(continuação)
António Soveral reconheceu a razão parcial do seu subordinado. Mas havia uma saída, em seu entender. A que o “Velho”, em Lisboa se opunha. Mas, provavelmente, a única saída. Era evidente que os guerrilheiros não poderiam conquistar a independência a não ser pela desistência dos Portugueses. Sobretudo se, além da pressão militar, fosse feito um sério esforço de conquista da confiança das populações. E aceitava ser também difícil a derrota, a aniquilação, dos guerrilheiros. Era praticamente impossível ganhar militarmente uma guerra subversiva. Então a solução parecia residir na combinação de dois vectores: a concessão de uma autonomia administrativa sob a tutela do país colonizador. Numa coisa o “Velho” tinha razão. Se os Portugueses saissem de África, eles “comer-se-iam” uns aos outros.
(continua)
Magalhães Pinto
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