(continuação)
O fula tinha o seu gabinete de trabalho instalado na torre da água do quartel. Um prisma oco, quadrangular, com dois metros de aresta na base, coroado no topo, a uns bons seis metros de altura, por um depósito de cinco mil litros. Da barra de ferro atravessada no seu interior, bem lá no cimo, por debaixo do depósito, para dar consistência à construção, pendia, dobrada, uma corda roliça, já sebenta, de cor indefinida, armada em nó corredio numa das extremidades. Quando algum prisioneiro, moralmente mais forte, resistia à sessão de palmatória, era conduzido ao depósito, para o tratamento especial do Xerifo.
(continua)
Magalhães Pinto
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