. . . OS SINAIS DO NOSSO TEMPO, NUM REGISTO DESPRETENSIOSO, BEM HUMORADO POR VEZES E SEMPRE CRÍTICO. . .
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31.3.08
POEMA DO MÊS
NAUFRÁGIO
Nesta viagem
que me leva ao tudo ou nada,
a minha nau
é uma nau naufragada...
Sem velas para uma alagem,
sem velas para enfunar...
Sem vento, sem uma aragem...
Sem vento p´ra navegar...
Sem um mar, doce baloiço...
Sem o mar, que me balança...
Sem a sereia que oiço...
Sem a sereia que dança...
Sem ondas e sem espuma,
Sem ondas, em longa espera...
Sem gaivotas... Apenas uma,
ao longe, numa quimera...
Sem golfinhos para ver…
Sem golfinhos p´ra brincar...
Sem algas para deter…
Sem algas para apanhar...
...Nesta viagem
que me leva ao tudo ou nada,
a minha nau é uma nau
que já nasceu naufragada!...
Magalhães Pinto
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1 comentário:
Gostei de reler...
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