...Há alguns meses atrás, quando começou a guerrilha interna no Partido, ainda larvar então, tive a oportunidade de escrever publicamente que esperava que, à medida que a popularidade de Sócrates fosse diminuindo, maior seria a oposição interna a Luís Filipe Meneses. É que ele tinha sido eleito para fazer a travessia do deserto e não para poder ser, na opinião dos seus correligionários, Primeiro-Ministro algum dia. Meu dito, meu feito. Aí estão eles. Agora que, segundo as sondagens, a maioria absoluta de Sócrates se foi e o Partido Socialista andaria, se as eleições fossem hoje, pelos 37/38 por cento, não faltam candidatos ao lugar cimeiro dos social-democratas. Só que, infelizmente, muitos deles assemelham-se demasiado a José Sócrates: não têm experiência nenhuma da vida real – caso de Pedro Passos Coelho, por exemplo – ou são tão demagogos como ele. O que é lamentável. Porque o PSD tem agora a oportunidade de renascer das quase cinzas. E com o renascimento do PSD só pode beneficiar o país.
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Excerto da crónica SE... - Magalhães Pinto - MATOSINHOS HOJE - 21/4/2008
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