.09
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